terça-feira, 7 de outubro de 2014

Uma carta de amor - miniconto




Tu me mandaste uma carta de amor quando estavas viajando, mas nunca mais voltaste. Ela foi amarelando, ainda está comigo, mas vou desfazê-la para poder tira-te do meu coração. Nunca mais soube de ti. A carta era perfumada e nela escrita todo o seu amor por mim, já sofri, já chorei, mas nunca mais nos vimos.Os anos foram passando e eu te esperando. Chega, vou mandá-la de volta pra ti.
Peguei a carta, hoje sem perfume, rumei à praia, coloquei-a dentro de uma garrafa, arrolhei-a bem e a joguei no mar que está revolto, as grandes ondas encarregarão de levá-la. Se porventura ela não chegar em tuas mãos, tenha certeza, quem a encontrar ficará feliz com o lindo conteúdo de um amor que nunca deveria terminar.


segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Perdida na escuridão



lumina | Stropi din sufletul meu



A escuridão estremece meu corpo
O rio calmo me chama para um banho
Pulo n'água gelada, corpo enfumaça
É a paixão d'um amor se chegar, apaga

Saio, começo a caminhar às margens
Flores encantam a minha saudade
O pôr do sol está quase sem miragens
Eu aqui sozinha, que dura crueldade

As estrelas tentam acalmar meu coração
De repente sou puxada pra dentro o rio
Era meu louco amor, parecia uma ficção

Beijou o meu corpo pra me aquecer
A brisa chega quieta, apaga a luz estrelar
Na escuridão ficamos até o amanhecer


domingo, 5 de outubro de 2014

Quem ama não morre, descansa...




Terminou seu tempo, descansou
Viveu com intensidade, amou...
A vida, as pessoas e a natureza
Viveu na retidão e na destreza

Tudo na vida era dom de Deus
A família, os filhos, uma benção
Foi mendigo, empregado e patrão
Viveu a vida, hoje nos da adeus

O que valeu na Terra seu viver?
A maior herança que deixou(...)
 Amor, honradez sem esmorecer
A fiel  justiça que na vida alçou

Há dias debilitado sorria feliz
 Sorriso sereno de dever cumprido
Despede de todos, lágrima diz
Não chorem: sorri sem um ruído


sábado, 4 de outubro de 2014

Meu amigo vento



Meu suave amigo vento
Não te vejo, mas sinto teu frescor
Às vezes, vem me lembrar um amor
Outras vezes, me oferecer alento

Ora estás cansado vens em brisas
Suavizar meu calor adentro
Ora triste como furacão raivoso
Passas bem longe e me cativas 

Um dia tu não apareceste, chorei
Veio por trás de mim, aí sorri
Então falei, tu me abandonaste
Não, achei o amor que perdeste

Deslumbrei quando o vi ao vento
Abraçou-me e o beijo nos uniu
Ó vento! Tu o trouxeste, ele me floriu
A ti amigo sempre haverás acalento