terça-feira, 24 de junho de 2014

Minha mente viaja...





Às vezes, eu paro o meu mundo e minha mente viaja noutro inexplicável para a mente humana. Sinto meu corpo levitar uns cinco centímetros, consigo andar pelos cômodos da casa, mesmo que eu queira meus pés não alcançam o chão.Uma força de dentro da minha mente viaja para um mundo diferente cheio de belezas inimagináveis, nesse trajeto levei apenas um quadro de estimação.
Pousei sem asas nesse mundo e muitas pessoas lindas, vestidas de branco, vieram me dar boas vindas. Sorri como agradecimento e, acompanhada com essa legião andamos nesse firmamento que minha mente fabricou: Vi rios com peixes dourados submersos me chamando para nadar. Fui entrando paulatinamente, as águas eram quentes de amor, bem estar e, de repente os peixinhos se ataram ao meu corpo e o levaram ao fundo do mar, consegui respirar como os peixes e continuamos a nadar até chegar num lindo castelo de brilhantes que ofuscou as minhas vistas.
Ao chegar à porta do castelo, ela se abriu e fomos recebidos por uma orquestra tocando a 9ª sinfonia de Beethoven. Fiquei deslumbrada do que vi e ouvi. Enquanto a orquestra tocava, pequenos pássaros brancos e negros voavam reluzindo todo o ambiente, foi uma linda experiência da minha mente. Voltamos à tona; saí sem que minha roupa estivesse molhada, caminhando só a esmo vi uma enorme ave branca que planou perto de mim e disse: suba. Voamos e vi tantas coisas deslumbrantes que minha vã mente pôde presenciar: um universo sem dor, sem fome, sem maldade, era permeado de belezas dantes inimagináveis.
Nesse mundo as árvores frutíferas e as águas límpidas saciavam a fome e a sede dos seus habitantes e todos levitavam, não havia congestionamento entre eles e ninguém trabalhava, pois tudo era gratuito.
Minha mente cansou, pois a forcei muito e me vi na sala com dores de cabeça procurando um remédio para aliviar meu sintoma; mas sorri...
  

segunda-feira, 23 de junho de 2014

A noite




A noite é um enigma
Que mistérios guardará?
Fico a pensar no amor
Que se foi sem clamor

Fingia a noite dormir
Senti o calor nos lábios
Dos teus suáveis beijos
Com um gosto de elixir

Ouvi teus leves passos
E um ringir de porta
 Coração em compassos
Só queria estar morta

O duro mistério acabou
Sei que agora estou só
À noite o amor acabou
Mas nem o luar teve dó


 

domingo, 22 de junho de 2014

Meu desgosto


girl in the window

Meu desgosto foi não ter tido a coragem
de dizer não aquele cafajeste de homem
Roubou minhas filhas, deixando-me na rua da amargura
Hoje ando perdida pelas ruas da cidade grande
À procura de meus dois amores que vil me tirou
Onde estava aquele amor que dizia ter por mim e filhas?
Onde elas estão ? Seu traste de homem insignificante
Perdi a vontade de me arrumar, sou uma morta que perambulo
Em qualquer cidade  até encontrar os meus dois tesouros
A vida me ensinou a esperar e até que eu morra
Não vou cansar de procurar minhas lindas meninas
Que pelo tempo passado há quinze anos devem ser moças
Um dia passando por uma rua qualquer de uma bela cidade
Me vi em duas jovens lindas, olhares doces e lhes perguntei
Por favor garotas belas, quais são os seus nomes?
Elas entreolharam, sentiram meus olhos como os seus
Eu me chamo Elisabete e eu me chamo Glória e o seu?
Meu nome é simplesmente Fernanda e as três se abraçaram
Pegaram um trem para bem longe do malvado pai
E até hoje já velho anda pelas ruas procurando suas filhas
Há quem diga que deve ser algum louco que fugiu do hospício
Jamais ele as encontrarão, pois perdeu a dignidade de pai.



sábado, 21 de junho de 2014

Luta árdua




Muito na vida já perdi, mas nada me deterá a sonhar e a realizar outros sonhos que virão permear o meu sofrido coração. Vamos caindo e levantando...aprendendo a escolher os amigos para que na hora H, não fujam em forma de fumaça vindo a se diluir no ar.
A fé em Deus e a força de vontade em continuar contribuindo para a alegria de outrem, me faz uma mulher garrida e a cada ano mais feliz. Porque felicidade nós a temos nas soma dos bons feitos em relação ao outro e a infelicidade abate as pessoas que eu considero fracas de espírito, que passam a vida inteira a querer destruir o outro e, não conseguindo o seu ódio vira uma doença incurável que poderá levar a uma síndrome chamada maldade e o seu corpo a uma morte prematura.
A facilidade que muitas pessoas têm de esquecer o que fizemos por elas, isso não lhe vale nada, elas querem subir o pedestal e lá chegando, um vento da justiça irá soprar e elas irão planar paulatinamente até o chão e suas mentes irão “ebulir”, chegando até a loucura.
Aqui na Terra temos que expurgar todos os nossos maus feitos para que com muito sacrifício possamos entrar num outro plano melhor do que este.
Essa semana, com a morte da minha vizinha estive pensando: o que levamos desse mundo? Só as boas ações para que em outro plano a porta se abre e alguém com um abraço venha nos receber com carinho. E as más pessoas, as articuladoras de maldades, onde irão após a sua morte? Nem quero pensar...
A morte para as pessoas ruins é tão sofrida, muitas querendo pedir perdão e da sua boca nada sai, pois já está serrada para sempre; talvez um olhar arrependido, mas seus olhos já não abrem mais, um até breve, mas suas mãos não se movem mais e no seu último suspiro abrem os olhos e duas lágrimas escorrem. São as últimas, acabou o seu sofrimento aqui na Terra. Tudo isso eu vivenciei, mas as pessoas têm um coração duro e não entendem e eu fico com muito dó.