Lembro-me
do jardim da infância, brincava como ninguém, louquinha demais e briguenta;
depois fui fazer primário: aprendi a ler rapidinho, veio o ginasial e depois
não falo mais.....Conheci Ricardo no terceiro grau, era linda como uma
princesa, inteligente e muito paquerada pelos jovens, mas amava Ricardo e com ele me casei aos vinte e três anos.
Meus
Deus, como o tempo passa rapidinho, hoje tenho um filho de cinco anos...Cheguei
nos trinta anos, não vi o tempo passar. Hoje sou Balzaquiana.
O
que sou agora: não sou mocinha nem jovem e nem velha, sou balzaquiana, com
todos os bons neurônios funcionando super bem, amo a vida, tenho sede dela, não
haverá de levar muito tempo serei uma velha: cruzes, mas uma velha bonita,
charmosa, amada pelo meu filho e amante do meu marido, isso se ele não morrer. kkk.
Sou
balzaquiana, não tenho medo do futuro, pois quero viver a vida com toda a
intensidade do meu coração. Não penso na morte, ela não escolhe ninguém pela
idade.
Pra
que tanta petulância, inveja, maldade, se todos iremos para o mesmo lugar?
Vamos curti a vida sem magoar ninguém porque no outro mundo teremos que dar
conta de tudo.