sexta-feira, 22 de abril de 2016

Discreta solidão





A casa vazia, sentada numa cadeira de balanço, mas ainda muito jovem, um aperto no peito, eram as lágrimas querendo jorrar dos meus olhos. Tentei segurá-las, mas foi impossível e uma enxurrada de lágrimas desceu em meu peito. Estava só. Era a dor da solidão.
Tinha tudo: casa no campo bonita, ajudantes, mas me faltava o essencial: o meu amor que num dia fatídico, voltando para casa, seu carro rodopiou na estrada e caiu num barranco. A morte lhe sorriu.
Levanto sorrateiramente da cadeira e o que vi fora de casa me entristeceu mais: a noite chegando nublada, a lua com pressa de dormir nem me viu, olhei ao redor e vi que o nada me fazia companhia e, pela primeira vez resolvi jogar fora toda essas tristezas que me sufocavam.
No lindo banheiro, tirei bem devagar minhas vestes, o espelho refletiu minha bela silhueta, passei a mão pelo meu corpo e vi que ele estava vivo, entrei na banheira e ao sair tinha um propósito: quero viver. Peguei meu carro e fui para a cidade, tinha uma amiga, me recebeu feliz e aí perguntei: onde vai tão linda? Ao baile, fomos as duas.
Ela dançava muito, solidão passava longe dela e enquanto pensava alguém tocou meus ombros: vamos dançar? Assustei, era Jorge um amigo de infância, nos abraçamos e começamos a dançar, senti o cheiro do pecado, ele olhou pra mim e de leve beijou meus lábios. Abraçamo-nos  mais forte, pois o desejo nos ligava.
Disse a ele: venha conhecer minha casa, subimos no carro e saímos da estrada, ele nada falava, abri a porta, entramos para o amor e hoje a casa é barulhenta de tantos filhos. Adorava crianças.
Tranquei a solidão numa gaveta e joguei a chave no rio.

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Entre


Entre
Dentro do meu coração
Que amou, ele adoeceu
Tentei com lágrimas consertá-lo
Foi impossível
Ele chorava o teu coração
Que amava
Com teus beijos fui arrumando
Pronto: está lindo
Sorriu pro teu
E tu me perdoas?
Meu coração
Diz que sim
Vamos passear na praia?
As águas quentinhas
Pés descalços
Ondas violentas nos derruba
Olho pra ti
Beijo os teus lábios
Rolo contigo na areia e digo
É fácil ser feliz
Amor

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Este é o meu amor


amor

Este é o meu amor
Que me abraça bem forte
Que beija meu colo
Que me joga na grama
E diz que sou o teu amor
Quer saber se o amo
Eu não saberia viver sem ti
Sem teu cheiro embriagador
Teus doces e molhados beijos
Nossos encontros nos bosques
Apreciando pássaros
Brincando na cachoeira
Nadando no rio
A água quentinha atiça
Desejos mil
Fazemos amor
Testemunhas: os peixes
Esse amor não morre, é único
É só nosso


segunda-feira, 18 de abril de 2016

O amor não morre, descansa



O amor é um sentimento tão lindo, que sem perceber ele voa de mãos dadas a dois pela vida, a qual bem construída, da o prazer de estar juntos com outra pessoa, os aconchegos, carinhos e cuidados na hora certa, é a tal felicidade que se impregna num casal apaixonado.
A juventude é a força do prazer, na velhice um descansa, mas o amor do outro  não morre. Esse amor irá permear a vida de quem ficou até o fim de seus dias. Ama-se apenas uma vez, mas o medo da solidão faz com que muitos solitários se unem novamente. É apenas por segurança.
A outra passa a ser a "única" pessoa, pois ela ama, faz o outro sorrir a vida, mas com toda a convicção ama-se apenas uma vez.
Ninguém consegue viver só, principalmente na velhice. Filhos? Não esperem por eles, pois passarão pelo mesmo tapete da vida.
Termino no tópico desta:

O amor não morre, descansa