domingo, 26 de agosto de 2012

Meus 65 anos....







Oh! Meu Deus! Tu tens me guiado e cuidado da minha vida e, não há nada mais justo, que em primeiro lugar, agradecer-Te pela força e perseverança que foram os atributos que eu precisava para viver uma vida digna, honesta e com muito amor e sabedoria.
Fui criada quase que num regime militar, mas, às vezes, dava umas escapadelas para me divertir sadiamente.(Me desculpe).
Quando criança adorava os animais e as flores do campo, mesmo em dias de um intenso inverno, com a grama orvalhada, ia conversar com elas e sentir sua fragrância natural.
Jovem, tinha a beleza das rosas à machucar muito corações, que hoje, estão todos mortos. Que pena! E não pensem que eu estou com pressa de encontrá-los... Quero viver muito ainda para ver o ressurgir do amor, da solidariedade, do respeito, mas se a "coisa" apertar, espero ter o sono profundo dos anjos.
Infelizmente, não vejo muitas esperança em dias melhores, pois o homem não é mais solidário, sua ganância está destruindo o planeta e, se continuar essa devastação da natureza, que antes era bela, tudo se acabará. Tenho pena dos que estão nascendo agora. Mas, tudo pode mudar...Oxalá!
Mas chega de tristezas, pois é meu aniversário e quero refletir a cada minuto do dia, o quanto eu fui e sou feliz. Os percalços deixo escondidinhos num cantinho secreto do meu cérebro.
Trocando em miúdos, eu tive mais momentos bons do que ruins em minha vida e tudo isso eu devo, em primeiro lugar a Deus e depois aos meus pais(in memorian)que, com muito sacrifícios me educaram para o caminho do bem.
Deus me tirou a beleza das rosas, mas deu-me o discernimento de saber conquistar tudo que almejei até agora.

            MUITO OBRIGADA SENHOR
UM PEDAÇO DE BOLO VIRTUAL A TODOS VOCÊS
OBRIGADA PELAS VISUALIZAÇÕES
SIMPLESMENTE 

DORLI


É pititico pra não engordar
sirvam-se

Desculpe a falta de flores a casa está em reforma

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sábado, 25 de agosto de 2012

Conheçam meu blog infantil- Mundo dos inocentes


Esta foi a última postagem


Soneto para crianças



Crianças são um pedacinho de anjo
Que nascem para encantar o mundo
São ingênuas, legais e brincalhonas
Encanto e alegria de muitas famílias

Nos lares onde havia o vazio da solidão
Hoje sorriem com o belo acontecimento
Na casa onde têm crianças para brincar
Têm a fragrância da flor no desabrochar

Crianças não têm cor, têm sutis alegrias
Têm a beleza das flores, pureza e magia
Olhar de uma criança é o mel das abelhas

Para todas as crianças do mundo inteiro
Curtam suas infâncias à brincar e estudar
Pois, ao crescerem sejam o nosso futuro

Dorli Silva

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Desencanto de emoções




Hoje não quero mais nada, só triste desencanto
Foi uma vida contigo cheia de lindas emoções
Não me disseste nada, tu sumiste ficou a dor
 Solidão amiga grudou em meu ser, hoje, choro

Preciso urgente te encontrar, meu amigo infiel
Para pegar um caco do meu sofrido coração
Que ficou grudado no teu, só assim recomeçar
A viver lindas emoções sem teus desencantos

Vás viver tua vida com alguém que não te amará
Sentirás teu coração como o meu   dilacerado, dói
Mas, nesse mar imenso sinto na minha vida, a fé
Que alguém, melhor que tu irás me esperar na praia

E juntos caminharemos à concretizar um amor...
Que dará inveja a ti, que arrependido, irá sofre a dor
Tal qual a minha dor que tem promessa de se curar
Com outro homem que com sutileza saberá me amar

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Que saudade do Grupo Escolar...



No primeiro dia de aula. Sala cheia, todos éramos colegas pobres de brincadeiras nas ruas, enquanto algumas meninas de família tradicional estudavam em colégios internos ou em outras cidades em escolas pagas. Fizemos fila no pátio, balbuciamos algumas palavras, quando diante da Bandeira do Brasil, os mais velhos cantavam com a mão no peito, o Hino Nacional.
Entramos na sala e sentamos. Ao entrar uma mulher esbelta e bela, nos levantamos, ela cumprimentou a todos e nós respondemos, então, ela nos mandou sentar.
Eu já não aguentava mais ficar fazendo cobrinhas por três meses, haja vista, que tinha frequentado o jardim da infância por dois anos. Mas, como tudo passa esse período também passou até que ela chegou com alguns livros na mão. Nosso primeiro livro: a cartilha: Caminho Suave.
Fiquei deslumbrada ao ver aqueles desenhos na cartilha, levei para casa e pedi que minha mãe o encapasse bem bonito e, fui vasculhando com uma louca vontade de ler a cartilha inteira, mas ainda não sabia a leitura.
Começamos, então, a aprender as primeiras letras, e logo que começamos a juntá-las, dei um grito bem alto: professora, a senhora não precisa mais me ensinar, pois eu já aprendi a ler. Ela ficou espantada e disse para que eu lesse as duas primeiras linhas e, eu li:
                       A pata nada
       Pata pa                         Nada na
Então, toda feliz gritei novamente: professora, a senhora não precisa mais me ensinar a ler. A hora que cheguei em casa comecei a ler a cartilha e quase li tudo, mas cansada, fui dormir...
Após quatro meses eu já estava alfabetizada, deixando os meus coleguinhas para trás, então, para não perturbar ela trazia de sua casa alguns livrinhos para eu ler. Que professora paciente e maravilhosa, jamais irei esquecê-la.
Hoje é diferente, tudo é moderno nas escolas, professores para tudo e a maioria dos alunos não aprendem na primeira série, talvez por conta da progressão continuada, estamos formandos profissionais semianalfabetos. Eu, às vezes, penso...será a alimentação ou discrepância dos professores antigos que só trabalhavam em um período, pois o seu salário se equivale, hoje, a de um juiz de direito, mas atualmente os professores correm de um lado para o outro para ganharem uma merreca que não da nem para o sustento da família, perdem o interesse e os alunos muito indisciplinados, tantos já viciados na tenra idade, fazem da escola uma guerra de não aprender nada.
Eu como professora, sempre fui muito exigente e alfabetizava os alunos em quatro meses e, por falar muito baixo, minha classe sempre foi disciplinada, tinha que ser para me ouvir, nunca gritava, só meu olhar dizia tudo, nunca fui de beijar as crianças, mas elas gostavam do meu toque de mão em seus ombros dizendo: está muito bom, você vai longe e seus sorrisos irradiavam.
Estou aposentada desde 2005 e continuei minha jornada até quase o final de 2011, foram trinta e nove anos de trabalho, sete anos na prefeitura de uma metrópole e o resto ministrando aulas.
E, no fritar dos ovos, eu sempre fui uma pessoa realizada na profissão e no amor e até hoje tenho um bom discernimento para saber o que é bom ou ruim para a minha vida
Há, ia me esquecendo: nunca estudei para provas, pois eu tinha um problema: só aprendia ouvindo, hoje, com a idade, tenho que ler muito para poder interpretar um texto um pouco mais extenso.

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