Aqui a mulher não tem opção
Vira mãe menina sem sonhos de amor
À noite fervilha homens
Ela é umas das mais requisitadas
Chora, implora, e apanha no quarto
Você é minha e de todos
No seu coração sente uma raiva danada
Do seu pai que aqui a deixou
Estou juntando alguns "miréis"
Para um dia conseguir fugir daqui
Quero brincar de boneca
Quero cantar na bela natureza
Mas um jovem condoído me comprou
Como um saco de batatas bem caras
Saí do inferno, ele me ofereceu o céu
Ele me amava fomos para São Paulo
Peguei minha menina bastarda
Ele a registrou como sua filha
Era bom, casa bonita, tive mais dois filhos
Agora a família para de crescer
Uma noite ele estava dormindo
Passei a mão de leve no seu rosto
E disse baixinho: eu o amarei para toda vida
Ele me agarrou, abraçou, chorou
Formamos uma sólida família longe daquele lugar...