Às vezes, eu paro o meu mundo e minha mente viaja noutro inexplicável para a mente humana. Sinto meu corpo levitar uns cinco centímetros, consigo andar pelos
cômodos da casa, mesmo que eu queira meus pés não alcançam o chão.Uma força de dentro da minha mente
viaja para um mundo diferente cheio de belezas inimagináveis, nesse trajeto levei apenas um quadro de estimação.
Pousei sem asas nesse mundo e muitas pessoas lindas, vestidas de
branco, vieram me dar boas vindas. Sorri como agradecimento e, acompanhada com
essa legião andamos nesse firmamento que minha mente fabricou: Vi rios com peixes
dourados submersos me chamando para nadar. Fui entrando paulatinamente, as águas
eram quentes de amor, bem estar e, de repente os peixinhos se
ataram ao meu corpo e o levaram ao fundo do mar, consegui respirar como os
peixes e continuamos a nadar até chegar num lindo castelo de brilhantes que ofuscou as minhas vistas.
Ao chegar à porta do castelo, ela se abriu e fomos recebidos por
uma orquestra tocando a 9ª sinfonia de Beethoven. Fiquei deslumbrada do que vi
e ouvi. Enquanto a orquestra tocava, pequenos pássaros brancos e negros voavam
reluzindo todo o ambiente, foi uma linda experiência da minha mente. Voltamos à
tona; saí sem que minha roupa estivesse molhada, caminhando só a esmo vi uma
enorme ave branca que planou perto de mim e disse: suba. Voamos e vi tantas
coisas deslumbrantes que minha vã mente pôde presenciar: um universo sem dor,
sem fome, sem maldade, era permeado de belezas dantes inimagináveis.
Nesse mundo as árvores frutíferas e as águas límpidas saciavam a
fome e a sede dos seus habitantes e todos levitavam, não havia
congestionamento entre eles e ninguém trabalhava, pois tudo era gratuito.
Minha mente cansou, pois a forcei muito e me vi na sala com dores
de cabeça procurando um remédio para aliviar meu sintoma; mas sorri...