O choro acomete em qualquer idade e situações, mas na velhice o choro é mais constante e, muitas vezes, não se sabe nem por que se está chorando...Ou sabe, por vezes é sentir que a vida está se exaurindo lentamente, sem muitas perspectivas d'uma vida saudável e produtiva.
Tanto se trabalha, sonha, realiza mil ilusões e, na velhice o doce não tem o mesmo sabor, o amor não tem mais paixão e o medo da morte atormeta e chora...chora de saudades do que antes era belo e o mesmo não atrai mais, chora a juventude que lhe foi roubada pelo tempo, chora entes queridos que se foram, chora o abandono dos filhos, chora a falta de vontade de viver.
Quando se está na ativa quer chegar ao topo do sucesso, nem que para isso tenha que abarroar pessoas bondosas que ficaram atrás tentando sobreviver e, aí chora por que fez pessoas sofrerem e chorarem.
É na velhice que o remorso corrói as amargas lembranças e, chora...chora por não saber perdoar, não perceber a fraqueza humana e judia, mata dentro do seu ser a piedade. E agora? Deve-se descer as escadas do sucesso, as pernas não ajudam e chora...chora na descida ao encontrar a juventude subindo, chora a velhice, chora o abandono, só restando boas ou más recordações para continuar vivendo e, a esperar morte que não tardará a chegar e ,se alguém vai chorar ou sorrir, tudo vai depender o que se fez na vida.
Dorli,
ResponderExcluirBelíssima reflexão. Incrível como você soube expressar o que sentimos quando envelhecemos. Anteontem terminei de ler o livro "Envelhecer sem ficar velho", de Jean-Pierre Dubois-Dumée, que ganhei de presente da minha querida amiga Irmã Leonilda Menossi,das Paulinas, que edita a Revista "Família Cristã". Esse livro retrata bem o que você disse. Citando Louís Lochet,autor de Espérance de vie, veja o que escreve Jean-Pierre: "A eterna juventude está aqui definida: 'A única juventude imperecível é a do 'SIM'. É preciso entrar no mundo, cada manhã, pelo consentimento à vida... Dizer 'sim' para a vida, tal como ela é, dizer sim aos outros tais como são, sim à criação inteira. É entrar novamente no mundo a cada manhã, é renascer, é comungar o 'sim' criador, enfim, é ser jovem da eterna juventude de Deus'. Se receais estar de mãos vazias ao término da caminhada, lembrai-vos da seguinte observação de Catherine Paysan: 'Envelhecemos. Percebemos que a única coisa que enche as nossas mãos nunca é o que temos tomado, mas o que temos dado'."
Abraços,
OK
oi amiga arrancou de dentro de todos os coraçoes amadurecidos os sentimentos da terceira idade medo preocupaçao .......... abracos
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