segunda-feira, 27 de abril de 2015

Malvada ironia



Ironia é uma forma elegante de ser mau (Berilo Neves)
A ironia afirma o contrário do que se quer dizer
Do que pensa
Ironia é gozar de alguém, criticar, censurar algo
Ironia é o contrário de tudo que é bom
É desvalorizar.
Pessoas que usam de ironia são estúpidas
Imbecis e ignorantes
Escondem-se como Hitler
Pessoas nesse nível se dão mal com as inteligentes
São malquistas e insuportáveis
Elas vivem no vazio das suas ignorâncias
E na solidão do desamor
Sem amor


domingo, 26 de abril de 2015

Eu preciso





Eu preciso:
Que me respeitem como pessoa humana, que saibam do meu discernimento, que não menosprezem minha inteligência, que um dia, com certeza, nos encontraremos num único lugar, que saibam que ninguém é melhor que ninguém, que deitem suas cabeças leves de pecados no travesseiro, que todos tenham misericórdia alheia, que não haja trevas no seu coração como homem, que o mesmo, um dia, será julgado por Alguém superior.
Pois sem humildade, ninguém terá sua plenitude e, sem ela a  nossa vida na Terra não vale nada.


sábado, 25 de abril de 2015

A caminho da escola - Crônica


Peguei na internet nada a ver com a escola

Meu Deus! Faz tanto tempo que recebi o diploma de normalista, foi suado, pois só levava o canudo para casa quem fosse muito bom, estudei numa escola famosa e gratuita: tinha que levantar muito cedo para pegar o trem para estudar n'outra cidade.O frio quebrava os nossos ossos e nem correr conseguíamos, pois nossas pernas congelavam, enfim, com muito custo chegávamos à Estação de trem.
O tique-taque do trem fazia de nós poetas e poetisas, pois debruçados nas janelas deparávamos com o alvorecer e no frio era lindo, víamos porcos, galinhas,cavalos nos pastos fazendo suas refeições e os pequenos correndo nas fazendas e sítios, retireiros ordenhando as vacas e muitas vezes a chuva chegava de mansinho, as águas dos açudes nos parecia congeladas de tanto frio.
Ah! Mas quando chegava a primavera as flores dos campos por onde o trem passava, o mais lento, chamava Maria-Fumaça e demorava mais para chegar, dando tempo de poetizarmos a primavera que vinha a toda nos encantando com o seu colorido diversificado.
No verão era uma delícia, o calor era ameno e descíamos correndo a rua da estação, parávamos numa pequena ponte onde passava um córrego, tomávamos fôlegos e subíamos até a Estação e já dentro do trem, olhando pela janela via aqueles meninos nadando nos córregos para se refrescar e nós íamos as piscinas das fazendas para nadar.( tempo bom que não olvido jamais).
No outono, os mangueiras ficavam "cheinhas" de mangas, as goiabeiras pareciam cansadas de carregar seus frutos. Tínhamos jabuticabeiras, enfim de tudo: legumes e frutas à vontade.
Éramos jovens bonitos e saudáveis, muitos deles já se foram.
Quantas reminiscências d'um tempo que ficou para trás, onde tudo que comíamos era natural, quase ninguém ficava doente e hoje com os agrotóxicos para aumentar os legumes e frutas estão nos matando vagarosamente e nossa pequena cidade está cercada de tristes e chorosos canaviais.

A nossa Estação daquele tempo
                                                    Foto Ralph M. Giesbrecht


sexta-feira, 24 de abril de 2015

Nossa vidinha



paisagens de roça

Ai, que saudades tenho do meu cantinho lá no pé da serra, um pequeno sítio com apenas duas casinhas, uma era de mamãe e a outra minha que dividia tudo com minha amada Manoela.
Conheci Manoela num baile lá na roça do tio João...Que mulher!
Era festa de São João, lá tinha pipoca, batata doce e muito quentão e, depois do terço o arrasta pé começava e escorregava até de madrugada. Bebi muito e tirei Manoela para dançar uma modinha, ela também cheirava batata doce e quentão. Agarrei-a pela cintura e dançamos muito.
Manoela me intrigava com aquele jeito de mulher fogosa, fiquei delirando de vontade de possui-la, ela chegou perto de mim e disse: Pedro, vamos dar um passeio por aí. Estou meio tonta e preciso de ar puro do contrário vou desmaiar.
Pedro prontamente saiu com Manoela e, abraçadinhos e meio bambos os dois chegaram perto de um córrego para beber da água cristalina e ao beberem escorregaram dentro do córrego. 
A água estava geladinha, Pedro abraçou Manoela a beijou muito e fizeram o que não deviam.
Conseguiram com muito custo sair do córrego e sem voltar para a festa levou sua amada pra a sua casa. Ah! Quando chegaram, o pai da moça disse a João: Amanhã cedo iremos pra cidade tirar os papéis para o casamento e assim o enlace aconteceu logo, mas as outras donzelas cochichavam: ela está prenha. Mas o baile continuou no terreiro da casa do seu pai e de repente, pegou Manoela no colo e rumou para seu ninho de amor. Rapidinho nasceu o primeiro dos oito lindos filhos.
Hoje, com muito dó, pois era o sítio que meu pai adorava, mas já velhos vendemos nosso pedaço de chão para morar na cidade. Minha Manoela sofre de saudades dos seus lindos filhos que sumiram para São Paulo e nós dois aqui sozinhos ficamos sem mais ninguém para conversar.
Sempre quem passa por aqui nos vê  sentadinhos na soleira da porta, da um pedaço de prosa conosco e vão  embora.
Agora, velhos e sozinhos na vida de nada adiantou termos tido oito filhos que muito pouco vêm nos visitar.
Hoje, sós, vivemos sonhando a vida que antes rodeadas de crianças arteiras gritando, hoje vazia.



quinta-feira, 23 de abril de 2015

Tipos de beijos



apaixonados desenho

O beijo é um desejo que sai da alma
É uma sensação que o amor brotou
 Células ardentes dividem-se em vida
Num corpo em que a nevasca grudou

Todos os beijos são belos sentimentos
Mas o beijo de amor unem duas vidas
Outrora estavam no forno dos ventos
Hoje gruda dois lábios cheios de amor

Beijo de paixão é louco e apaixonado
Que ata dois corpos ávidos de desejos
É aquele que move o trabalho penoso
E num gostoso banho acende lampejos

De todos, o beijo mais gostoso é o pueril
Apertar no peito a nossa criança querida
Aos filhos amados darmos um beijo sutil
O calor do  peitinho encontra nossa alma