terça-feira, 7 de abril de 2015

Eu sou...



Eu sou a chuva que lava seu corpo, trás vã pensamento e a deixo bela
Eu sou o sol que bronzeia sua pele, aquele atol que a beija suave
Eu sou a onda que bate no seu corpo, fazendo-a gargalhar
Eu sou a noite, depois da viagem, sinto a aragem e lhe da boa noite
Eu sou as flores que encantam sua casa e o seu jardim
Eu sou o verde que a deixa bela e a faz respirar meu oxigênio
Eu sou
A Natureza

 

segunda-feira, 6 de abril de 2015

O amor endoidecido.


 painting of a girl in a garden

O amor é um sentimento inexplicável, parece um inseto com asas pequeníssimas que voam em diversas direções e, num dado momento nos picam transformando em homens e mulheres  apaixonados.
Seu jeitinho de menina moça malicioso, toda dengosa com o seu olhar da cor da terra...
Meu coração acelerou e "pensei alto": é essa. O que falou Jorge?
- Quem é essa linda mulher? Eu me chamo Jorge, fui ao sítio do meu amigo Paulo, quando de repente vi uma linda mulher - fiquei pasmo tamanha beleza. O seu sorriso era embriagador, seu olhar  fisgou meu coração. Quem é ela? Ele sem jeito respondeu que era Meire, filha de um bom camponês que sabendo da beleza da sua filha, a guardava a sete chaves e, quando ele ia à colheita, ela saía para colher flores.
Minha mulher sente ciúmes dela, mas já lhe disse um milhão de vezes que no meu coração não existe espaço para outra mulher, pois ela o preencheu por completo.
- Que bom! Hoje mesmo vou pedir licença para namorar sua filha Meire. Foi o que aconteceu, claro levei meu amigo Paulo e sua mulher comigo.
Chegando em sua casa fomos bem recebidos e o pai da jovem perguntou o motivo da visita na sua simples casa. Aí eles se entreolharam e Jorge tremendo pediu a mão da filha em namoro. O pai perguntou a filha: é do seu gosto filha? Sim ela respondeu.
O namoro durou cinco meses, tempo suficiente para Jorge mobiliar a casa.
Jorge pegou o carro, foi buscar a família da noiva e ela, naturalmente, para conhecer o que seria um lindo ninho de amor. Eles ficaram boquiaberto com tanta beleza, Meire foi direto ao quintal e brilhou seus olhos as lindas flores.
O casamento foi marcado para dali a três meses, foram ao cartório tirarem os papeis, como diziam e conversar com o padre para os preparativos para o enlace.
No outro dia, foi de táxi ao sítio pegar os documentos do carro que lá esquecera; chegando no sítio Paulo e sua mulher tinham ido à cidade, nos desencontramos e não aguentando já de saudades da sua amada, foi até um lindo lago que ficava entre matos altos. O que ele viu? Sua amada e Paulo completamente nus se beijando e fazendo amor. Tirou muitas fotos. Voltou de táxi para a cidade com uma raiva danada.
N´outro dia Jorge sumiu da cidade, foi para bem longe, enviou as fotos para o pai de Meire e outras para a mulher de Paulo.
Paulo ficou sem sua mulher e seu doido amor foi expulsa de casa e foi morar na zona.

Notinha: fiz uma confusão com os nomes, me desculpem.


domingo, 5 de abril de 2015

A casa de idéias



Essa casa não é um palacete, mas só entra nela quem for convidado, assim entendemos pela constituição. 
Nela tem um minúsculo sistema de vigilância quase invisível, mas sendo muito caro ninguém o tem.(o dono dela tem, pois foi ele com sua inteligência quem o inventou).
As paredes, portas e janelas são como a de um conto de fadas, qualquer pessoa pode transpô-las somente com um toque de mão sem ser convidado; elas não vêm roubar dinheiro, jóias ou alguns pertences; elas vêm usufruir das idéias, pois as pessoas que moram nela são simples, porém muito inteligentes capazes de moldar uma simples casa num palacete com algumas palavras.
Todos, sem distinção estão convidados a entrar nela pela porta da frente, sem precisar entrar às escondidas, pois à noite pelo sistema de vigilância irão saber quem entrou na casa na surdina e isso é deplorável, estão assinando um atestado de incompetência.
Essa casa é como um prédio público de visitações para o lazer e, como em todo prédio público a entrada é gratuita, sempre existe alguém que fará o visitante assinar seu nome, para dar boas-vindas.


sábado, 4 de abril de 2015

Meu mundo afundou





O sol dorme, numa noite triste, a lua atropelou as poucas estrelas ficando um pouco queimada, mas doía seu coração ao ver-me num rio de lágrimas a correr lânguida no meu rosto febril. As nuvens choravam a minha dor. Eu senti que algo ruim iria acontecer na minha vida.
N'outro dia, uma cortina de fumaça atrofiou a minha vida, quando andando pela praia o vi aos beijos com outra. Beijos que eram meus e veio um silêncio sepulcral. Num instante passou um pé de vento e as areias ofuscaram meus olhos e, não os vi mais.
Eu cega de desespero não vi passar por mim Alfredo, que ao me ver toda estropiada, devido ao desespero de ter sido passada pra trás, barrou minha passagem, abraçou-me com carinho e caí-me aos prantos.
Alfredo foi meu antigo namorado que esnobei seu amor e, agora ampara minhas dores que por ora em cacos. Ele tentava me consolar e disse uma palavra que eu adorava quando juntos estávamos: a terra treme de felicidade quando a beijo e, num ímpeto ele me beijou. Estremeci. 
Peguei meus maus pensamentos dei para o sol derretê-los em faíscas douradas e, mais calma, ele ainda abraçadinho a mim pude sentir uma chama de amor bater em meu peito e como cega de ódio estava, não via a beleza da vida nem a cor quente da nossa paixão.
Veio, então, o doce sabor da liberdade e na praia já com o pôr do sol se despedindo, joguei meu desespero num abismo e fui viver a vida com Alfredo que emprestou seus ouvidos para eu desabafar e seus abraços foram o remédio que apagou meu passado tenebroso.
Juntos, agora de mãos dadas, tomando água de coco e baixinho nos meus ouvidos disse: amar é uma arte a ser aprendida.

Feliz Páscoa
Que Deus nos abençoe