Meus leitores

A partir de agora esse blog será apenas para leitura

Não serão aceitos comentários e também 

não os responderei em outras postagens

Isso não quer dizer que não vá visitá-los

E vocês meus seguidores acreditem

em quem quiser

Cada cabeça uma sentença

Temos que ajustar as contas com 

Deus

Aos meus visitantes ficarei honrada 

com suas visitas

Muito Obrigada a 

todos

Lua Singular

Sonhos se esvaindo ( ficção)

Mensagens e Gifs da Teka

 Eu construí muitos sonhos que se esvaiam com o vento que batia na areia do mar, renasci com a brisa que gelava meu rosto para uma nova vida cheia de anseios e a cada sonho uma decepção. Tornei-me uma mulher, apesar de bela, amarga.

 Não conseguia me imaginar uma pessoa idosa sozinha no mundo, sem marido, filhos, ou seja, uma pequena descendência, mas os sonhos sumiam ao vento. Nada que fizesse conseguia segurar um amor só para mim. Decerto eu deveria cortar meus cabelos para ficar diferente. Qual nada, sempre o mesmo problema.

 Saí a vagar pelas areias do mar. Era noite escura e, de repente encontrei um velho barbudo que vinha a minha direção. Parou e me disse: está à procura do amor? Ande mais dois quilômetros de praia que irá encontrá-lo.E assim foi feito, quando de repente atirado na areia vi um vulto de um jovem, quando olhou para mim quase desmaiei: estava todo desfigurado e ensanguentado.

 Corri até as ondas do mar e com um copo de plástico peguei um pouco d'água e com um lenço fui limpando suavemente o seu rosto, comecei a tremer e antes de terminar a limpeza, desmaiei. Acordei bem afastada da praia e ao abri os olhos, uma beleza estonteante vi em seu rosto. Roçou com suas suáveis mãos meus lábios e vagarosamente aproximou-se e os beijou com ternura. Estremeci.

 Logo foi se apresentando que veio de um planeta longínquo à procura de uma bela mulher para se casar, mas na vinda a nave caiu e ficou à deriva na praia até que eu apareci para salvá-lo.

 Vou levá-la comigo, se sua família quiser vir junto terei o imenso prazer de recebê-los no meu Planeta. Ah! O nome do meu Planeta é Amor.

 Dormiram na areia e ao acordar estavam em outro Mundo, olhou para os lados viu sua família e, com aquele lindo jovem se casou numa linda cerimônia banhada com muito amor.

Dorli Silva Ramos

Balança celestial- miniconto

 Todos os humanos têm medo de morrer porque não é apenas uma passagem dessa vida para os Céus. Depende do Grande e Supremo Juiz Celestial; nosso Pai, pois antes Ele irá usar uma enorme balança: num prato colocará todos os nossos pecados: ódio, mentira, difamação, calúnia, traição, falso testemunho, crueldade, perversidade e muitos outros e no outro prato os bons adjetivos: benevolência, humanidade, integridade, polidez, etc...

 Só Deus sabe quando somos verdadeiros ou falsos e no mundo em que vivemos a maldade sobrepõe a bondade pela polidez das palavras diabólicas impregnadas em pessoas que não assumem seus erros e tentam se colocar como vítimas, abalando os sentimentos dos que estão na corda bamba. Olhos são para ver, ler tirar suas conclusões. Se não somos capazes de discernir ou interpretar uns escritos que nos calemos para não pesarmos mais a nossa balança para o lado do mau. A morte é a única certeza que temos aqui na Terra, cada um acredite no que quiser, pois eu acredito que Deus não irá deixar reviver em outra vida seus filhos que traíram seus mandamentos.O nosso corpo não vale nada em comparação a nossa alma, então, cuidemos que ela esteja imune de pecados para que a balança não pende para o inferno com nossa alma para toda a eternidade e não haverá retrocesso.( Como já disse cada um acredite no que quiser, mas eu acredito que o inferno é aqui na Terra); pois enquanto você está alimentando de boas iguarias, está lembrando de pessoas que estão comendo os restos putrefatos que você joga no lixo?). Não.

 Se nossa vida foi abençoada de boas ações, um coração que só transmite bondade, a balança o penderá para um lugar maravilhoso, onde não haverá choro e nem ringir de dentes. Ainda há tempo para o arrependimento; só assim nossa vida escorregará para um lugar  sublime, onde prevalecerá só o amor.

 Vamos nos amar mutuamente, sermos verdadeiros e não querermos abarcar o Mundo; aqui pagamos aluguel por pouco tempo e logo teremos que desocupá-lo, pois ele pertence a Deus, o nosso juiz celestial.

Dorli Silva Ramos

Me perco no seu olhar

Mensagens e Gifs da Teka

Me perco na insanidade do seu olhar

O brilho de turmalinas me enlouquece

Boio dentro do seu oceano com sede

Beijo tua boca e durmo no seu mar

Seus olhos me declaram loucura de amor

Palavras desnecessárias aos amantes

Minhas mãos deslizam suas vestes

Um inevitável beijo acontece com ardor

Desalinho todo seu cabelo negro

Suas mãos aquecem a minha de paixão

Aperto-a em meu peito abrasador

Carrego-a para o quarto com a mão

Num só elo de desejos insanos

Nos deleitamos dos prazeres da vida

Sem lua, só nós dois em desatinos

No quarto escuro, numa loucura atrevida 

Dorli Silva Ramos

Recomeço: miniconto

pt.wikipédia.org

 Numa pequena fazenda, debaixo de uma paineira era onde João e Rose se encontravam: faziam juras de amor olhando a lua e as estrelas dando beijos e suspiros apaixonados. Foi nesse mesmo lugar que fizeram o primeiro amor e desse amor nasceu um lindo bebê que João nem conheceu. Fugiu.

 O tempo passou, o bebê cresceu e sempre perguntando quem era seu pai. Num dia de aflição ela disse ao seu filho ainda pequeno: Seu pai é João o antigo retireiro da fazenda e quando soube que você ia nascer fugiu e nunca mais ninguém o viu por essas bandas.

 João era lindo e tinha uma boa lábia, fez filho em Rose e a abandonou. Para quem passasse naquela paineira via sempre Rose a choramingar a dor do abandono.

 Um dia apareceu Pedro perto da paineira e disse à Rose: vamos namorar?  Pedro enxugou as lágrimas de Rose e prometeu amá-la e que iria esperar que um dia o amasse. Rose abraçou Pedro e disse sim.

 Casaram-se, tiveram outros filhos e foram muito felizes (...) um amor morre e outro recomeça, pois sempre se encontra alguém que sabe nos valorizar.

 O primeiro filho de Rose nunca mais perguntou pelo pai, era para Pedro que sempre dizia: amo você meu pai...

Dorli Silva Ramos

No balanço da Vida

Mensagens e Gifs da Teka

É no balanço da vida que encanteio

Os meus lindos sonhos em devaneio

Somos eu, o balanço e a natureza

 Numa perfeita sinfonia com destreza

As nuvens estão pesadas nos céus

A chuva não tardará a chegar

Olho a volta um vazio de adeus

Esse cenário paradisíaco irá acabar

Ao longe vejo meu amor chegar

Com suas quentes mãos a entrelaçar

Meu corpo ardente ávido de desejos

Uma louca paixão tomou conta de nós

Agora balanço nos seus fortes braços

Rolando na relva verdinha a nos amar

Dorli Silva Ramos

O vento entra pela janela

Mensagens e Gifs da Teka

 Ela dorme com a janela do seu quarto aberta para ser acordada com o alvorecer.  O vento suave entrará de mansinho trazendo com ele lindas folhas a deslizarem suavemente seu corpo até acordá-la.Todos os fluídos bons irão impregnar seu corpo de mulher maravilhosa e sensual.

 Sua essência agora vitalizada chegará até a janela e dará bom dia a vida. Vida que lhe foi privilegiada com a beleza dos seus traços, a meiguice do seu olhar e a linda sintonia da sua voz. É mulher total.

 Após um banho de espumas com o cheiro de alfazema, seu corpo irá vitalizar para mais um dia de vida. Entra no elevador sob olhares insinuantes, diz bom dia com um sorriso irradiante e depois vem o silêncio que da para ouvir as batidas dos corações de homens que a desejam em seus sonhos.

 Se faz de despercebida, desce no andar térreo, sai do prédio e entra no carro, onde um jovem a espera. Beija-o com paixão arrebatadora enciumando todos que por eles passam.

 Chega ao trabalho sempre carregando nos lábios um belo sorriso, dando alô a todos os colegas e sente que os homens tremem só com um olhar seu. É educada e sabe se desvencilhar das possíveis cantadas com a meiguice que lhe é peculiar. Sabe do seu charme, mas é fiel ao seu amor.

 Será que essa mulher existe, ou é imaginação(...)

Dorli Silva Ramos

Final da chuva de outono

Mensagens e Gifs da Teka

 Debruçada na janela do meu casebre, vejo a felicidade fluir lá fora e se impregnando pouco a pouco dentro do meu ser. É de uma beleza inigualável a maviosa natureza que o homem faz questão de acabar. 

 Sinto a felicidade do frescor das folhas secas de outono, as árvores ressecadas e toda relva pobre e a chuva molhando os seus sentimentos.

 O rio bebe cada gota d'água para enchê-lo, pois dele depende os muitos seres que vivem no seu interior e Deus mandou a chuva para restabelecer todo o equilíbrio da bela natureza.

 Daqui a alguns anos quando o homem vir que as folhas secas de outono caíram e as novas não nasceram, bem que tentaram, também sofrerão, pois o solo ressecado( arenoso) pela falta da chuva subtraiu os lençóis d'águas subterrâneos; todo o verde ficou sem cor, o rio secou e o odor fétidos dos animaizinhos em decomposição; irá chorar. A chuva não será mais de águas cristalinas e sim ácidas, onde ao caírem nos corpos esqueléticos dos sobreviventes formarão sucos e grandes feridas irão servir de alimentos às poucas varejeiras que sobrarem. Correr onde? As pernas dos sobreviventes enfraquecidas por falta de alimento e água; falecerão.

 Ainda se arrastando, os pouquíssimos sobreviventes irão beber do sangue e comer do que restou da carne dos mortos. Até quando?

 Até logo(...), pois com o coração do homem endurecendo e querendo ter a petulância de ser maior que Deus, ele próprio acabará com o Mundo lindo que Ele nos proporcionou...

Dorli Silva Ramos

Reminiscências

Homenagem aos amigos dos "Anos Dourados"

Década de 60

Das escorregadias ruas de pedras

dos cavalos, das charretes, da chuva

do orvalho vestindo a relva

Ao redor da Estação.

Do apito do trem apressado,

das saias pregueadas,

das alvas meias soquetes,

dos livros, da escola.

Das procissões, das quermesses,

dos bailes, dos vestidos luzidos,

dos namorados, da ilusão.

Reminiscências mil, que não

olvido, apesar do hoje confuso,

medroso, desesperançoso.

Dorli Silva Ramos

Aos meus saudosos pais

Donald Zolan

"Eu fui o presente que ganharam"

M ãos calejadas, suadas, honradas

A tadas à família, a Deus , ao trabalho

R espeitadas, doadas, emprestadas

T imbradas pelo tempo, ranhadas pela

I ncansável batalha,

M arcadas, cansadas.

R abiscadas pelas fendas  da idade

E mpobrecidas por  falta de atividade,

I gnoradas por algumas autoridades,

T inhadas na honestidade,

A marguradas pela perda do seu "amor",

N ão suportaram

O flagelo da solidão, faleceram.

Meu pai morreu  de saudades após cinquenta e um dias da morte da minha  mãe que era uma:

Seu nome

Angelina Garcia Reitano

Nunca os esquecerei

Sua filha

 Dorli da Silva Ramos  

A maior herança que eu recebi deles: honestidade, hombridade, respeito, dignidade e paciência.

Um rosto de menina

 Na caminhada da vida, houve uma menininha  de nome Clara, de rosto sofrido, mas que gostaria de brincar como outra qualquer; mas seu pai dava-lhe trabalho rude, tinha que plantar e colher milho durante a secagem natural no campo. No seu coraçãozinho começou a nascer uma revolta muito grande.

 Ela gostava de brincar, como outra criança qualquer, era linda, tinha os cabelos dourados como o milho seco e estava sempre a pedir ao pai um brinquedo, o qual nunca satisfazia seu pedido. E assim, a menina Clara, sem nunca ter uma boneca para brincar continuava no trabalho duro da roça tendo que aguentar as brutalidades de seu pai.

 A menina cresceu virou uma mocinha bonita, era de uma beleza morta, tinha um rosto triste, mas como todas as mocinhas da sua época sonhava que um príncipe viria buscá-la com um cavalo branco. Eram sonhos...

 Clara, ainda jovem, casou-se com João para se livrar do sofrimento da roça; achava que estava apaixonada por ele, o qual trabalhava na roça com ela. Não demorou muito tempo casaram-se num dia de domingo.

 Quando chegou na segunda feira, João acordou Clara com brutalidade exigindo que ela fizesse o almoço de madrugada e, sem lua de mel rumaram os dois num trabalho exaustivo. Apesar de João a maltratar, ainda Clara teve dois filhos desse desastrado relacionamento.

Um dia Clara tomou uma decisão: sair de casa com os filhos, tentar criá-los em outra cidade, arrumou um quartinho para abrigar a ela e seus dois pequenos filhos e saiu à procura de trabalho. Nada conseguia pois era analfabeta, mas de tanto procurar arrumou um emprego de passadeira numa tinturaria. Era muito caprichosa e seu salário que era muito pouco foi aumentado, dando condições de estudar seus filhos e aos sábados e domingos lavava e passava roupas dos mais favorecidos para completar sua renda.

 Clara era uma mulher bonita, mas não lapidada pela alegria do amor e paulatinamente foi envelhecendo rapidamente, pois sofria de um grande mal: a solidão.

Seus filhos cresceram, trabalhando e estudando conseguiram dar um maior conforto para sua mãe. Só que eles notaram que ela estava muito agressiva ao ponto de um dia quase queimar a casa toda. Ficou louca, foi internada num hospício e sempre dizia que seu príncipe viria buscá-la num cavalo branco.

 Quantas histórias parecidas a essa acontecem todos os dias nesse mundo de disputa, de ódio e desamores.

 Vamos nos amar mutualmente. 

Elaboração do enredo( Dorli Silva Ramos)

***

(Colaboração da ideia: (Nati Caetano)

http://poesiadoprazer.blogspot.com.br/