Hoje acordei com uma vontade louca de ser feliz, agarrar na mão do
meu amor e levá-lo num campo florido de lindas margaridas. O sol a escaldar
nossos corpos, eu a acariciar o seu rosto, olhar nos seus olhos e dizer: amo
você e como resposta quero um beijo apaixonado e um abraço bem apertado.
De repente me aparto de você, começo a correr e como menina a
gritar: vem me pegar(...). Nesse instante, você se levanta e corre para me pegar.
Mas, não consegue, meus pés parecem vento, levantando poeira depois na terra
firme sem as lindas margaridas. Redemoinhos formam a sua frente, consegue
driblá-los e me avista bem longe, apressa sua corrida, não conhece o caminho e
eu desapareço.Você corre desesperado e numa descida perde o controle e, sem
poder parar cai num rio, onde estava a lhe esperar. Abraçou-me com força.
Mas, num ímpeto o sol preguiçoso e com sono se escondeu atrás dos
montes mostrando-nos a maravilha do pôr do sol. Depois do deslumbramento, veio
a noite fria, não bastasse uma chuva fria que molhou nossos corpos; nos
entreolhamos encabulados e nos aquecemos no nosso primeiro amor.
A chuva parou e ali ficamos abraçados, o sono nos veio e fomos
acordados com os raios do alvorecer. Entreolhamos envergonhados e rumamos as
nossas casas.
Não demorou muito tempo, estávamos no casando; a igreja enfeitada, cheia e um " zum, zum,zum". Era nossa filha que queria nascer. O
padre encabulado não sabia o que fazer, carregaram-me para a sacristia e num
pequeno cobertor no chão, a menina nasceu. Foi ali mesmo que o padre nos casou.
Enquanto a festa corria a solta com muitos comes e bebes, nós
papais já na maternidade sorríamos do inusitado, então o papai disse: êta
menina, puxou a mãe.