Muitos
anos se passaram, a saudade persiste em ficar. Eu cá, só, debruçada no sofá,
abraço o travesseiro e volto ao passado querendo saber o motivo da separação.
Nós nos amávamos.
A
sala está vazia, os anos pesam meu corpo no sofá, gélido pelos dias maus
vividos, fecho os olhos e vejo nossos
momentos felizes; entristeço.
Mas,
dos meus olhos não saíram lágrimas, você as levou quando me disse: acabou. Vi
que dos teus olhos duas lágrimas caíram. Sumiu até hoje sofro de saudades de
ti, fecho os olhos e revivo aquele amor, os momentos de loucuras na praia à noite. Que
saudades! Estava doente e não quis morrer perto de mim. Quis me poupar.
Hoje, sozinho na tumba, eu no sofá esperando a morte chegar para nos encontrarmos em outro plano. Quiçá!