quinta-feira, 14 de abril de 2011

Nosso casebre de amor


Foi nesse casebre de amor que eu e Rosinha
Após o enlace matrimonial fomos morar
Ela era uma linda jovenzinha inexperiente da vida
E eu um garotão louco de paixão

Esse casebre ficava no sítio do meu pai
Que com sua infinita bondade nos cedeu
Para um início de vida que seria de muito amor
Grande dignidade e muito trabalho

Os anos iam passando e o que mais queríamos na vida
Não chegava: Seriam os filhos
Rosinha era estéril e poderíamos repartir nosso amor
Com belas crianças a correr pelo campo
A nos chamar de papai e mamãe

Sonhávamos um sonho lindo sem riquezas
Mas rodeados de amor e, o tempo passou...
Um dia, por um milagre, nos foi confiado
Um lindo bebê que havia perdido a mãe
Num parto muito complicado

Aquele lindo bebê é um "dotor"sim "sinhô"
Trabalhamos muito pra lhe dar um diploma
Hoje está bem casado e não se esqueceu
Dos seus velhos pais adotivos amados

Hoje somos bem velhinhos sem mais aquelas paixões
Melhoramos nosso casebre de amor
Somos hoje felizes do nosso jeito simples
Resmungando por qualquer coisinha
Essa foi uma vida bem vivida

terça-feira, 12 de abril de 2011

Quantas saudades



Quantas saudades sinto dos bailes orquestrados
Final da década de sessenta era bem jovem
Não pensava em nada, só em dançar
Boleros, sambas e rock

Os bailes eram escassos mas valia a pena
Cada baile um vestido luzido e muita emoção
Os homens cheirosos de ternos e gravatas
Não parava nenhuma seleção

Num dado momento a orquestra parava
E começava a tocar uma linda valsa
Nós jovens não sabíamos dançá-la
E os mais velhos davam um show

Depois do show recomeçava com belas músicas
Que nos encantavam até às cinco horas
Depois do fim do baile vinha o sonho
Do próximo baile. Quando será?

domingo, 10 de abril de 2011

Vejo o seu rosto




Por todos os lados que viro o meu olhar
Vejo você
Quando acordo no meio da noite
Vejo você
Quando paro o carro no semáforo
Vejo você
Quando chego ao meu trabalho
Vejo você
Quando estou nadando debaixo d'água
Vejo você
Quando estou lendo um livro
Vejo você
Quando estou passeando no shopping
Vejo você
Quando vou beijar outra mulher
Vejo você
Quando viajo para outra cidade
Vejo você
Quando estou no meu computador
Vejo você
Quando estou dançando num baile
Vejo você
Quando estou dormindo
Vejo você
Afinal quem é você?
Que com esse rosto lindo
Me atormenta?
Talvez tenha lhe amado
Em outras vidas

sábado, 9 de abril de 2011

Atrocidades humanas


As atrocidades humanas sempre houveram e haverão de acontecer
em ritmo acelerado e sendo divulgado em Rede Mundial de Televisão.
E os crimes quase sempre ficam impunes mais na riqueza do que na pobresa.
Isso faz com que as pessoas cometam mais e mais atrocidades.
Nunca pensei de viver tanto para ver a cor do sangue num massacre de crianças,
crianças inocentes, mães desesperadas e muitos talentos perdidos, quanta maldade humana.
Quando era pequena, morando numa cidadezinha, quase nada sabia, não tínhamos televisão.
Já quando mocinha e estudei Hitler, Stalin e Mussolini  fiquei enojada com tanta crueldade.
Mas o tempo passou procurei viver minha vida com muita honestidade e fui vitoriosa.
Na minha modesta opinião de quem já viu quase tudo é o avanço da LIBERDADE.
Hoje, ninguém consegue mais controlar os seus filhos e eles acham que estão com a "bola toda".
E, ai dos  pais, em sua maioria, se forem contra eles, chegam até apanhar dos mesmos.
Meus Deus, eu queria morrer antes que o Senhor colocasse um fim nesse Mundo cruel.