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Acordei assustada sem saber onde estava. Eu e meus duas amigos perto de uns fios de águas, que desciam sonolentas, tamanho era o silêncio na penumbra d’uma noite sem estrelas. Só o coaxar dos sapos vieram nos fazer companhia.
Como era possível bichinhos viverem nessa insegurança sem sentirem medo de nada, éramos em três jovens peraltas que se perderam numa enorme escuridão, mas nossos gritos fizeram uma conexão e nos uniu novamente e, já com medo da noite escura como um breu, nos enrolamos uns aos outros para nos aquecer, pois a noite estava de trincar ossos, batíamos os queixos de frio e nessa sonoridade dormimos.
Acordamos com os raios do Sol batendo em nossos rostos. O sol nos sorriu, mas o estômago sofria a fome doída. Nisso algumas goiabas achamos para nos alimentar, bebemos das águas do rio e continuamos nossa caminhada esperando que na próxima parada tivéssemos melhor sorte.
Como três “indigentes” seguimos nosso caminho e, depois do susto, rumamos para as nossas casas, onde nossos pais aflitos já haviam acionado a polícia e nossas mães choravam como crianças e, quando nos viram chorando nos abraçaram bem forte.
Num cantinho dos nossos corações bateu uma saudade doída dos nossos pais, do banho quentinho, da toalha perfumada que com carinho mamãe cuidava. Ai! Como dói.
Eu prometo a mim mesmo que nunca mais vou me enveredar a esmo à noite pelas matas à procura de aventuras. Oh! Mamãe, estou com saudades dos teus abraços.
Nunca mais saímos a passear sem nossos pais, tantos lugares lindos para nos divertir fomos logo perturbar o sono dos inocentes bichinhos do mato e nos danamos.