segunda-feira, 23 de novembro de 2015

"Meu presente de aniversário"


só meu

Hoje eu faço seis anos e mamãe já está preparando uma linda festinha para mim. Todos os meus coleguinhas da escola virão e fiz questão de convidar minha professora, uma linda jovem que gosta muito de contar estórias.
Queria que as horas passassem rápido, pois a minha professora nos ensinou ler as horas e já fazíamos algumas frases.
Finalmente foram chegando os convidados e os presentes também, fiquei curioso pois o presente da minha professora era o maior e a curiosidade me aguçava demais.
Cantaram os parabéns, cortei o bolo, apaguei a velinha e todos caíram na comilança, de repente enquanto todos estavam conversando, peguei o livro subi as escadas e me tranquei no quarto.Apressado rasguei o papel que o embrulhava e vi: encantei-me com a capa do livro e um bilhetinho: Ao Jonas, com amor: tia. Engasguei para ler a frase, mas li. Quando abri o livro fiquei deslumbrado: dele saíram umas estrelinhas, iguais a que vemos no céu.
Comecei a ler, era um conto encantado, lindas figuras. De repente, mamãe bate à porta: venha Jonas você sumiu. Coloquei tudo embaixo da cama, abri a porta e disse a mamãe que fui guardar o presente da tia, mas nem abri, amanhã eu vejo o presente, pois deve ser especial como ela.
Abri todos os presentinhos, agradeci a todos e, disse no ouvido da professora: fui esconder o seu presente, tia-ela rio.
A festa estava ótima, mas eu queria que todos sumissem para ler o livro encantado. Nesse ínterim começaram a chegar as mães para pegar os filhos. A tia me abraçou, deu-me um beijo e me desejou boa noite. Todos saíram.Aff!!
Ô mamãe, tô com um soninho... ela me beijou e eu subi para meu quarto para dormir. Dormir?? Liguei um pequeno abajur no banheiro. Fechei a port a chave e apaguei a luz do quarto.
Meu banheiro era grande tinha até uma mesinha com cadeira, banheira enorme, quis tomar banho, mas a curiosidade foi maior e retornei ao livro e  fui lendo vagarosamente, conversava com os personagens. Tinha castelo, enfim o melhor presente que havia ganhado. Não vi mais nada.
No outro dia mamãe gritava meu nome, ouvia longe, a sorte dela é que tinha deixado a chave na porta e ela guardava uma cópia de cada cômodo num molho de chaves. Até que enfim abriram a porta, a cama ainda estava feita, todos correram ao banheiro abriram a porta e eu dormia em cima do livro que ganhara da minha querida tia. Ouvia umas conversas longe, mas pensei que estava sonhando.
Ao me acordarem fiquei assustado e vi mamãe chorando, me pegou no colo e eu dizia: não chore eu ganhei da professora um livro encantado e os personagens saíam do livro e conversavam comigo. Que lindo disse mamãe, agora vamos tomar um banho, saborear um gostoso café-da-manhã, depois à tarde vá curtir os presentes.
Mamãe colocou-me na cama, estava "morto"de sono...

Uma singela homenagem a todas as professoras alfabetizadoras, que amem seus pequeninos como eu amei os meus e, vendo-os nas ruas da cidade vêm me abraçar como se fossem pequeninos. É um amor que não tem preço, doa-se.


sexta-feira, 20 de novembro de 2015

20 de novembro: Dia da Consciência negra



Eu não vou mais escrever sobre Zumbi, pois toda vez que coloco uma postagem para enaltecer o rei dos Palmares, ela some. Essa podridão o Brasil carrega até hoje, mas muitos brancos são escravos da fome, comem no lixão, formando um lindo cartão postal do Brasil.
Você Zumbi ganhou um feriadinho em 1000 cidades das 5570 existentes no Brasil, um feriado coberto com a vergonha da História do Brasil.
Zumbi: onde estiver saiba que estou contigo e não abro. Viva o rei dos Palmares que lutou e morreu, pois queria a liberdade de todos os negros, mesmo ele tendo nascido livre.

Atenção: quem quiser ouvir um grito de um negro lindo e culto(meu filho) é só escrever em Pesquisar este Blog: Consciência Negra. (Muitos já leram).

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Metonímia x acróstico: Meu pai




                        
                                            



M ãos calejadas, suadas, honradas,
A tadas a família, a Deus e ao trabalho,
R espeitadas, doadas, emprestadas,
T imbradas na honestidade e na
I ncansável batalha,
M arcadas, cansadas,

 R abiscadas pelas fendas da idade 
E mpobrecidas por falta de atividade,
I gnoradas por algumas autoridades
T itubeadas pelo tempo,
A marguradas pela perda do seu amor, 
N ão suportaram
O flagelo da solidão, faleceram.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Prosa poética - Tô chegando


Mãe, tô chegando
Prepara o leitinho
Que o túnel é estreito
Vou ficar cansadinho
Uai, cadê o meu banho?
Mas fiquei cheirosinha
Tão discutindo por quê?
Ah! Agora podem prosear
Tô mamando. Que gostosura!
Oh! Mamãe, adoro os carinhos
Quem não está gostando é Pedro
Disseram que é meu único irmãozinho
Mamãe chama Pedro...franziu a testa
Me aguarda, quando crescer
Não irá franzir a testa, sumirá
Pois não me olhou direito
Quem vai apanhar?
Eu, é que não
Você, é que sim
rsrsrs