quinta-feira, 2 de outubro de 2014

As furiosas ondas-miniconto





As furiosas ondas levou a metade do meu coração onde o oceano engoliu; aqui estou todas as tardes antes do pôr do sol para sentir o seu cheiro, que uma brisa má e delével vem me sufocar de saudades. Choro, choro amiúde a nostalgia que ficou impregnada no meu ser e, a cada dia que passa, destrói pouco a pouco a vontade de viver.
Ouço as ondas chorosas batendo meus pés, se quebrando na praia em partículas e, jogando respingos gelados no meu rosto paralisado. Passo as mãos nele para enxugar as lágrimas misturadas com o choro das ondas do mar.
Sem nada poder fazer jogo minha coroa de flores como prova do meu amor. Seu corpo nunca encontrado, então, deve estar coroado com o meu amor.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

O voto cabresto( reedição)



Desde o começo da nossa história a grande propriedade rural - o latifundiário - dominou a política nordestina. O latifundiário, chamado de "coronel", mandava e desmandava dentro de suas terras e também nas cidades próximas. As câmaras Municipais, onde se reuniam os vereadores da cidade eram formadas por "homens bons", ou seja, os proprietários de terras. Os prefeitos sempre foram os latifundiários ou seus familiares. Os governadores sempre foram escolhidos entre a elite dos "coronéis".
Na zona da Mata, os grandes proprietários são usineiros, ligados à economia canavieira. No sertão, os latifundiários são os donos de fazendas de gado e de algodão. Em muitos estados do Nordeste esses dois grupos revezaram-se por muito tempo no poder. Entre essas elites, a do litoral e a do interior, sempre ocorreram conflitos, brigas e disputas políticas para decidir quem mandaria no estado..
Ainda hoje existe essa disputa. Nos municípios do interior, normalmente, duas ou três famílias de grandes latifundiários concorrem às eleições para a prefeitura. Quando chega a hora das eleições para governador cada uma dessa famílias apoia um candidato ao governo de estado.Nas eleições os "coronéis" garantem votos para os seus candidatos preferido usando o velho sistema do voto de cabresto.
O que é isso?
O voto de cabresto é o controle dos votos da população pobre de uma área pelo "coronel" do lugar. O "coronel" organiza o transporte dos eleitores, em caminhões. Eles recebem comida e sacos de arroz e feijão para levarem para casa; às vezes ganham também roupas e sapatos. Quando entram na fila do voto recebem mais um "presente": uma cédula de voto já preenchida, com a cruzinha no quadradinho correspondente ao candidato do "coronel". Assim só precisam pôr a cédula na urna e assinar a lista de votação. Pronto: foi trocado um voto por um punhado de comida e algumas roupas! Isso é proibido pela legislação, mas ainda ocorre em localidades do interior.
 O voto de cabresto faz uma mágica: transforma o poder econômico em poder político. Com ele, os donos da terra continuam sempre os donos do governo.
FONTE: A nova Geografia, escrita por Demétrio Magnoli e Reinaldo Scalzaretto.
Editora Moderna Ltda. 1996.
Hoje se quiserem saber se da para obter voto cabresto nas urnas eletrônicas entre: 

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Amor sincero-miniconto



É aquele que não tem barreiras banais, nem a maior muralha irá derrubá-lo, nem conselhos, nem intrigas o matará. Somente dois corpos a se acalentarem. Abraço forte, o perfume dos dois se fundem e arrebentam suas entranhas. Vem o beijo, o carinho, o calor corporal e explode numa linda e gostosa paixão.
Ninguém irá decepar esse grande amor, nem miséria, nem desemprego, pois unidos nesse amor vencerão todas as barreiras intransponíveis.
Privilegiado é aquele que tem quem amar, os seus olhos têm um brilho estrelado e, de mãos dadas caminham entre as nuvens da felicidade.



segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Preocupados com as eleições?(reedição)- sem comentários




Alguém está preocupado com você? Só você mesmo poderá driblar seu mísero salário, para que pelo ao menos viver com dignidade que deveria ser um direito de todos os cidadãos.
Desde que comecei a estudar a História do Mundo, me enojei em saber que política é uma grande imundície, um escárnio, pois um atacando o outro. Depois das eleições quem sai ganhando são os mesmos políticos que somos obrigado a vê-los, abraçadinhos na televisão, como se nada houvesse ocorrido.
Só tenho um conselho a quem quiser seguir: vote com coerência, pois quem foi, é e sempre será e terá as mesmas convicções de outrora.
Existem pessoas, as quais conheço muito bem, que sempre foram honradas, mesmo passando fome, nunca puxaram o saco de políticos para galgarem algum cargo ilícito. Mas com a ajuda do Senhor, juntando com seus esforços e boa vontade de vencer, hoje estão na classe média e tentam fazer muitas economias para pagarem os exorbitantes impostos aos donos do poder para que eles possam cuspirem em nossa cara em Rede Nacional televisiva:  ""Eu fiz e vou fazer ou eu farei ". Somos nós que ajudamos o pouco que fazem e o muito para os seus enriquecimentos.
Não se deixem iludir com palavras belas, muitas pessoas também as sabem fazer até melhor.
Muitas pessoas na Internet estão colocando a vida dos candidatos em "pratos limpos"; mas pouco adianta pois a maioria pobre não tem acesso a ela. Estão perdendo tempo.
É intrigante, parece que Deus ficou em segundo plano nessas eleições. Só Ele com Sua inigualável sabedoria poderá melhorar a vida dos desgraçados brasileiros que vasculham em lixões os restos de comidas que os afortunados jogam fora. Os seus banhos é a chuva e seus cobertores é o Sol, e os seus alimentos é o resto putrefato que encontram por aí.
Pensem bem...Pois lá no céu será diferente e, parece que Deus já está cansado de ver a Sua Criação se deteriorando d'uma forma asquerosa e se Ele quiser, num estalar de dedos nos igualará todos a "cinzas".