quinta-feira, 7 de julho de 2011

Estrela cadente


Estava debruçada na janela vendo o pôr do sol
Quando de repente vi uma exuberante estrela cadente
Ela veio cair direto no meu coração muito saudoso
Estremeci senti um calor imenso que inflou meu coração

Era um gás perfumado, tive saudades do meu amor
Que está além mar à se aperfeiçoar nos estudos
Para que juntos, juntar migalhas para nos casarmos
Chorei, a saudade doía e o seu calor se fez presente

 Dois anos de uma espera interminável, mas voltou...
Trazendo em suas mãos um lindo presentinho
Era uma jóia perfumada de uma estrela cadente
Abracei-o, como nunca, com muita intensidade

O casamento aconteceu e, nossa vida, só felicidade
Muito mais feliz fiquei com a inesperada chegada
D'um bebê lindo, fruto de um amor forte e abençoado
Veio quentinho como a estrela cadente no meu coração




Maldição de amor!


Ah! mulher! tu irás amargar na vida maldições
Tu me abandonaste, mataste minhas ilusões
Mas tu também não será feliz e nem eu
Tu carregará pra vida a minha maldição

Tu hás de encontrar na vida só tropeços
Tu nunca mais serás amada como foi por mim
Tu serás mais uma igual a todas as outras
Tu só terás desilusões e grandes decepções

Desprezaste o meu amor que era intenso
Para explodir de amores por mais amores
Tu hoje sairás com um, amanhã com outro
E todos irão debochar da tua fragilidade

Tu arrebentaste meu coração com o teu adeus
Mas, apesar de amar tanto não te quero mais
Nem que venhas arrependida de joelho pedir perdão
Seremos os infelizes solitários sem amor e felicidade

A vida tem que continuar, portanto meu amor
Digo-te adeus para sempre e te apago da minha vida
Nós dois encontraremos no futuro outros parceiros
Mais nada que se compare ao nosso grande amor

Ao ficarmos bem velhinhos sofreremos remorsos
Tu por quereis morar num mundo encantado
E eu só querendo te entregar o meu coração
Viveremos infelizes à sofrer tristes recordações


quarta-feira, 6 de julho de 2011

Por que se chora mais na velhice?


O choro acomete em qualquer idade e situações, mas na velhice o choro é mais constante e, muitas vezes, não se sabe nem por que se está chorando...Ou sabe, por vezes é sentir que a vida está se exaurindo lentamente, sem muitas perspectivas d'uma vida saudável e produtiva.
Tanto se trabalha, sonha, realiza mil ilusões e, na velhice o doce não tem o mesmo sabor, o amor não tem mais paixão e o medo da morte atormeta e chora...chora de saudades do que antes era belo e o mesmo não atrai mais, chora a juventude que lhe foi roubada pelo tempo, chora entes queridos que se foram, chora o abandono dos filhos, chora a falta de vontade de viver.
Quando se está na ativa quer chegar ao topo do sucesso, nem que para isso tenha que abarroar pessoas bondosas que ficaram atrás tentando sobreviver e, aí chora por que fez pessoas sofrerem e chorarem.
É na velhice que o remorso corrói as amargas lembranças e, chora...chora por não saber perdoar, não perceber a fraqueza humana e judia, mata dentro do seu ser a piedade. E agora? Deve-se descer as escadas do sucesso, as pernas não ajudam e chora...chora na descida ao encontrar a juventude subindo, chora a velhice, chora o abandono, só restando boas ou más recordações para continuar vivendo e, a esperar morte que não tardará a chegar e ,se alguém vai chorar ou sorrir, tudo vai depender o que se fez na vida.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Martírio d'uma saudade!


Que martírio sufocante é morar numa cidade grande
Onde os veículos hoje ocupam os espaços naturais
Pessoas apressadas cada qual com seus problemas
Bom é morar entre amigos, matas, flores e animais

Mas tudo isso ficou apenas nas nossas imaginações
As antigas cidades pequenas rodeadas de palmeiras
Perfumadas flores, poucos carros, charretes,cavalos
Ah! Que martírio de saudade tudo ficou no passado

Se eu pudesse voltar o tempo, seria adolescente 
Como era bom passear nos sítios, tomar leite puro
Das belas e gordas vacas e, depois sair à passear
Tomar banho nas belas cachoeiras, achar mananciais

Infelizmente o que era bom passou muito rapidinho
O relógio disparou o tempo e hoje aqui me encontro
Com muitas saudades do que era lindo e natural
É uma corrida desesperada para nossa sobrevivência