sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Como poetizar nessa turbulência?




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Como sonhar e poetizar nessa
Turbulência?
Onde o poder e ganância sobrepõe o amor?
O poder aniquila, judia e mata
O coração da maioria dos homens
Endureceu
Apodreceu
E cá nós somos reféns do sistema
Que mundo é esse?
Deus não o fez assim
O amor perdeu-se entre os homens
Por que os animais são superiores?
Eles só matam para comer
O ser humano mata por prazer e status
O céu está vazio, o inferno cheio
Muitos se perderam na sua própria ignorância
Enquanto aqui na Terra o dinheiro grita
Noutro mundo mora a felicidade
Não choremos os mortos
Pois se foram bons estão no paraíso
Lá não precisa de dinheiro
Apenas de felicidade e
A serenidade

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Liberdade de expressão



bombeiros sdf.com.br


Não temos liberdade de expressão
Será que vivemos numa ditadura?
Como bobas pessoas alienadas?

Vivemos num mundo em que tudo são flores, somos todos otários e "bons" irmãos que tudo fazemos pela nossa felicidade

Muitas pessoas se dizem importantes, mas nos roubam, matam, fazem falcatruas
e não são censuradas
Nada acontece
Por que?
Os bons têm que ser alienados
Não temos direito a dar nossas opiniões
Nem mesmo compartilhar
É censura também?
Nas pessoas de bem? 
Numa democracia?
Que democracia é essa?
Agora os de colarinhos brancos podem nos manipular
Como fantoches
Com o nosso rico dinheirinho
Aí pode...
Meu repúdio

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Nossas crianças



branca



linda


indígena


pobre

Crianças são todas lindas, não têm cor, não têm raça, não têm status sociais. São todas anjinhos dos céus que não pediram para nascer, portanto têm que ser bem cuidadas, amadas e não discriminadas.

Essa criança foi colocada fora do restaurante, porque era negro e pobre 
 Pois estava faminta
Esse Brasil precisa mudar

Brasil só não, o Mundo
O que os homens têm dentro do coração?
Uma carniça fedorenta
coberta de terra



quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Ó solidão doída





emaranhado.rufiano.blogspot.com.br



Que faço eu da vida, hoje só, embrenho na mata onde o silêncio conversa meus ouvidos cobrando as adversidades que tive numa vida solitária e infeliz.
O maldito dinheiro que não quis dividir com ninguém, agora me pergunto: valeu a pena juntar tanta riqueza, hoje guardadas em bancos e, ao invés de me casar ter meus filhos, formar uma família feliz, viajar com ela para conhecer outras culturas, mas não. E agora que faço da minha solidão minha única companheira?
Nessa noite fico a pensar na minha doída solidão que me maltrata por ser sovina comendo marmitex, ao invés gastar meu rico dinheiro em restaurantes finos a comer ricas iguarias. Mas a ganância de guardar e guardar dinheiro e agora? Sozinho.
Até os pássaros quando me vê batem suas asinhas coloridas e voam bem alto. A noite a lua só me da uma espiada e o estrondo do raio saindo de uma nuvem escura. Assusto e acordo para a vida.
Será que ainda haverá tempo pra mim, tenho sessenta anos, nunca trabalhei, ganhei herança dos meus pais, só paguei uma boa aposentadoria e hoje aposentado tenho tudo e não tenho nada, só a solidão que virou a minha sombra.
Cansado, adormeci na mata. Acordei com uma vontade enorme de mudar, ainda tenho tempo assim sonhei.
Cheguei no meu casebre tomei um banho saí, fui a lojas comprar roupas bonitas, entrei na joalheria comprei um lindo relógio, passei na barbearia fiz a barba cortei os cabelos. Assustei, era outro homem.
Chegando em casa joguei todos aqueles trapos fora, vesti-me como um príncipe e saí. Muitas mulheres olhavam pra mim, então pensei: ainda não estou de jogar fora. Passei numa imobiliária comprei uma mansão, arrumei um designe de interiores que deixou minha mansão um requinte.
E sem me cansar contratei vários servidores e pagava bem para eles. Ah! Ia me esquecendo contratei um excelente motorista, comprei uma Ferrari e fui viver a vida.
Não demorou muito tempo me apaixonei, sabem por quem? Não adivinharam! Pela cozinheira, uma linda morena de olhos azuis, solteira e com seus cinquenta e cinco anos. Aí contratei outra cozinheira e me casei com Beatriz. A festa foi um deslumbre, fomos viajar para vários países. Voltamos.
Eu sou Jorge e minha amada Cleide, mas mesmo assim parecia que faltava algo. Faltava os filhos que ela não tinha idade para tê-los.
Então, fomos a um Orfanato e adotamos quatro crianças: dois meninos e duas meninas. Eles ficaram felizes em saber que teriam um lar.
Cada criança tinha seu quarto mobiliado, agora minha vida matou a solidão e deu lugar a felicidade, felicidade essa que nunca tive.
Deixem de acumular riqueza, curtam a vida que é curta: amem, tenham filhos e vivam felizes.