sábado, 27 de julho de 2013

Vendaval de ilusões



  Estava desiludido da vida
Quando você entrou trazendo amor
Trouxe a esperança amordaçada
Tirou-me do peito o amargor

Abraçamo-nos e cerramos os olhos
Uma corrente elétrica fundiu os nossos corpos
E houve uma frenética loucura de amor
Nos consumimos com muito ardor

Dois jovens vazios se encontram no amor
Explodimos louca paixão envolvente
Que virou a noite inteira de intenso calor
Dormimos, já era manhã certamente

Juntamos o amor, a paixão e as ilusões
Que por muitos anos nós devoramos
Depois veio a velhice ficamos nas afeições
Recordando a vida e nos abraçamos
    

 Dorli Silva Ramos

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Um sonho realizado



 Desde criança eu dizia a minha mãe que queria conversar com o Sol, ela sempre sorria e dizia: se você chegar perto do Sol ele vai lhe queimar toda, pois Sol é fogo. Mas no meu pensamento infantil o Sol só era amarelo e sempre gostava de desenhar o Sol amarelo sorrindo para mim.
 E o tempo passou...
Virei uma linda moça e por coincidência ou não, meus cabelos eram doirados como o Sol e sempre tinha em minhas roupas um tom amarelo ouro. Era jovem mas queria concretizar meu sonho de criança: conversar com o Sol.
 Um dia passeando, como sempre fazia, adentrei a uma floresta e, de repente raios coloridos de amarelos batiam meu rosto e fui caminhando na direção onde vi tamanha maravilha, nisso bati de leve num vidro muito grosso e aí ouvi uma voz:
 - Você desde pequena queria conversar comigo, pois olhe para mim o vidro vai lhe proteger, pois sou o Sol dos seus sonhos. Fiquei maravilhada com seus raios irradiando toda a terra, então o Sol me deu de presente um anel de topázio e disse-me: agora vá embora e nunca mais volte aqui, não posso lhe queimar.
 Chegando em casa mostrei o anel pra mamãe e ela não acreditou que tinha ganhado de presente do Sol e quando foi pegar a joia da minha mão, se queimou e gritou de dor. Suavemente peguei meu presente e levei-o para o quarto e prometi a mim mesma que só iria usar no dia em que fosse me casar, para o Sol me dar sorte e ser feliz.

Dorli Silva Ramos

Meu destino...



Meu destino é andar sobre as águas
Até encontrar a lua no infinito
Quando estou chegando bem perto
Seu reflexo some das águas

 Não tenho fome, nem sede, só angústia
Quanto mais perto fico dela
Muito mais longe a lua fica de mim
Será o destino dado a mim?

Cansada de caminhar as mornas águas
Deito-me nas mansas águas do mar
Ouço murmúrios, alguém perto à sussurrar
Vou desfazer seu destino em duas luas

Passado duas luas do meu destino senti frio
Um vento forte levou-me para longe
Caí desmaiada no colo quente d´um amor
Beijou meus lábios e comigo foge

Falou baixinho: eu a amo...


Dorli Silva Ramos

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Rosa Vermelha (reeditando)




No lindo jardim da vida
És a mais bela, mais sutil
Tua cor assemelha ao sangue
Que é vida e nos da prazer

Viva a rosa vermelha
Sacudindo os sonhos perdidos
Vigorando o amanhecer

Rosa,rosa, eis que és aveludada
Tal qual a pele de um bebê
Se murchares virão outras
Que saudades terei de ti!

Nos jardins da vida
Um dia irei te encontrar
Os meus olhos brilharão
Como brilha o teu encantar

Nessa poesia te enobreço
Pois rosas são como o tempo
Morre uma rosa hoje
Para ressurgir outra amanhã

Um buquê de rosas vermelhas
Irei sempre admirar
Pois sempre irei recordar
E rever-te.Oh! Rosa vermelha
Bela e aveludada

Na minha sonolência eterna
Tu e outras virão me velar
Mas a que segurarei na mão
Serás tu rosa vermelha e aveludada


 Dorli Silva Ramos