domingo, 18 de dezembro de 2016

CRÔNICA: Medo de amar



Sempre tive medo de  amar, talvez por ser muito bela ou pelo interesse, pois meu pai tinha uma grande fábrica de tecidos, num ponto central da pequena cidade que morei feliz a vida inteira.
Estudei filosofia numa Faculdade Estadual e, pela primeira vez fui morar sozinha num bom apartamento, numa grande cidade.
Meu pai trouxe o meu carro para que eu fosse estudar na Faculdade, pois ela era afastada da cidade. Aí que chovia rapazes em torno de mim.
De vez havia alguns bailinhos e ia com um colega, tinha medo de ir sozinha. Muitas vezes quando parava uma seleção saíamos um pouquinho e ele me beijava, mas não conseguia amar ninguém.
Todas as minhas amigas se casando e eu pela minha bestialidade ia ficando e, agora só, meus pais morreram, comecei a supervisionar a fábrica e a noite ministrava aulas de filosofia. Era muito atenciosa e por vezes retornava a explicar o que os alunos não entendiam. Eles eram muito carinhosos comigo. Às vezes algum aluno não tirava os olhos de mim, eu era um pouco mais velha, pois me formei e logo saiu o concurso, fui bem e escolhi minha cidade.
Mesmo com cinquenta anos, ainda era jovem e muito bonita e, os meus pensamentos foram interrompidos pelo barulho da campainha. Desci as escada e vi um homem muito bonito com os cabelos grisalhos, aí perguntei: quem é você? Não me reconhece professora, o Sérgio, seu aluno que não tirava os olhos de você. Ela sorriu e disse: entre. Subiram e logo já estavam tomando um café da tarde que minha ajudante fez com muito carinho.E seu marido não está? Senti um calor no rosto e lhe respondi: eu nunca me casei. Tinha medo e agora fiquei só em companhia com meus pensamentos.
Sergio, então, e pegando nas minhas duas mãos geladas disse: eu sempre a amei. Quer se casar comigo?
Laura estremeceu...pensou e lhe disse: topo.
Sérgio, formado em administração foi cuidar da fábrica da família, adotaram duas crianças e viviam muito bem.

sábado, 17 de dezembro de 2016

Minhas convicões sobre o amor


                      

Nas minhas convicções o botão irá rastejar no chão
 Por um lindo cravo usurpador de corações apaixonados
Botão vermelho lindo não rasteje por fingidor imprestável
Será a mais linda rosa do meu pequeno e simples jardim
                       Deixe-o num canto do jardim irei regar o jardim de rosas
O cravo hoje só beberá água quando estiver no pôr do sol
Encontrará outro que caberá certinho dentro do seu coração
Farei lindo casamento dos dois




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Felizes para sempre 

Soneto à mulata brasileira



mulata

A mulata brasileira igual não há
Por onde passas deixa tua beleza
O teu rebolado embala multidão
A tua dança exótica é um vulcão

Deixa uma rastro que é só paixão
O teu cheiro embriaga o garanhão
E com ela rebola no meio da ruela
Só podia ser o "negão"marido dela

O cortejo da mulata leva multidão
Num forte ritmo do samba nos pés
Viva a linda mulata do nosso rincão

Mulata brasileira tem samba no pé
Rebola que da inveja a quem a vê
Viva nossa mulata que nos contagia

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Ame-se a si próprio (liberado)



Quer ser feliz? Ame-se primeiro, olhe no espelho e sorria sua vida que por sorte linda e jovem. Agradeça a Deus pela sua saúde, beleza e inteligência.
Procure passar essa alegria que tem às pessoas que a encontrar no caminho. Sinta o perfume das flores colhidas no campo que vêm beijá-la todos os dias.
Amor? Não tardará a encontrar, pois tudo em você é amor e sutileza. Terá o amor que quiser, escolha bem para não sofrer mais tarde e, de repente aparece à sua frente um lindo jovem e fala: Manoela? E você diz : quem é você? Sou seu primo de São Paulo, vim a convite de sua mãe para respirar um pouco de ar puro.
Que bom! Venha vou lhe mostrar um lugar lindo, onde todos os dias vou me banhar. Paulo, seu primo estranhou tanta facilidade e caminharam até uma pequena queda d'água. Chegando lá Manoela disse ao primo: pule nessa água cristalina, sairá dela com uma vontade louca de correr nos prados.
Paulo saiu molhado e sem perceber pegou na mão de Manoela e correram, sorriram, gargalhavam até cair numa grama verdinha embaixo de um pé de Jacarandá.
Paulo olhou para Manoela e disse: como você é linda! Quer se casar comigo? Manoela saiu correndo tropeçou e caiu. Paulo disse: Por que correu de mim, não irei fazer nada que não queira. Passou a mãos nos seus cabelos e vagarosamente a beijou, viu que ela gostou, então, o beijo foi mais forte.
Manoela disse a Paulo que teria que conversar com seu pai que pretende se casar com ela e de mãos dadas correram até a casa grande da fazenda.
Adentraram a casa, ainda de mãos dadas e sorrindo, aí que eles foram perceber que estava diante dos pais de Manoela, seus tios:  eles sorriram e ali mesmo pediu a mão de Manoela em casamento. Todos se abraçaram.
Depois de três meses se casaram e a pedido do pai da noiva Paulo aceitou administrar a fazenda do tio e sogro.
Não demorou muito tempo as crianças foram nascendo para a alegria dos pais de Manoela que já estavam com idade avançada, precisavam descansar.
Ninguém precisa correr atrás da felicidade, ela acontece por acaso...