quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

A perdição das drogas


valores

Quando um filho nasce
A alegria é total para pais e avós
A primeira mamada
Os "banhinhos", a roupinha
A papinha e a escolinha
De repente está no Fundamental
Depois o Colegial
Sempre perto de nós
Aí vem a Faculdade gratuita
Alugamos uma casinha
Juntam mais três
Aí vem a perdição das drogas
Toda família é infeliz e chora
Você vai buscar seu filho
E o vício continua
Vai amenizando com o cigarro
Uns amigos de roupas largas
Ele chega e a mãe chora
Ele a abraça e diz
Mãe: logo serei seu orgulho
Tomara!!


segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

O beijo que não te dei



Tu eras tão linda como a primavera
Como as mansas nascentes dos rios
Tu eras linda como a luz do belo luar
Tu eras triste como o choro do mar

Os teus lábios carnudos me apeteciam
Mas nunca tive coragem de beijá-los
Minhas mãos suavam as tuas de desejo
Desejo de possuir-te na hora por inteira.

Se hoje te faço poesia é porque te desejei
Teus lábios foram embora virgens de mim
Mas com certeza, tu já beijaste um alguém

Mas nunca saberá o gosto do beijo meu
Passaste por mim e uma lágrima sua caiu
Que fazer agora se passaste a nossa magia?


sábado, 12 de dezembro de 2015

Haikais de amor




A noite estava alta e estrelada
Você adormeceu nos meus braços
Peguei-a no colo, dormimos

No belo jardim da vida
Colhi a linda rosa vermelha
Rocei-a nos teus lábios

A lua inspira os poetas
A ditar lindas poesias para ti
Que raspa no teu coração

Tu és a pérola mais difícil
Que no mar consegui retirar
Um lindo pingente te dei

O poeta fala  da natureza
E nela vê seu amor a rodopios
Chora sua idade vencida


sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Desaparecer



Estou cansada da minha vida pacata não sei o que sinto se é raiva ou pavor; mas às vezes tenho vontade de desaparecer, fazer o inverso de minhas ações. Deixar a apatia de lado e fazer uma revolução na minha vida.
Eu sou só, meus pais morreram e fiquei  nessa imensa casa sem ninguém. Tranquei a Faculdade, meu muitos amigos não vão querer sair com uma jovem velha, reclamando de tudo e nem tenho vontade de nada.
Vou trancar minha casa com meu corpo lá dentro e desaparecer. Ninguém vai me ver, só eu poderei ver como tantos sofrem nesse mundo cruel. Ouço o choro das mulheres que perderam seus maridos e namorados na guerra; crianças que choram a fome, os assassinatos em séries.
A noite quando a lua aparece e as estrelas brilham as ondas do mar fico eu a pensar: quem sou eu? Viver fora de mim é a pior miséria. Vou voltar: abro a porta e vejo meu corpo lindo e estático
Apossei-me do meu lindo corpo e fui direto à praia, a noite sorria com os murmúrios das ondas do mar. A claridade da noite e a beleza da lua me fez furar uma onda grande e nesse momento ouvi alguém pedir socorro e nadei, peguei no corpo de um jovem que estava se batendo, dei-lhe um soco na cabeça para desmaiá-lo, do contrário estaríamos mortos no fundo do mar. Arrastei-o até a praia, fui esfregando seus pulsos, ele acordou assustado e me perguntou: eu não morri?
Dei uma gargalhada e lhe disse: se não é bom nadador não deveria aprofundar até o mar. Pediu-me desculpas.: eu sorri.
Diante daquele jovem lindo e tremendo de medo e frio, agasalhei-o com umas toalhas, deite-o no meu colo, acariciei seu rosto e ele adormeceu e eu também, tamanho foi o cansaço.
Eu precisei desaparecer para ver as desgraças da vida para dar valor a minha vida tranquila e boa demais. 
Hoje estou feliz, pois me apaixonei-me por Henrique, aquele que estava se afogando e agora se afoga com meus beijos.