sábado, 16 de dezembro de 2017

Palmilhei caminhos



Palmilhei por caminhos dantes inimagináveis; por onde passava colhia olhares de crianças sedentas de curiosidades, logo chamavam suas mães para me ver. Mas pelo meu rosto sombrio, ofereciam um caldo de galinha e o paiol para dormir. Ficava feliz!
N'outro dia já no raiar do dia estava eu a palmilhar outros caminhos; percorria e descia ao ver um riozinho, pois anoitecia e o estômago doía a fome: era rápido e conseguia pegar alguns peixinhos, limpava-os na água com canivete, assava e comia, sempre pedia sal por onde passava. Era gentil.
Os anos foram passando e ele palmilhando vários caminhos, não era um mendigo e sim um jovem educado e muito limpo: tinha uma missão a cumprir que guardava só para si.
O tempo foi passando, seguindo o seu destino encontrou Claudete e por ela se apaixonou. Casaram-se numa igreja pelo caminho e seguiram juntos e já explicou a ela, enquanto estivermos a palmilhar não teremos filhos. Tenho motivo para essa promessa, pois meu pai quase morreu, agora ele está preocupado comigo. Mas, ainda não terminei minha promessa, mas fique tranquila que em cada aldeia que chegarmos teremos direito a um banho gostoso, barba feita e duas boas refeições, passaremos a noite no hotel e no outro dia seguiremos com o meu palmilhar.
De repente o Sol ficou branco e todos na cidade ficaram aflitos, então "expliquei" que a Lua cansada jogou seus raios brancos para o Sol, ela estava enamorada do Sol, um amor impossível.
Querida Claudete, o tempo terminou, vamos a uma loja comprar roupas, sapatos, o que quiser e eu vou trocar o terno e comprar algumas coisas. Foi na concessionário comprou um lindo carro, passou pela casa da mãe de sua mulher para despedir dizendo quero ver todo mundo no Natal na minha fazenda, mandarei dinheiro.
Seus pais ficaram tão felizes que começaram a chorar, então o filho disse: promessa é promessa e todos me trataram bem.
A festa do casamento foi linda, foram bem tratados. O pai do noivo pediu a eles para morarem na fazenda fazendo pequenos serviços. E os móveis? Nós compraremos novos.
O filho que cumpria promessa para o pai era o Ernesto que hoje já tem dois filhos e todos são felizes.
                        


quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Triste ilusão





A felicidade é instantes de ilusões tristes, por ser quase que inatingível e quando quer nos abandona sem ao menos nos dar nenhuma explicação. Felicidade não existe... O que existe é uma triste ilusão onde, ao percebermos o engano em que entramos, não há mais volta.
Poderei ser feliz por alguns instantes, tão raros e os outros instantes é a ilusão doída pelos maus-tratos que a vida me oferece gratuitamente, aí me questiono: isso é viver?
Daqui a pouco farei muitas pessoas no teatro rirem até se esbaforirem, são técnicas que aprendi para sobreviver, ninguém vive sem esse maldito dinheiro que até pode comprar a alma do diabo.
Sabemos de nós, mas na casa do vizinho pode ser até pior: a criança chora a fome, a mãe apanha e o diabo sorri.
Alguém precisa fazer uma revolução nessa vida sofrida, ela tem que ser igualitária entre os dois sexos, pois somos seres que vivem de ilusões, mas que elas tenham instantes de amor.
Assim vou fazer minha arte no palco, nem que seja exonerada, pois viver assim, sem nada poder ajudar... Vamos revolucionar o teatro.
"Senhores, senhoras e crianças, o que vieram aqui fazer? Assistir uma peça clássica? Pois ela não virá, pois eu sozinha, no palco, farei estarrecer de norte a sul, de leste a oeste, o quê? O amor, o respeito, o carinho com os filhos, pois se não houver isso a vida nada vale.
Abrem-se as portas, só sairão os covardes e os poucos que ficarem a felicidade brotará nos corações de todos. Ninguém saiu".
A peça terminou, a alegria pairava no ar. Pais pegavam seus filhos no colo, beijavam suas mulheres, as crianças corriam de um lado para o outro até se cansarem.
Todos voltaram para casa com outra convicção que para viver em sociedade temos que ter instantes de ilusões alegres.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Incompatibilidade vergonhosa



Pra que você possa sobreviver mais ou menos nesse país tem que sugar do seu pobre pai o suado dinheirinho para pagar uma boa Faculdade e se for a do Governo terá que morar amontoado em pequenos nichos fedorentos, juntando uns cinco ou seis "amigos" para dividir as despesas do aluguel e alimentação. 
Agora eu pergunto: Pra quê? Sai da Faculdade tem que estudar muito para arrumar um serviço subalterno, pois nesses grandes concursos a concorrência é vergonhosa, ou seja(1) vaga, é como ganhar na loteria. Fazem isso para ganhar dinheiro, pois depois de dois a três anos fazem os mesmos concursos, daí é que penso na incompatibilidade vergonhosa que tem no congresso, onde alguns deputados analfabetos conseguiram uma vaga para não fazerem nada, nadinha.
Já que precisamos fazer concurso para trabalhar em órgãos públicos, pergunto: O congresso  que órgão é? Fiquei burra, pois nesse ínterim, não sei.
Aí, você fica a ver navios e muitos que não tiveram um bom berço vão roubar e colocam os policiais que ganham uma miséria ao seu alcance. E os Negros cultos? Morrem na praia.
Que país é esse? Depois gastam uma fortuna para encherem as cadeias nojentas de viciados(muitos deles cultos e negros de boas famílias e, quando na rua a dor da fome "bate" seu estômago vão se viciar e juntar aos chefes do narcotráficos e sua vida já morreu na sua própria vergonha.
Esse é o Brasil, país que quando pequena batia no peito e cantava o Hino Nacional. Agora pergunto, nos meus setenta anos: por que quando começa uma sessão de Câmara Municipal, Estadual e o Congresso não cantam o Hino Nacional? Esqueceram a letra? Mas eu digo, eu não esqueci.
A DISCREPÂNCIA SOCIAL BRASILEIRA é nossa vergonha, feio cartão postal. Viramos "piegas" dos países desenvolvidos, pois desde que era pequena o Brasil era um país em desenvolvimento e não saiu desse patamar. Por que? Porque temos uma política que nos envergonha(existem pessoas direitas em todos os lugares, mas são poucas).


terça-feira, 12 de dezembro de 2017

A felicidade é vagarosa








Felicidade é um estado d'alma
É vagarosa e vem nos fazer feliz 
Entra em nossa alma sombria
Nos traz um amor sem simetria

Felicidade vagarosa é a melhor
Cabe direitinho no nosso coração
É melhor que chegue com fervor
Pois têm corações ávidos em ação

                                                      Não demore estou em êxtase 
                                                      Teu corpo invade o meu ser
                                                       Deixando-me cheia de querer

Vem a brisa bem de frente
Molha meu corpo ardente 
Ela ofusca o meu olhar


Gostaria que meus leitores me dessem títulos de contos ou poesias, ficaria agradecida. Dorli

Qualquer pessoa pode comentar no meu blog, só que ele passará por moderação