sexta-feira, 19 de maio de 2017

A noite na praia









Esta noite vou amar no mar
Chego vejo as borbulhas d'águas
Beijo a areia quente, ondas choram
Um cometa joga meu amor no mar

Espero-o na praia, sento na areia
O tempo passa e nada de você amor
Será que o mar o engoliu, vou atrás
Me jogo na água nado sem cessar

Nada, será que o mar o engoliu?
Não pode ser, choro e volto à praia
Lá estava ele desfalecido, mas vivo?
Amor, sou eu abra os olhos pra mim

 Virei-o de bruços, vomitou águas
Massageei seu coração, estava a bater
Gritei por socorro, ninguém me ouvia
Senti um abraço, virei era você, assustei

Olhou meus olhos verdes e os beijou
Rolamos na areia, veio uma onda
Nos banhou, as pernas tremularam
Praia deserta, a paixão explodiu

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Cicatrizes da vida





Hoje choro teu desprezo
O tempo virá a meu favor
Onde estão as juras de amor?
Morreram no ar?

Hoje as cicatrizes doem
O meu pobre corpo nu
Morre nas poças da chuva
Aí, uma estrela brilha

Tu vais sair desta saudade
Tu és boa teu presente chega
Lindo jovem me levanta
Beija as cicatrizes

Um banho de rio nos une
Venho pra te amar muito
Belos filhos criarmos
E sermos felizes

quarta-feira, 17 de maio de 2017

Balzaquiana





Lembro-me do jardim da infância, brincava como ninguém, louquinha demais e briguenta; depois fui fazer primário: aprendi a ler rapidinho, veio o ginasial e depois não falo mais.....Conheci Ricardo no terceiro grau, era linda como uma princesa, inteligente e muito paquerada pelos jovens, mas amava Ricardo e com ele me casei aos vinte e três anos.
Meus Deus, como o tempo passa rapidinho, hoje tenho um filho de cinco anos...Cheguei nos trinta anos, não vi o tempo passar. Hoje sou Balzaquiana.
O que sou agora: não sou mocinha nem jovem e nem velha, sou balzaquiana, com todos os bons neurônios funcionando super bem, amo a vida, tenho sede dela, não haverá de levar muito tempo serei uma velha: cruzes, mas uma velha bonita, charmosa, amada pelo meu filho e amante do meu marido, isso se ele não morrer. kkk.
Sou balzaquiana, não tenho medo do futuro, pois quero viver a vida com toda a intensidade do meu coração. Não penso na morte, ela não escolhe ninguém pela idade.
Pra que tanta petulância, inveja, maldade, se todos iremos para o mesmo lugar? Vamos curti a vida sem magoar ninguém porque no outro mundo teremos que dar conta de tudo.

terça-feira, 16 de maio de 2017

Injustiça






Rio da minha pobreza penalizada
Sou honesto demais.Dão a risada
Da nossa vida, riem os "poderosos"
Muitas vezes, sinto a vil injustiça

Quanto dinheiro têm os políticos
Que o meu bolso até empobreceu
Tô cansado de ser piegas de risos

Fico a ouvir: não trocou o carro?
Não se vergonha dessa charrete?
Como? como?  Eu pago imposto
Eu só tenho velha caminhonete

Sabe o culpado da minha alegria?
É o meu pai que na terra dorme só
Perto do rico que fede na carneira