domingo, 5 de agosto de 2012

Folclore: O canto do sabiá


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Havia um sabiá que cantava todos os dias ao nascer do sol. Ele saía do ninho no alto da árvore, voava ao redor da copa, depois vinha saudar o dia com o canto.
Perto dali, morava uma menina chamada Bruna que gostava do canto e ficava esperando cada manhã..
Ela só deixava a cama após ouvir o canto do sabiá.
Certo dia, o passarinho não cantou e a menina ficou triste. Ela levantou tarde, embora esperasse, não ouviu o canto: Mais tarde, foi para baixo da árvore procurar o sabiá que não apareceu.
Ela então gritou:
- Sabiá, onde estás?
E nada de reposta.
Daí ela escreveu numa folha seca pedindo ao sabiá que voltasse a cantar e deu ao vento para levar.O vento passou pelos cabelos da menina e levou o bilhete três dias e três noites.
Por fim, o vento encontrou o pássaro e entregou o bilhete.
O pássaro disse:
- Vento, eu fui embora porque tu arrancaste meu ninho dos galhos da árvore. O vento logo soprou para o outro lado e trouxe o ninho de volta.
Logo o sabiá voou até a árvore onde o vento colocara o ninho.
Na manhã seguinte, Bruna acordou com o canto do sabiá.
Lendas e Folclore - EDELBRA

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sábado, 4 de agosto de 2012

Sublime amor


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É aquele que não tem fronteira
Infinito na sua morte certeira
Nasceu casual, permanece ativo
Carrega paixão, é feroz, obsessivo

Uma chama que queima o corpo
Depois da paixão sorriso maroto
É lindo encanto, ó magia de amor

O desespero toma conta, fico cego
Medo que outro roube seus beijos
Embriago e deleito em meus sonhos
Vivo um viver dias o seu aconchego

Um sublime amor é forte e não morre
Se o vulcão não soltar mais suas lavas
Sobra o carinho da paixão que abrasavas

Folclore -Lenda da Gralha Azul


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Certa vez, há muitos anos, houve uma terrível seca. As lagoas e rios não tinham mais água e, por isso, o gado cada dia ficava mais magro.
Então, um fazendeiro que se preocupava com a sua criação, saiu a percorrer os riachos em busca de água para matar a sede dos animais.
Como era um homem prevenido, levou consigo uma espingarda para defender os bezerrinhos do perigoso graxaim.( cachorro do mato)
Muito entristecido com com os prejuízos causados pela estiagem, o dono das terras retornava para casa quando avistou um bando de aves que pousaram perto da mata.
Aproximou-se cautelosamente e desceu do cavalo, deixando-o um pouco distante da mata.
Não resistindo a curiosidade e a fim de afugentar a tristeza que dele tomava conta, dirigiu-se apressadamente ao local onde haviam passado os pássaros.
Logo adiante, o homem deteve-se à sombra de um pinheiro e, assim, pode contemplar as pequenas aves que ali estavam.
Percebeu logo que se tratava de gralhas azuis, aves aliás nativas daquela região. Notou também que elas revolviam o solo com o bico.
Num ato impensado, ele fez pontaria e puxou o gatilho da espingarda. No entanto a arma explodiu e sobre ele caíram resíduos de pólvora e chumbo. Tentou caminhar, mas uma forte tontura o fez cair.
O desastrado caçador ali ficou, desacordado por algumas horas. Só despertou quando o sol se escondia atrás da mata.
Ao acordar, como de um pesadelo, ainda pensou atirar; porém. um alvo luminoso veio até ele na forma de duas asas brilhantes e um peito sangrando.
Ao ver diante de si uma gralha azul, ele deixou cair a arma, enquanto a ave dizia:
- Assassino!
Ele permaneceu mudo, e a ave prosseguiu:
- Eu, humilde avezinha, faço elevar-se toda esta floresta. - Com meu trabalho, multiplico as árvores que um dia vão te servir. - Agora, venha comigo.
Alguns metros dali, a gralha mostro-lhe uma pequena cova com um pinhão dentro, a ponta mais fina para cima.
- Este é meu mister - disse ela.
E desapareceu ante o surpreso caçador.
Daquele dia em diante, o fazendeiro passou a plantar pinheiros em toda a extensão de suas terras. E repetia para si mesmo:
- Quero valer mais mais do que um homem. - Quero valer uma gralha azul.
Lendas e Folclore - EDELBRA

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Flor de cactus


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À medida que o homem vive, com sua ganância e tornando-se mais cruel, pois só é material, destrói a natureza, a sua beleza natural, o verde, as orvalhadas flores e o perfume que impregna toda uma natureza que poderia ser um pouco mais natural, ou seja, o retirar daqui e replantar ali. Mas não, o fogo escurece a floresta, numa nuvem criminosa de fumaça, matando o que Deus nos deu de presente e os lindos animais, que nesse instante parecem correr em círculo, procurando uma saída do inferno que o homem os atirou e, não encontrando caminho, morrem carbonizados pela crueldade do homem que está perdendo a consciência e o amor a si próprio e a toda humanidade.
Meu Deus! Dizem que os animais não têm inteligência, pelo contrário, a maioria dos homens tem dentro de seus cérebros cifras regadas a sangue para chegar, atropelando seu irmão, ao último degrau de uma escada que o levará a riqueza e a fama, esquecendo tais pessoas que a escada é feita pelas ações do próprio homem e, se ela não for bem feita, alguns pregos podem desprender, fazendo com que a escada caia e caindo com ela seus macabros objetivos.
Quanta ilusão! Num dado momento sem que esperemos a morte bate às nossas costas e, você homem cruel chorará um choro doído, mas de nada irá adiantar debulhar em lágrimas, ajoelhar e pedir a clemência, prometendo melhorar suas ações aqui na Terra: a morte não se vende e o levará espetado em sua lança à ser queimado no fogo do inferno, e no seu caminho até lá, irá lembrar tudo o que fez de mau em sua vida e o arrependimento chega fora de hora. A sua hora chegou...não adianta mais.
Mas nem tudo são sofrimentos: a vida continua e que tenhamos consciência que temos uma única vida, por que desperdiçá-la com tantas ambições? Vamos moldá-la para o bem, regá-la com o amor ao seu irmão, ajudando-o nas suas necessidades e não querendo abarcar o mundo, porque ele é de todos os seres vivos e, não adianta querer ser o melhor, pois para Deus você é o que de bom semeou.
Portanto, nossa vida aqui na Terra é árdua, cheia de espinhos, mas se você for bom, conseguirá andar entre os espinhos dos cactus e tocar com as mãos, a suavidade das suas flores.
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