domingo, 10 de fevereiro de 2019

O diário de Vera



spiritfanfictiom.com

Conheci Vera desde pequenina, fomos criadas praticamente juntas. Morávamos na mesma rua numa pequena cidade do interior. Vera era triste e aos cinquenta anos morreu solteira, mas ficou de cama e entregou a mim seu diário.
Por que eu, perguntei a ela? Ela respondeu: você é minha melhor amiga, depois que morrer pode lê-lo, então comecei a chorar, passei a mão no seu rosto, nos seus curtos cabelos e, saí gotejando lágrimas doídas.
Um mês depois ela morreu, estava linda no caixão e, o que me chamou a atenção foi um senhor que chorava copiosamente, sentei-me perto dele, então comecei a conversar o porquê de tantas lágrimas e ele me disse: eu amava essa mulher, mas era pobre e seus pais não permitiram.
Nunca me casei com ninguém, pois Vera sempre foi o amor que não pude ter na minha vida, hoje os pais choram. Alguém que está lendo esse conto poderá me dizer do que ela morreu? Aí, eu disse: eu sei, mas irei guardar esse segredo para toda minha vida.
Você veio de carro? Sim. Então vamos até lá que vou lhe entregar o diário de Vera, quem sabe você alivia seu coração. Assim o fiz.
Depois do enterro me agradeceu pegou o carro e sumiu...
Passado dois anos ele me ligou e disse: obrigada, sou o homem mais feliz da face da Terra, pois ela me amou por toda sua vida.
Vera morreu de amor, lindos escritos no seu diário que dei para o seu amado.
A vida nunca foi "um mar de rosas", muitas vezes os espinhos são as marcas de um amor impossível, tudo escrito num diário. 

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Viver um amor pleno



(foto: Pinterest)


Viver um amor pleno
É viver sem mentiras
Ei, segredo é respeito
Só verdade e sorrisos

Abraçam os afazeres
Hoje ele limpa a casa
Ela prepara as carnes
Ele adora com salada

Eles só lavam a louça
Pegam o carro e, a rua
Aí, namorar na praça

Um amor não machuca
Vivem de um amor fiel
Amor pleno e bem real

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

A nascente do rio São Francisco



tripadvisor.som.br


Ah! Que saudades da  minha infância! Era pobre, mas feliz, morava em São Roque (Minas Gerais) e, com minhas amiguinhas íamos brincar na nascente do Rio São Francisco, morava com minha avó, pois minha mãe estava doente e dividiu os filhos. Era pequena e não entendia o porquê.
Como era lindo ver brotar um rio que se alastrou pelo Brasil afora levando beleza, fartura de peixes, água para a agricultura familiar, também espalhando riqueza muita e beleza por onde passava.
Não vou falar de História e sim de sentimento infantil que hoje ficou na memória momentos lindos que não olvido jamais. 



segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Poesia apaga




https://1.bp.blogspot.com/-F


E a poesia apaga a dor da saudade
É o remédio que vem com a solidão
É na saudade que uma lágrima cai
Que embaça os óculos da nossa dor

A poesia apaga a dor que fere alma
Que adormece a vil  angústia doída
Que encurta os dias de sofrimentos

Poesia apaga tristeza da separação
Das saudades dos beijos com amor
Nosso dormir apertado de cócoras

A poesia só não apaga a nossa dor
Que assolou o nosso lar pela perda
Dos nossos filhos, agora crescidos
Para suas vidas de independentes