Não acredite em ninguém...
Que o chama de benzinho
Que o paparica
Que não seja franco
Que não segura um fracasso
Nem uma desilusão
Que o agrade demais
Que se perde no dengo
Que se faz de vítima
Que não tem atitude
Que diz que o adora demais
Pois quem gosta segura as pontas
Sofre calado e não abandona
Não é sarcástico
Precisa de conselhos alheios
Que fica se queixando da vida
Que ela não foi boa
Pergunte então, o que fiz?
Fui leal com as pessoas
Quem ama não compra
Simplesmente doa seu coração
O que então fazer?
Conversar "mano a mano"
Gritar, xingar
e tirar o nó da garganta
sem precisar
gritar
a quem perdeu
a audição
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Dorli Silva Ramos