domingo, 29 de junho de 2014

Rimas de amor



  Transformei meu amor em rima
Rimei o amor com
Dor
Saudade rimei com
vontade
Choro rimei com
Loiro
Lágrimas sofridas com
Idas...
Tristezas com
Incertezas
Tempo passado com
Malvado
Tristes suspiros com
Sorrateiros
Grandes paixões com
Reflexões
Choro do abandono com
Outono
Linda folha seca gritou
Heureca
Achei novo amor
 Sem dor


sábado, 28 de junho de 2014

Oh! lua


Todos os tamanhos - Médio

Tu que és a minha musa inspiradora
Eu quero abraçar-te num suave levitar
Falar contigo como menina sonhadora
Versejar um amor, lindos sons entoar

Vou beijar-te pelos sonhos que me desses
Dormir sobre o teu leito e poder sonhar
Sonhos inebriantes que me concedesses
Em terra com coração palpitante a bailar

 As nuvens escuras fazem triste a minha lua
Deixas que a chuva molhe os meus cabelos
Fazes meus sonhos de amor serem anelos
Quero desvendar os mistérios e, me evolua

Oh! lua, tu não queres falar com a estrela
Que jogasses na terra num grande furacão
Essa estrela virou mulher que espera da lua
Que mande um lindo e terno amor em doação



sexta-feira, 27 de junho de 2014

Boêmio



Onde Francisco acharia forças para suportar a perda de Verônica, sua linda mulher, que sem se despedir amanheceu sem vida numa manhã de carnaval? Nos vizinhos, talvez: nenhum amigo soubera do acontecido e, em pleno carnaval, Verônica desceu sepultura e de longe podia se ouvir o batuque do carnaval que mal havia começado.
Na saída do cemitério, queria ficar só, caminhava a passos lentos, parou num boteco, comprou uma garrafa de cachaça e foi bebendo a grossos goles até chegar a seu pobre barraco.
Chorou...mas como ele chorou: não tinha filhos, nem parentes, nem ninguém que lhe desse uma palavra de consolo e, como nunca tivesse bebido, adormeceu.
Acordou sonolento, segurando pelas paredes e numa latrina esvaziou sua dor e, por alguns instantes não sabia o que tinha acontecido e chamava por Verônica. Daí, a dura realidade fez morada no seu pensamento: estou só. Verônica morreu...
Comeu uns restos de comida que havia nas panelas em cima do fogão a lenha, tomou na bica de bambu um gole d'água, sentou-se num banquinho à frente do barraco com seu pandeiro e, segurava o vestido luzido de sua mulher que ia dançar o carnaval. Gostava de tocar seu pandeiro perto da sua amada que dava um show de samba. Francisco emudeceu... Nisso, aparece um amigo também com seu pandeiro e, sentados bem em cima do morro, os dois batucavam uma triste melodia. Nesse instante, o céu escureceu, uma forte chuva caiu, o pandeiro de Francisco rolou morro abaixo e, ele na sua insana mente gritava: Verônica está escorregando o morro e se jogou morro abaixo para salvá-la e foi se encontrar com ela no céu.
Seu amigo atordoado gritava desesperado. Mais nada podia fazer, pois um, não conseguiria  viver sem o outro e na sua sã consciência falou baixinho: menos um boêmio à sofrer nos bares das noites da vida.
Essa é a história de um amor verdadeiro que não precisava de um castelo para ser feliz, apenas um barraco e quatro noites de carnaval, pois um completava o outro.


quinta-feira, 26 de junho de 2014

Soneto à Dorli e meu agradecimento





No perfume das noites transparentes
Olhas o luar que tanto embeleza...
O céu vestido de estrelas luzentes
A cobrirem-te de real beleza;

Nas alturas os anjos tão contentes
Flutuam a zelar tua pureza;
Tu que és o maior de todos os presentes
Que ganhamos da vida com certeza

No coração alegres sentimentos
Transbordam magistrais nos leves ventos...
Que passam perfumando os finos ares;

Tua alma a flutuar pelos luares
Pode agora ler o que fiz por ti...
Versos cobertos de encantos Dorli

 Meus agradecimentos

 S omente de ti poderia vir tamanha emoção
A migo: nem o tempo jamais eu te olvidarei
M eu coração borbulha alegrias sufocadas
U m nó na garganta faz engasgar meu peito
E m um elo de amizade profundo e perfeito
L amento só o tempo que não me da tempo

B acana esse teu jeito de presentear amigas
A balou minhas emoções que hoje são frágeis
L apida jóias que guarda em seu doce coração
B agagem cheia de sonetos lindos à encantar
I  lustre mestre dos lindos sonetos magistrais
N uvem que permeia escritos com singeleza
O jovem que diz que nasceu em tempo errado
T ecla amor, carinho, polidez e belos sonhos