Foi o que nos prometeram, então fui pra cidade grande e nada consegui, comi restos putrefatos do lixão para sobreviver e, quando ia pedir algum serviço para matar a fome e mandar pra minha "mué" lá no Ceará me chamavam de vagabundo. Fiquei triste e sonhei uma vidinha "mió" aqui na capital de São Paulo.
Chorando, com meu estômago vazio estava voltando pro meu rincão, um pouco a pé, aí passou um caminhão, aí sim era bom, o caminhoneiro me dava água e repartia sua comida e a cada dia mais água e comida.
Ouvia conversas na cabine do caminhão, aí perguntava pro caminhoneiro: quem está com você? Ninguém dizia o conhecido.
Num dado momento o caminhão parou: pronto a carona acabou vou para outro lado. Mas se Deus quiser arrumará outra carona.
E foi seguindo e logo encontrou outro amigo e de carona a pé o alcançou. O que procurava? Tava procurando água e achei, vou encher meus tonéis e seguir viagem, como tinha dois dei um para o outro carona. Andaram bastante.Cansaram, vamos descansar e dentro da caatinga, encontramos uma árvore e dormimos. Quando acordei não vi meu companheiro, procurei por ele e nada, até que cansado voltei vi ao lado de uma tina cheia d' água, sabonete, roupas limpas em cima de uma pedra muita comida, carteira com documentos e muito dinheiro uma chave de caminhei um pouquinho vi um caminhão novinho com documentos no seu nome.
Desceu todo feliz, mas meio triste por não encontrar seu amigo de viagem.
Feliz da vida olhei pro céu e agradeci a Deus a sua ajuda, nisso começou a chover, entrei dentro do caminhão e rumo a minha casa.
Quando lá cheguei, vi tudo mudado, minha rocinha estava verdejante, vi minha mulher e correru para me abraçar, não sabia qual filho pegava no colo.
Aí, perguntei: onde está a nossa casa? Sua mulher o levou pra dentro e ele não acreditava: casa grande e bem feita com três quartos, banheiro, sala cozinha com geladeira, quando a abrir tinha de tudo, fogão a lenha benfeito. Lá no quintal tinha galinhas, horta e bem mais pro fundo chiqueiros de porcos ben gordos, e carroças, cavalos.
Aí ele perguntou: veio um senhor bem velho, sabendo que ia morrer nos deu tudo isso, está tudo no papel e esse caminhão quem lhe deu: ele disse: o mesmo home,mas mais novo.
Então todos entraram e o marido disse a mulher: foi Deus quem nos ajudou e ele nunca nos prometeu nada. Oraram muito, depois foram almoçar: polenta, franguinho e pedacinhos de carne de porco e uma boa salada e numa jarra branca: água.
Todos os dias eles iam trabalhara a terrinha deles e na hora da "bóia", oravam e agradeciam a Deus, eles sempre ajudavam os menos favorecidos. Mas, todos tinham seu pedacinho de chão e estavam bem.
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A fé é boa parceira na viagem da vida! beijos, tudo de bom,chica
ResponderExcluirHá que ter esperança que as coisas vão mudar para melhor.
ResponderExcluirUm abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Bom dia, Dorli. Maravilhoso e sentido texto. Gostei :))
ResponderExcluirHoje:- Âmago em transparências
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Bjos
Votos de uma boa Terça - Feira.
Olá, querida amiga Dorli!
ResponderExcluirO sonho de muitos brasileiros.
Nós temos tanto e precisamos valorizar.
Foi MUITO bom ter lido você pela manhã com um texto tão rico em mensagem tão bem escrita.
Seja muito feliz e abençoada junto aos seus amados!
Bjm de paz e bem
Texto criativo, mostrando a realidade da vida!
ResponderExcluirAmei ler querida Dorli, tenhas um bom dia!
Abraços apertados!
Por muita Esperança que se tenha...O sistema não muda! Cá é igual!!
ResponderExcluirBeijinhos
A Fé é tudo na vida Dorli!
ResponderExcluirLindo texto.
Bjs-Carmen Lúcia.