quinta-feira, 15 de novembro de 2012

LEVA-ME CONTIGO




Ó crepúsculo do anoitecer, ouça
Não me deixes só, leva-me contigo
Cuida de mim, sou uma linda estrela
Que desprendeu do céu numa noite sem luar

Aqui tudo é belo, mas saudade fere
Fere meu brilho, minha beleza natural
Aqui ninguém me vê, sou um grão de areia  
A água do mar congela meus pés e  o coração

Ó crepúsculo, solte as amarras, venha me buscar
Não importa a cor do raio, tem que ter perfume
O perfume do outro lado do infinito, o enigmático
O perfume do meu amor que por lá ficou...


Não fujas de mim, pois aqui minha luz apagará
As furiosas ondas do mar me afogarão de dor
Obrigada crepúsculo do anoitecer, estou voando
A juntar-me a ti, à beijar meu amor do outro lado


Dorli Silva Ramos

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Meu Natal!




Era véspera de Natal, as janelas, as portas e telhados todos iluminados para comemorar mais uma vez o  nascimento do menino Jesus e eu andando pelas ruas, com fome, sem ter ninguém para me cuidar, mais parecia um rato saindo do esgoto, tinha um odor fétido que afugentava as pessoas que por mim passavam. É claro, morava na rua, tinha apenas dez anos e só tomava banho quando um estúpido animal levava-me para um lugar para banhar-me e abusar da minha inocência. Quanto ganhava? Nada, pegava-me a força e eu aos gritos pelas ruas sem ter ninguém para me ajudar: jogava-me na cara uns trocados e um pedaço de pão. Nesse dia, véspera de Natal, esqueci-me dessas atrocidades humanas para brilhar meus olhos no lumiar das lojas todas enfeitadas e uma dessas lojas vi um papai noel. Adentrei a loja, meio na surdina para ver de perto aquela maravilha. Crianças lindas, com seus pais pedindo ao papai noel seus presentes e ele as beijava dizendo: ro, ro, ro. De repente as crianças correram para outro lado da loja que estava presenteando as crianças com chocolates, engoli seco, adoro chocolate.
Resolvi sair da loja, antes que alguém me visse e me jogasse pela calçada, afinal eu fui apenas para olhar e não tinha aparência e nem dinheiro para comprar nenhum brinquedo, senti uma mão forte me segurar assustei e antes de levantar os olhos chorei de medo. Aquela mão aquecida levantou meu rosto: era o papai noel que estava na loja fazendo um biquinho de trabalho. Olhou dentro dos meu olhos e disse: Papai- Noel deu-me o maior presente do mundo. O quê perguntei: Você, pois à partir de hoje você será minha filha, pois minha senhora que nunca pode me dar um filho, pediu a Deus que ele preparasse uma criança para passar todos os Natais da sua vida. Aí, quem chorou fui eu.
Eram quase onze horas quando chegamos à sua casa, estranhei-me que ele carregava nas mãos uma mala pesada. Para fazer surpresa a sua mulher bateu à porta e disse: ro, ro, ro, esse é seu presente trate de deixá-la bem bonita para a nossa ceia.
Jonatas e Meire eram os nomes das pessoas que iriam transformar minha vida. Meire levou-me ao banheiro, deu-me um banho, enrolou-me numa toalha para abrir a mala que Jonatas carregava. Meus olhos brilharam tamanha beleza. Fiquei parecendo uma boneca e corremos para a sala.
Na mesa, um pouquinho antes da meia noite, todos ficaram em pé para agradecer a Deus a vinda do presente mais valioso que entrou naquela casa, esse presente era eu. Comecei a chorar compulsivamente, beijando os dois ao mesmo tempo.
Era meia noite, os ponteiros cruzaram: era Natal, o dia do nascimento do menino Jesus. Os dois brindaram com uma taça de champagne e eu  tomei guaraná no copo de cristal. 
Então, o casal feliz da vida disse a menina Carolaine: Vá até a árvore de natal, pois tem um presentinho que Papai Noel deixou para você. Corri até a árvore e peguei meu ursinho, que era o mais lindo do mundo.
Terminou o Natal os dois foram tomar providência sobre minha situação, depois de muita procura ganhou-me do juiz como adoção.
Obrigada Papai do Céu, obrigada Papai Noel.    

15 de novembro: Brasil, uma República



INICIATIVA DOS PODEROSOS

O movimento que transformou o Brasil em República não partiu do povo, mas de alguns ricos e poderosos fazendeiros de café. Além deles, os militares também tiveram importante papel, pois queriam mais participação na vida política, o que era proibido até então.


A República, passo a passo


REUNIÕES DECISIVAS

No dia 9 de novembro, um grupo de militares reuniu-se na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro. Dois dias depois, o marechal Deodoro da Fonseca, o major Benjamim Constant e o líder do PRP, Quintino Bocaiúva, encontraram-se para acertar os últimos detalhes do plano para tirar a Monarquia do poder.

DESFILE MILITAR?

Conforme o combinado, no dia 15 de novembro tropas militares saíram às ruas. A princípio, parecia apenas um desfile ou uma passeata militar, sem maiores consequências.

O LÍDER

À frente das tropas militares estava o marechal Deodoro da Fonseca. em vez de liderar apenas um desfile, ele dirigiu os soldados para o Palácio do Catete, onde se encontrava o imperador D.Pedro II.

PALÁCIO DO CATETE

As tropas militares invadiram o Palácio do Catete, sede da Monarquia e uma das residências de D. Pedro II. Lá dentro,o marechal Deodoro proclamou a República,era 15 de novembro de 1889, tornando-se em pouco tempo o primeiro presidente da história da República brasileira.

ADEUS, D. PEDRO II

Dois dias depois de proclamada a República. D. Pedro II foi expulso do país. ele e sua família foram obrigados a ir para Paris, capital da França, onde o ex-imperador morreu em 1891.



Enciclopédia Recreio

Meu grito





Quero gritar bem alto esse amor
Correr as avenidas, sonhando...
Pedir caronas e quando pararem
Gritar bem alto: amo meu amor

Quero gritar às nuvens o meu calor
Agradecida mandará chuva miúda
Molhada, deitar na relva e gritar
Como amo você meu amor!

Quero gritar às estrelas coloridas
Cuide desse amor todinho pra mim
Não há nada mais lindo do essa loucura
Quero gritar a você amor: eu o amo!

Sentimento que me da prazer e angústia
Em saber que um dia poderei perdê-lo
Se perdê-lo morrei sua falta aos poucos
Só você amor, será minha salvação


Dorli Silva Ramos