quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Mulher singular


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 Estava esperando numa fila enorme para entrar no teatro quando me deparei com uma linda mulher. Seus olhos fitaram os meus, algo situou no meu corpo, não sei bem o quê. Fiquei pasmo com seu olhar sereno e simultaneamente altivo. Sentou-se na sua poltrona com singeleza e, quando vi uma poltrona vazia ao seu lado me atrevi e cheguei perto da jovem e perguntei:
 -Posso me sentar? Ela balançou levemente a cabeça concordando.
 Minhas pernas tremiam, não sabia o que falar, então, essa doce mulher começou a conversar comigo com tanta firmeza e educação que cheguei às nuvens várias vezes.  Perguntou meu nome e tremendo ao falar: - meu nome é Regis e o seu perguntei quase engasgando. Meu nome é Raquel.
 Raquel era única, sabia me envolver, para mim inigualável, era uma mulher singular.
 Começou a peça, ela atenta e eu perdido por aquela mulher que mexeu com meus neurônios e todos os órgãos do corpo, minhas mãos congeladas não paravam de tremer.  Não assisti nada, foi quando de repente foi anunciado o intervalo da peça. Ela olhou pra mim esboçou um sorriso malandro e perguntou: está gostando da peça? Disse que sim.  Olhou bem nos meus olhos senti um arrepio na espinha, foi quando ela pegou em minhas mãos, quase morri, sorriu novamente, apagou a luz e a peça continuou.
 Finda a peça, ainda com suas mãos atadas às minhas caminhamos um pouco quando passou um carro com um motorista. O Motorista saiu do carro e disse a jovem: vamos entrar? Sim respondeu ela, mas antes vamos levar esse jovem a sua casa. E o carro saiu vagarosamente, andou muito, pois morava na periferia. Parou em frente a minha casa, abri a porta e ela disse: gostou da peça?Criei coragem e respondi: gostei de você, ela sorriu.
 A porta se fechou e o carro partiu e eu ali parado feito um bobo quando minha mãe gritou: Regis! Você está delirando, está com febre, o que aconteceu? Regis ainda atordoado respondeu a sua mãe: hoje, pelo ao menos em sonho conheci uma mulher especial, ou seja, uma mulher singular.


quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Amor entre homem e mulher( readaptação )



Sorrir juntos nas grandes alegrias
Chorar em demasia nas horas tristes
Ter comprometimento  um com o outro
Repartir o prato de comida se for escasso

Trabalhar muito para ter boa estabilidade
Dividir as várias tarefas diárias
Consolar-se mutuamente na nostalgia
Completar-se em um único ser

Agradecer a Deus pelos filhos sadios
Mas se não os forem aceitá-los com amor
O tempo encarrega de haver oportunidades
Cabe só a nós saber usufruí-las

Deus deu muita inteligência ao homem
 Também um bom discernimento 
Do que é bom ou ruim a ele próprio
O amor é lindo quando é sincero!



terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Um sopro de morte (reedição)



 Ninguém deve ter medo de morrer. É apenas uma passagem a que todos nós vai acontecer. É a única justiça, absolutamente perfeita, pois irão passar por esse túnel: ricos, pobres, brancos, negros e toda a massa humana e os seres vivos.
 Fica a indagação sobre a morte, quando não é abrupta e sim pacientes hospitalares, em caráter irreversível. O que passa na consciência dessas pessoas que mesmo em estado de coma, ainda que pouco, possa discernir o que está acontecendo? Pensa? Talvez.  Lembram-se do que fizeram no decorrer de suas existências? Feriram alguém com perversidade? Traíram a confiança de outrem? Ocultaram maldades e querem se redimir?  Mas como? Elas não conseguem se comunicar com ninguém. Pode ser que quisessem pedir perdão, beijarem seus filhos, seus pais e dizerem até breve.
 Portanto, façamos o melhor de nossas vidas, sem humilhar os mais fracos, ajudando sempre que possível os mais necessitados, tanto no campo material como espiritual, para que na hora da nossa morte, não fiquemos aflitos e tenhamos uma boa serenidade para chegarmos ao nosso fim.



segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Não deixe a depressão matá-los (reedição)



 As pessoas maduras e jovens da década de sessenta eram muito mais felizes do que as de hoje. Na metade dos anos sessenta eu era uma jovem até um pouco atrevida para a minha época. Namorava muitos rapazes, às vezes três de uma única vez, gostava de brincar de esconde- esconde com eles, nada era sério, mas sentia-me feliz das audaciosas brincadeiras com os namoricos. Tinha uma amiga que ficava de olho quando por acaso aparecesse dois de uma só vez. Tirava os saltos altos e corria pelas ruas da minha pequena cidade para esconder-me em minha casa. Não falava nada e, ia dormir. Que dormir! Achava graça do vaivém dos namoricos.
 Era muito feliz, meu compromisso era só estudar e paquerar os jovens mais bonitos da cidade e das cidades circunvizinhas. Os bailes então... já tinha meus parceiros para dançar que vinham de outras cidades e lá ia eu rodopiando, aliás com minha mãe por perto, até quase ao amanhecer. Enquanto dançava jogava olhares maliciosos para os lindos jovens da orquestra e assim fui vivendo até encontrar meu verdadeiro amor.
 Andava de lambreta, de Gordine e almoçava com ele nos restaurantes da cidade vizinha o dia que tinha estágio na escola.
 Na escola era muito feliz, os rapazes traziam da cantina da escola delícias para eu comer e a cada um colocava um apelido: porquinho, risadinha e muitos outros. Até os professores eu conseguia, naquele tempo, driblar e matar algumas aulas para namorar.
 O uniforme era saia plissada, dois dedos abaixo do joelho, camiseta branca, um sapato que achava horrível (preto) e meias brancas soquetes. Ninguém falava em drogas e muito menos em depressão. A vida era calma e saudável e eu soube aproveitar bem esse tempo.
 Não perdia nenhum baile, gostava de dançar de tudo e sorria, sorria muito para a vida...Não tinha tudo que queria, pois meus pais estavam fazendo os seus pezinhos de meia, mas eu me virava com alguns trabalhos manuais que os vendia à vista.
 Hoje, a ambição tomou conta de quase toda a humanidade, dinheiro, status e muitas dívidas para comprarem carros do ano, roupas de grife, muitos cartões de créditos estourados. É lógico, com toda essa ambição é um convite para a depressão.
 O namoro virou ficar, não se faz mais a diferença. Tudo é normal, crianças nascendo fora de hora, mães desesperadas à cuidar desses filhos que não foram feitos com amor e sim de uma simples transa inconsequente. Aí, a vida ficou banal e os jovens dizem que não têm sorte.
 Meus leitores, a vida somos nós quem a traçamos. Vivamos com dignidade e amemos as pessoas, as crianças e o mais importante vamos sorrir muito e procurar amizades alegres, pois hoje a população mundial aumentou assustadoramente e, está ficando um pouco difícil viver. Mas temos que lutar e vencer e não deixarmos essa maldita depressão impregnar nossa vida. 
Tem cura a depressão? Sim e muito fácil, não precisa nem de remédios: Ser o que somos e vir a ser um dia o que formos capazes de ser, essa é minha receita. Ela não me pega.
Não tenhamos pressa de morrer, a vida ainda é bela para quem tem a cabeça no lugar e um sentimento gostoso de poder conversar com as flores, com os animais, acordar com a brisa no alvorecer e dormir com a beleza do pôr do sol.



Quem planta amor e dignidade colhe felicidade
Quem planta ódio e ambição colhe solidão e depressão