terça-feira, 31 de março de 2015

Monotonia



 flores de amor


A monotonia é meu espinho de hoje, que será a flor do amanhã. Por hora bebo dela, apesar de não ver as flores empobrecidas, sinto uma angústia que dói meu peito e me pergunto. Por que? Talvez seja um momento em que meu estado de espírito precise de outros alimentos. 
Mas sou forte e vou cultivar a vida, pois do contrário quando a lua me ver, empalidecerá. Eu amo a lua e sinto vergonha de mim mesma, pois ela trabalha sem descanso e eu aqui a choramingar fagulhas de vida.
Não, enquanto eu fico nessa monotonia que me consome, muitos não têm nem onde morar e vivo bêbada de vergonha de mim. Minha palavra não é como estrelas que à noite brilham a vida dos eternos enamorados. Vou vagar como elas, pois a ociosidade está me envenenando.
Na calada da noite, a brisa beija minha pele e na beleza do céu colorido volto pra casa com um propósito: sou jovem, bonita e saudável - nada me falta para ser feliz, afronto a mim mesma.
Parei de lamuriar e na batida do tempo apago a sede da monotonia para aprender a ser feliz.

segunda-feira, 30 de março de 2015

A janela





Abro a janela do quarto. Quero conversar com o céu. De repente as nuvens pareciam querer ver o céu  reluzente que invadia meu coração, ele queria falar comigo e um véu de neblina pairou no ar. Um chuvisco preguiçoso caía  e uma brisa gostosa passou pelo meu rosto. O chuvisco engrossou e a chuva caía deixando as folhas do meu pequeno jardim reluzentes.
Olhei da janela o jardim inteiro sorria a chuva e ele a bebia toda formando pequenos charcos. A chuva parou, os charcos a terra os engoliu, as flores sorriam e os girassóis procuravam o sol que logo despontou.
Chegando perto da noite meu pequeno jardim dormiu e com ele alguns sabiás.Voltei à janela, ainda deu tempo de ver o pôr do sol embriagado querendo dormir.
De repente ouvi o sussurro do vento a insultar meus ouvidos. Olhei o céu estava estrelado todo iluminado para a chegada da lua formosa, que ao me ver na janela sorriu.
Num instante senti o cheiro do vento, fechei a janela, mas mesmo assim insistia em me ver, puxei a cortina, ele me viu e feliz foi embora.
O sono veio e após o banho, fui dormir, só,numa enorme cama e chorei a saudade do meu amor.


domingo, 29 de março de 2015

Nos caminhos e trilhas da vida



Palmilhei os caminhos da vida
Por entre atalhos me perdi
Num mundo cheio de orgia.
E já na calçada da vida...
Um anjo veio me resgatar
O belo coração generoso
Do roceiro Severino...
Que no seu pequeno sítio
Pôs-me no trabalho acertado
Hoje tenho uma vida digna
Aqui me casei com a Rosinha
Que me deu airosos filhos
Agradeço ao Severino
Quanta felicidade!
Obrigada meu senhor!

sábado, 28 de março de 2015

Eu queria



                                                                      almas gêmeas

Eu vou entrar na tua alma
Acariciar-te com minhas macias mãos de seda
Atravessar-te por inteiro e beijar
teus lábios que ontem 
ainda eram de carne
E um acidente nos uniu aqui
Até o fim dos tempos

Obrigada pelas visitas:
Nádia- Nal - Cidália - Chica e Lilly