Chiquita, como era chamada, aos seus cincos anos já era uma
menina peralta, cheia de vida. Como ainda não sabia andar de bicicleta pediu de
Natal um triciclo para passear nas ruas da sua pequena cidade.
A garota e sua família enfeitaram o triciclo a
seu gosto e ela saiu pedalando pela cidade como se fosse uma princesa. Como ela
ficou bonita!
A semana inteira todos viam Chiquita com sua
bicicleta cantando pelas ruas da pequena cidade do Estado de Minas Gerais. Ela
enchia de alegria todos que passavam por ela.
N'outro dia amanheceu meio chuvoso e a garota
queria passear e sua mãe não deixou devido ao tempo, mas num descuido da mãe,
ela escapuliu e o triciclo derrapou e foi parar embaixo de um caminhão.
Chiquita morreu! Todos gritavam pela cidade.
Quando chegaram os parentes foi aquele
desespero, os restos mortais dela já estavam lacrado dentro do caixão. A cidade
de luto, emudeceu.
A cidade parou para chorar Chiquita, a menina
mais educada da cidade que por uma simples desobediência que todos fazemos
perdeu sua vida embaixo d'um caminhão agarrada no seu triciclo aos poucos que
viram.
Chiquita adorava desenhar e quando ganhou o
triciclo, o desenhou e com ela em cima. Ficou lindo o desenho, foi esse desenho que
foi colocado em cima do seu caixãozinho.
Nisso chegou o padre para encomendar o corpo,
todos começaram a chorar e uma ventania brava entrou pelo velório inundando-o
de pétalas perfumadas de rosas, foi aí que sua mãe disse: Não quero que ninguém
chore, pois com certeza ela deve estar brincando com os anjinhos do céu.
O tempo passou e sua mãe teve duas meninas
gêmeas, vindo permear a tristeza que pairava naquele lar.
Deus sabe o que faz.
Lua Singular