quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Saudades de nós



Hoje aqui é triste primavera
Grande nevasca no meu coração
Lembra? Os beijos? Que maravilha !
Nosso amor morreu no chão(...)

O ar impregnado com seu cheiro
O silêncio, o chilrear dos pássaros
Sinto o suave barulho do vento
Passar e morrer nos meus braços

Minha vida acabou com a sua viagem
Seu espírito vagueia a saudade
Tão lindo, tão amado e tão jovem
Deixou-me só na doída saudade

Espero nesse banco a sua vinda
Abraçados despediremos do jardim
Voaremos agarradinhos sem nada
Eu, você e nosso eterno fim


quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Olhe nos meus olhos (miniconto)



 Olhe nos meus olhos e diga que não me ama mais e o que vê nos meus olhos não verá no meu coração que está sangrando de tanta dor. Veio despedir de mim para machucar mais meu coração? Não a beijarei, prefiro morrer a beijá-la pela última vez.
 Dois meses se passaram, eu enclausurado do trabalho à casa, escrevi vários poemas de amor para aquietar meu coração, dando-lhe esperança da volta do seu.
 Num dia de muito frio, pela cidade, vejo-a aos beijos com outro alguém. Dos meus olhos duas lágrimas escorreram quentes no meu rosto e, com dor na garganta consegui dirigir até o trabalho. Na volta do trabalho, paro num bar e bebo uma tônica bem gelada que até endureceu meus lábios.  Cheguei em casa tarde da noite, perambulei pelos cômodos gelados, onde declamava os poemas que fazia para você. Hoje não consegui escrever nada, um vazio tomou conta da minha mente. Chorei.
 O tempo passou e eu só, você passeando com o outro, finjo que não vejo para não me machucar demais. Três meses se passaram.
 Tristemente chega o dia do seu casamento; igreja lotada, estava linda toda de branco e no final da igreja, encostado na porta; perdia meu amor. O altar e a igreja toda enfeitada de lírios brancos, tal a neve que caía naquela noite gelada.
 No meio da cerimônia o padre perguntou a todos os presentes se havia algum impedimento. Silêncio total.
 De repente, você "ouviu" meu chamado, jogou o buquê para os presentes, correu aquele tapete de veludo vermelho e, num ímpeto me beijou.



terça-feira, 7 de janeiro de 2014

O amor acontece em qualquer idade!



 Você meu amigo e amiga que está aí sentado no cantinho do sofá,assistindo  aquela novela chata, saia daí, venha viver a vida, pois não importa a sua idade e sim o seu modo de viver. O tempo urge, a hora não espera. Daqui a pouco você estará bem velhinho e ficará só à espera da morte. Ninguém gosta de cuidar de velhos, portanto aproveite o tempo que tem e vai amar. É tão bom(...)
 Vá curtir o tempo que ainda tem de vida: Vá ao teatro de preferência cômico, não se envergonhe de ninguém e ria à vontade até as gargalhadas( pois ninguém paga suas contas), vá a piscina quando o sol estiver preguiçoso, coloque um roupa de banho descente e mergulhe de cabeça formando ondas na piscina, faça excursões, quem sabe numa delas você encontre alguém para partilhar a sua vida, seja insinuante, pois homens e mulheres maduros adoram. Depois coloque as rédias.kkk
 Encontrou alguém? Não lhe falei? Então vão ao shopping de mãos dadas, comprem algumas bobeiras, meleca seu rosto com algodão doce, ele vai adorar suas peraltices e amá-la ainda mais. Acabou o dinheiro, pegue o carro e volte para casa.
 Procure sempre conversar, não coisas passadas, mas coisas boas que irão fazer pela vida.  Façam um controle de suas finanças para que pelo ao menos uma vez por ano façam umas extravagâncias. Isso rejuvenesce a alma e o corpo.
 Sejam vocês mesmos em qualquer situação financeira; não queiram ser o que não são, pois isso afugenta os amigos. Sorriam muito.
 Que vocês sejam felizes, pois o amor acontece em qualquer idade...
  

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Ah! Esse amor ( miniconto )



 Ah! Esse amor que nasceu criança, com abraços e beijos nos corações. Mãos deslizavam os cabelos, beijinhos nos lábios, vindo a vergonha e, de mãos atadas corríamos na praia.  A chuva fazia charcos na areia, no chão de barros e de repente nos abraçamos e rolamos no lamaçal e, bem pertinho, frente a frente, inevitável foi o beijo quente, nos abraçamos, calor subiu ao colo, doía nossas entranhas.
 Sentimos vergonha um do outro, um beijo mais profundo, tremor nas pernas, uma louca vontade da posse. Era a paixão aflorando os corpos, pois o tempo passou não éramos mais crianças e sim dois jovens lindos que num impulso inocente, ali mesmo no campo florido nos entregamos a paixão.