
girl in the window
Meu desgosto foi não ter tido a coragem
de dizer não aquele cafajeste de homem
Roubou minhas filhas, deixando-me na rua da amargura
Hoje ando perdida pelas ruas da cidade grande
À procura de meus dois amores que vil me tirou
Onde estava aquele amor que dizia ter por mim e filhas?
Onde elas estão ? Seu traste de homem insignificante
Perdi a vontade de me arrumar, sou uma morta que perambulo
Em qualquer cidade até encontrar os meus dois tesouros
A vida me ensinou a esperar e até que eu morra
Não vou cansar de procurar minhas lindas meninas
Que pelo tempo passado há quinze anos devem ser moças
Um dia passando por uma rua qualquer de uma bela cidade
Me vi em duas jovens lindas, olhares doces e lhes perguntei
Por favor garotas belas, quais são os seus nomes?
Elas entreolharam, sentiram meus olhos como os seus
Eu me chamo Elisabete e eu me chamo Glória e o seu?
Meu nome é simplesmente Fernanda e as três se abraçaram
Pegaram um trem para bem longe do malvado pai
E até hoje já velho anda pelas ruas procurando suas filhas
Há quem diga que deve ser algum louco que fugiu do hospício
Jamais ele as encontrarão, pois perdeu a dignidade de pai.