sábado, 8 de outubro de 2011

Minhas brincadeiras de criança


Quando ainda era pequena
Vivia na rua a brincar
Colegas eram muitos
A correr, a brincar

Minha mãe se preocupava
Com as minhas brincadeiras
Montar no cavalo, cair de bicicleta
Jogar futebol. Era goleira

Minha mãe dizia: brinque de boneca
Eu não gostava de bonecas
Subia nas árvores, descia compartimentos
De mais de dez metros de profundidade
Descia e subia em grandes escadas

Corrida de saco, esconde- esconde
Quase atropelava as poucas pessoas
De patinete de madeira
Que delícia de infância!

Brinquedos eram de madeiras
Nossos avós faziam
Carrinhos, bonequinhos
Meus bonequinhos enterrava

Corria para os campos verdinhos
Apreciar a flores naturais
Procurar cambuquira e ovos
Pra mamãe fazer uma deliciosa sopa

As goiabeiras já conheciam a turma
Era da pesada e sem piedade
Comíamos goiabas sujas
Até empanturarmos

Hoje as crianças não brincam
A violência tomou conta das cidades
Quase não sorriem, não tem liberdade
Seus brinquedos, todos de tecnologia de ponta.


HOJE AS CRIANÇAS FICAM GRADEADAS EM CASA COM MEDO DA VIOLÊNCIA E SUAS BRINCADEIRAS, COM CERTEZA SÃO PREJUDICIAIS.
CRIANÇAS DE HOJE DEVERIAM TER AS BRINCADEIRAS DE ANTIGAMENTE. "ELAS SE PERDERAM NO TEMPO". PORTANTO ELAS PERDEM A MELHOR FASE DE SUAS VIDAS.

SER CRIANÇA FELIZ

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Um casal de idosos ( ficção)


Um casal de idosos cansado da vidinha simples do interior, onde cresceram juntos, namoraram e se casaram  muito jovens e, para completar a felicidade a dois, tiveram uma linda filha e, por um infortúnio do destino morreu com um mês. Resolveram em comum acordo a não terem mais filhos.
Os dois trabalharam muito durante oitenta anos, juntaram um belo patrimônio e, já cansados de tanta labuta resolveram parar de trabalhar.
E a vidinha apática dos dois começou a incomodar a ambos e, o marido então, teve uma ótima idéia: Nós não temos filhos para deixar todo nosso patrimônio, que tal usá-lo para conhecer todo nosso país, pois já somos bem velhos e não haverá muito tempo para a nossa morte.
E foi o que aconteceu: viajaram muito, conheceram lindas praias, lindos lugares, enfim quase todas as belezas do Brasil. De repente o susto: quase todo patrimônio tinha ido pelos ares e voltaram imediatamente para sua casa. A situação ficou tão calamitosa e quase não tinham o que comer então, fez uma barganha da sua linda casa com um pequeno casebre. O dinheiro da barganha acabou e eles tiveram que pedir esmola ainda por quatro anos.
Portanto, meus leitores: ninguém sabe quando vai morrer. Nunca devemos zerar...

TRABALHARAM DURANTE OITENTA ANOS, APROVEITARAM O DINHEIRO POR CINCO ANOS E AINDA PEDIRAM ESMOLA POR QUATRO ANOS.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Orquídea do campo


Orquídea flor deslumbrante
Mais linda no campo
Não precisamos cuidá-la
Ela é natural

Seus amigos são muitos
A essência do ar despoluído
A chuva para banhar-se
O Sol para iluminá-la

Não precisa do homem
Não está à venda
É para enfeitar o campo
Ser admirada pelos animais

A terrível ambição do homem
Sem piedade, arranca-a do campo
Pra poder disseminá-la nas suas casas
Chora, perde o brilho e adoece



Arranquei folhas do meu diário


Meu diário ficou quase vazio
Arranquei dele muitas folhas
Nas quais aparecia seu nome
Nome de um homem traiçoeiro

As folhas amareladas pelo tempo
Contavam toda nossa vida a dois
Você trocou uma bela mulher
Por uma vadia qualquer

Foram alguns anos, sabia de tudo
Nada falava, pois estava condenado
A morrer a qualquer momento
Quis aproveitar o curto tempo

O seu dia chegou sem dizer nada
Você quis pedir-me perdão
Mas eu não fiz seu último desejo
Disse: Peça perdão a Deus

Você se foi ainda muito jovem
Vivia sempre em meus sonhos
Seu espectro aparecia no quarto
Eu o mandava embora

Um dia resolvi lhe perdoar
Você encontrou seu lugar
Eu encontrei um lindo homem
Para me amar e me respeitar