morte
A Lua seguindo seu curso ouve lamentos, choros e um ranger de ossos, ela tenta clarear, mas logo se apaga totalmente, ela não aguentou ver corpos jogados em todos os lugares, seria o cemitério dos excluídos? A chuva cai fininha e ela ouviu murmúrios.
Seu coração de Lua não aguentou, abaixou e clareou e ali mesmo viu seres cadavéricos brigando por um pedaço de carne podre que encontraram no seu gradear.
Quem lá os gradeou sem cereais e água para que morressem sem ao menos dar-lhes uma chance para sobreviver? Condoída com todos começou uma chuva forte, toalhas, sabão e muitas roupas. o frio doía os ossos. Não obstante os alimentos desciam devagar para todos. Ela fez isso por um mês.
A Lua passava todas as noites e Ela os alimentava, ganhavam carne bonita. E para testá-los, deixou que sementes de flores caíssem, ficou lindo.
Um certo dia, como de costume chovia, os alimentos caíam suavemente e simultaneamente, pacotinhos amarrados recheados, correram para ver o que tinha dentro dos pacotinhos. Ficaram raivosos: sementes, o que iremos fazer com elas? Plantar para comer? Olharam para a Lua, riram dela.
A Lua enraiveceu, mandou uma forte chuva de pedras, eles bateram na porta dos trabalhadores que assustados com suas aparências fechavam a porta, foi aí que notaram que todos ficaram como antigamente. Correram para os lugares de onde vieram, os portões eram altos e os muros também e puderam ver que aqueles saquinhos nasceram lindas árvores frutíferas para saciarem outros excluídos que para lá foram.
O que aconteceu com eles? Morreram de fome devido as suas próprias ignorâncias.
É o que está acontecendo na Terra, um querendo ter mais vantagens que o outro: roubar, viajar, conquistar lindas mulheres e vice/versa e espoliando os menos favorecidos.
Tudo poderia ser diferente se tivéssemos Deus no coração, justiça social e uma bondade infinita.