segunda-feira, 14 de março de 2016

Meu homem





Desde a tenra idade
Tu me chamavas
De minha mulher
Eu de meu homem
Ríamos de nós
Esquecemos
Que o tempo passou
Matando nossa ingenuidade
Deitamos na grama
Tu olhaste pra mim
E me beijaste
Enlouqueci 
Mas aguentei até que
O casamento aconteceu
E na cama a paixão explodiu
Que amor de homem
Esse é o meu homem



sábado, 12 de março de 2016

Flores orvalhadas





Quando as crianças eram livres
Juntavam-se para beber as gotas
D' águas que  oras dependuradas
A nossa alegria era a fina chuva

Banhávamos num córrego gelado
Logo saíamos todas molhadinhas
A cidade pequena e nós danadas
Eram as crianças peraltas e livres

Nunca eu irei esquecer as corridas
Nos prados floridos da cidadezinha
Cada uma de nós cheirávamos a flor
A sonhar uma tal beleza inigualável

Ninguém apanhava nenhuma flor
Elas eram para enfeitar os sonhos
De crianças inocentes como nós
Os belos tempos que não se olvida
  


sexta-feira, 11 de março de 2016

E assim tudo começou...




E assim começa a vida a dois apaixonados: Beatriz e Renato; muitos nem sabem o significado das alianças, mas a aliança simboliza a fidelidade dos cônjuges. O ato solene, ou seja, o matrimônio que só se pode se casar com  só uma pessoa, tem que ser, é lei.
O casamento é indissolúvel, ou seja, só pode ser anulado com a morte de um dos cônjuges.
Começa, então, uma vida diferente, onde divide-se a cama e também os afazeres domésticos, pois na crise em que estamos os dois trabalham para terem uma vida com pequenos prazeres: praias, bailes.
De repente um serzinho da um pequeno enjoo na mulher, correm para o hospital e no outro dia ela faz o exame de sangue e deu positivo. Foi aquela festa.
A barriga crescendo, os enjoos constantes, até que um dia num hospital nasce um lindo menino de nome Manoel, escolhido pelo o pai. Aquela felicidade e mais tarde nasce Regina, nome escolhido pela mãe.
Os avós ficaram eufóricos, pois quem cuidava de Manoel era a mãe de marido e agora será a mãe da esposa, pois os dois trabalhavam muito para comprar sua casinha.
Assim a vida fica atribulada, as crianças já adolescentes rebeldes fazem seus pais chorarem muito, eles vão trabalhar, serviços subalternos, estudam a noite.Quando chegam em casa reclamam de tudo e vagarosamente a vida vai se acertando.
"Filhos? Melhor não tê-los! Mas se não tê-los, com sabê-los?"
O meu maior amor é meu filho Cristovam: amo demais você, meu filho.


quinta-feira, 10 de março de 2016

Basta




Basta de viver nesse mundo hipócrita humano que nos magoa sem dó, que nos engole pouco a pouco e nos enterra nesta terra, Terra esta que foi feita, com todos seus belos e mínimos detalhes que foi dada de presente para a humanidade morar!
Que foi feito desta Terra, em que os humanos, meras formiguinhas, estão destruindo com sua ganância deixando todos, aquelas formiguinhas inclusive, sem oxigênio? Onde estão os homens da lei que nada fazem, talvez pela burocracia que é imposta a todos os serviços públicos? 
E assim vamos pagando nossos impostos a vida toda e, no limiar de nossas vidas, nos devolvem todo nosso trabalho com uma aposentadoria de miséria e precisamos esmolar a uma entidade falida chamada SUS que, sobrecarregada e provavelmente vilipendiada, não consegue suportar uma população que cresce a cada dia.
O pior de tudo é que os meios de comunicação só mostram os problemas, sem cumprir seu dever jornalístico de apontar os reais culpados por tudo isso que eles sabem muito bem quem são... Ninguém consegue mais viver num Mundo em que os donos da verdade pisam em nossas cabeças e a maioria morre nas mãos dos bandidos. Porém, esses mesmos donos, quando morrem, deixam aos seus filhos como herança: cartão de crédito, dinheiro, carro e ,com a maior cara de pau, bem vestidos e arrumados, chegam à casa do povo(nós!) com aquela lábia e... Pedem votos! Abrimos a porta e daí...
Os que mais sofrem são os da classe média que bancam o luxo dos milionários que andam de jatinho, sugando o sangue e o suor do nosso trabalho... E nós morremos no asfalto.
Às vezes, pergunto ao Dono do Mundo: até quando?