A
face oculta do amor é a obsessão, é uma luxúria desenfreada, é uma doença que
geralmente um morre nos braços do seu amado que chora, grita, berra e sabe que
aquele corpo que tanto maltratou e matou pelo seu ciúmes só de olhar sua beleza
e que agora vai apodrecer na terra se desespera.
Pede
socorro, ele não vem. Chora, suas lágrimas secam. Mutila-se, mas nada a trará
de volta para uma vida só de paixão, beijos e tapas no rosto chegando a roxo, a
pega no colo ela está sucumbindo e agora o que ele fará?
Muitos
o fazem: quando a obsessão invade sua mente ou enlouquece e tem que viver
amarrado ou morre de saudade daquela paixão louca. Vem a morte.
Nascem
muitos outros com essa face oculta e quem sorri? A morte.
Amor
é comprometimento mútuo, é carinho, é um gostar que não judia, mas acalma, é
juntos fazer planos de uma vida a dois, com equilíbrio, muito amor e uma paixão
que leve ao prazer e não a morte.
Uma
boa criação dos filhos com regras, horário para sair e voltar incomoda aos
filhos, mas quando eles tiverem os seus saberão que a mãe tinha razão.
Há
tantas razões para morrer: impotência que as drogas os afetam, dinheiro fácil
que ganhou de seus pais, após a sua morte, hoje o desperdício do que foi
sofrível ganhar na luta, desperdiçam em festas regadas a álcool, drogas e
mulheres, chegará ao fim do túnel na mendicância; é a impotência, a luxúria e a
vida como se ela se restringisse num único dia.
Depois
de tanto sofrer o que lhe resta? Perambular pelos asfaltos da vida, um carro que vinha pelo asfalto o viu e tentou frear para não lhe matar, não deu é a morte
que veio salvá-lo dessa vida para o descanso eterno.
Tudo
poderia ser diferente, se os pais tivessem mais tempo para saírem com o seu
filho, sentar num banco da praça em meios ao chilrear dos pássaros e colocarem a
conversa em dia. Será salutar para ambos e, depois de tomarem um sorvete a
três, se lambuzarem de chocolate e sorrirem a vida.
Pais:
dinheiro é bom, mas os filhos precisam muito de amor, presença, carinho e
conversa.
