sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Amor, sou sua poesia




Depois que partiste
Levaste a melhor estrofe
Agora não termino a poesia
Rasgaste o meu amor

Eu era a tua poesia
Rabiscada no meu rosto
Mas preciso terminá-la
Para esquecer-te

Vou mudar as poesias
Tentar amar outra pessoa
Que apagará as poesias
Que escrevi para ti

Farei novas poesias
Borradas no meu rosto
Essas poesias terminei
Para o novo amor 

Hoje sou muito feliz
A vida me deu de presente
Um lindo amor sincero
Que me lê com amor 

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Economia retroagindo ...




Órfãos da cana-Folha


A economia brasileira está retroagindo. Tempos bons eram antes da chegada da cana de açúcar, onde nas fazendas havia mais habitantes que na cidade. Emprego não faltava, o solo era fértil e muitos italianos vieram ao Brasil para trabalhar a terra e fizeram muito bem. 
As culturas eram: café, algodão, milho, laranja, etc...Dava gosto de ver como faziam polentas as matronas, todos trabalhavam na roça por empreita e quando chegava a colheita uma metade ficava para os patrões e a outra parte ficava para os trabalhadores que iam à cidade pagar a caderneta, isto é o que compravam uma vez por semana era marcado nessa caderneta e iam pagar e já aproveitavam para comprar algumas fazendas para coser roupas para a família e o que sobrava era guardado no Banco da cidade.
A vida na roça era boa, não tinham geladeiras e quando matavam porcos e quase tudo era aproveitado: faziam linguiças (fritavam muitos pedaços) e colocavam dentro da gordura para não estragar e as outras secavam.
Todos tinham suas hortas, galinhas, galo e os pintinhos iam nascendo, crescendo e aos domingos faziam a macarronada da mama, matavam alguns frangos e os colocavam para assar no forno do fogão a lenha.
Na horta tinha um bom pedaço que plantavam milho e naquele tempo fazia muito frio e à noite antes de dormir assavam milhos e a conversa “rolava”.
Eles trabalhavam como meeiros, isto é, toda a produção metade era do patrão e a outra era dos empregado que aos domingos arriavam suas mulas, enchiam suas carroças e iam vender na cidade. Com o dinheiro compravam algumas coisas e no fim do ano pagavam a caderneta.
Todos conseguiam fazer suas casinhas na cidade que alugavam, era mais um dinheirinho que ia para o Banco, quase nada rendia, mas ficava emprestado ao Banco.
Depois de muito tempo é que veio a cana de açúcar para trazer riqueza aos usineiros e uma vida mediana para os graduados e para os bóias frias deixarem seus suores nos canaviais e  só faziam para comer.
A ganância dos usineiros é tamanha que hoje estão "quebrando", deixando milhares de desempregados. Onde eles irão arrumar empregos se está difícil até para os mais estudados?
Só o tempo dirá...
Acreditem se quiserem
Os roceiros antes de trabalhar deixavam perto da pista dentro de um quadrado de madeira que tinha um pau embaixo e enfiavam na terra bem fundo, dúzias de ovos  e litros de leite e o preço e quem passava por ali já sabia comprava e deixava o dinheiro.

O estaparfúdio


o estaparfúdio


Jéssica era uma menina  de mais ou menos seis anos, seus pais trabalhavam na roça e ela ficava na sua simples casa cuidando de seu irmão de dois anos e na hora de ir para o Grupo Escolar, deixava seu irmãozinho com a bondosa vizinha.
A garota morava numa pequena e pacata cidade do interior de São Paulo e todos: pais e irmãos mais velhos trabalhavam na roça: nessa cidade plantava milho, algodão e muito café, então todos tinham trabalho e na cidade havia: armazéns, dois postos de gasolina, onde neles vendiam peças para tratores para a lavoura, dois carros pretos todos os outros comércios eram tocados pelos seus donos na maioria italianos e seus filhos que a matrona tinha um filho por ano, daí todos trabalhavam para o pai sem remuneração, mas se precisassem de dinheiro, o pai abria o cofre que era fechado a chave, essa era amarrada com um barbante e colocado no enorme bolso da camisa e em cima colocava um pedaço de fumo fedido para disfarçar.
Tinha uma linda igreja e ao redor dela fazia-se quermesse, assim os puxa-sacos do padre trabalhavam de graça. Era aquele tempo que jovem usava vestido um palmo abaixo do joelho e véu para irem a missa. Um dia aconteceu um caso inusitado com a menina Jéssica, deixou seu irmão dormindo e foi pegar o leite para saciar a fome do irmão e também o pão. Sabem onde os colocavam? Dentro de um cesto de madeira pregado em um pau que era cimentado na calçada, eis que de repente Jessica vê algo inusitado: um homem branco azulado, careca com uma barba amarela trançada. Correu para dentro de casa colocou as tramelas nas portas e janelas e ficou quietinha, ferveu o leite, fez a mamadeira para o irmão e começou a acariciar o nenê e ele acabou dormindo e ela assustada também.
De repente ouviu um barulho, o tal homem conseguiu entrar na casa, tomou café com leite, comeu pão e dormiu no chão perto da cozinha.
Passado algum tempo ela acordou e viu o homem, correu na casa da vizinha com seu irmão, não esquecendo de levar as roupinhas dele para o banho e disse tudo para a vizinha que correu a cadeia, a qual tinha um único soldado e um empregado. Ele" bem armado" com uma espingarda foi até a casa da menina, entrou e viu um homem esquisito roncando feito um porco e gritou: mãos aos alto estapafúrdio. Ele levantou e o guarda o levou preso: foi a pé desfilando pela cidade e o colocou numa cela.
O policial fez várias perguntas ao estranho e ele foi respondendo e como não tinha delegacia, ele era quem dava as ordens: Ô seu esquisito, chamamos um carro para levá-lo para sua cidade, você não bate bem da cabeça e algemado subiu num carro preto horrível e rumou para a sua cidade, era bem longe. 
E a paz reinou na pequena, tranquila e pacata cidade...  

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Sono sereno





Na espera de ti, cansei,

dormi
Sonhei que o mar me abraçava
A chuva caía
Minha pele chorava o frio
ventava frio
A brisa gelada me beijava
muito chovia
Pingos grossos molhavam meu rosto
Acordei
Cadê tu amor que não vieste?
O silêncio falava
O peito doía o abandono do amor
reagi
Levantei andei pela relva
 beijavas outra
Maldito és tu pedaço de nada
Pisei teu pescoço
Quis apenas te assustar, covarde
a outra correu
Vais com ela pedaço de zumbi
te odeio
Tu sofrerás a triste dor do abandono
irei sorrir
Depois de coração vazio irei amar
um homem
Um de verdade e não um espectro
do nada
E tu amargarás uma triste desilusão
a solidão