segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Minha terra



Minha terra é tão tranquila
Que a tarde todos dormem
A janela fica bem aberta
Que até as moscas somem

Aqui inexiste o semáforo
Pra moça bonita dão lugar
O motorista é bem educado
Para, espera o idoso passar

À tarde passeio na cidade
Eu não preciso usar carro
No calor eu tomo sorvete
Depois banho espumante

À noite vou ver as estrelas
Beijar meu lindo namorado
Enciumar as nuvens belas
Sorrio a lua com leve aceno 

           Lua Singular

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Paixão proibida


                   он и она

Dois corpos com uma só alma
Que a vida veio brindar
Um amor arrebatador
Louco, mas a morte a ronda

O amor do homem levou
O ciúmes, na sua inconstante
Mente insana nela atirou
Vindo sorrir a morte

Loucuras...Não façam
Só Deus pode nos findar
O ciúme faz do diabo sua arma

Quantos sonhos perdidos
Numa paixão de amor
De amores proibidos

Lua Singular

sábado, 7 de fevereiro de 2015

O amor é tal...



O amor é tal gota de orvalho
Que se equilibra para não cair
O orvalho aparece no inverno
O amor permanece sem trair

Adoro beber gotas de orvalho
Assim como beijar teus lábios
As gotas são bem geladinhas
Quentes são os teus beijos

Não vivo feliz longe do amor
A gota que sofre dependurada
Se cair o chão a bebe toda

Amor e gota de orvalho é a fusão
De amor e querência de prazer
Um beijo da gota é só emoção

Lua Singular

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Conto: Ausência



A ausência é a amiga da solidão que nos machuca por dentro, mas que muitas vezes poderia nos alegrar, pois o fardo do desprezo é tão grande que não é admissível uma pessoa matar sua alma antes do seu corpo falecer.Assim aconteceu com Laura, jovem saudável, linda que tinha um lindo namorado que não cansava de dizer-lhe que a amava.
Por ironia do destino estavam voltando de carro d'um baile, onde derrapou numa poça d'água e o carro capotou duas vezes. Os bombeiros chegaram, retiraram primeiro Alberto, o namorado, meio embriagado com algumas escoriações; depois acharam Laura no meio das ferragens: estava horrível e quando Alberto a viu sem o um pé: vomitou; ela estava desacordada.
Laura foi levada ao hospital e Alberto ia sempre visitá-la.Depois de alguns meses ela voltou para casa. Nesse mesmo dia pediu a sua mãe um jantarzinho só para ela e Alberto, mandou avisá-lo, seria às dezenove horas e tudo combinado. Mesmo sem um pé, que posteriormente colocaria uma prótese estava feliz por estar viva junto com a família  e do seu amor.
Olhou o relógio, seu coração acelerou de felicidade, mas ela durou pouco: as horas foram passando e nada de Alberto. Chorou copiosamente abraçada a seus pais.
O tempo passou ela se recuperou, cada dia mais linda, já caminhava só sem nenhuma dificuldade, pegou uma flor e pensativa caminhava tranquilamente num lugar paradisíaco e qual não foi seu susto quando viu Alberto chegar cautelosamente ao seu encontro e cabisbaixo e lhe pediu perdão, beijou seus lábios gelados pelo vento.
Quando Alberto foi abraçá-la ela o afastou dizendo: eu não o amo mais, sábado é meu grande dia: o dia do meu casamento com um homem maravilhoso que o amo e que há tempo me declarou seu amor sem olhar para os meus pés. Se quiser ver uma noiva feliz está convidado para o meu enlace.
Alberto envergonhado nada disse e partiu...
Um amor morre e outro recomeça com muito mais intensidade.

Lua Singular