domingo, 11 de novembro de 2012

Entrando no mundo das ilusões




Estou cansada da atribulação desse mundo, onde a dificuldade de viver é intensa. O ódio está matando as pessoas de bem. Eu não quero saber de mais nada. Peguei apenas meu guarda-sol e em meio as folhas amareladas do outono, caminho rumo ao mundo das ilusões. Entrei. Fui recebida pelos pássaros alegres e coloridos, os animaizinhos fizeram um arco entorno de mim, desejando-me boas vindas. As flores naturais estavam orvalhadas e por cada flor que passava entregava-me uma gota de orvalho colorido.
Nesse lugar não tem sofrimento, as pessoas se amam, se casam e tem filhos com naturalidade; não existe médico, dentistas e nenhum outro profissional, pois, tudo que precisamos é só pensar. As pessoas são todas lindas e não havia ciúmes e nem traição. Era um paraíso.


Estou no  paraíso das lindas fadinhas que me saudaram, dando boas vindas. Mas eu não queria ficar ali, pois só eram fadinhas mirins e estava com muita pressa de encontrar um grande amor, então, adentrei a uma floresta.


Comecei a caminhar suavemente por uma estradinha que era cercada de lindas flores coloridas e, me encantei com o verde das matas que tomavam conta de todo o espaço por onde passava. De repente, meu coração acelerou, senti minhas pernas bambas e o coração estava descompassado. De repente...
Meu amor me beijou.


Nesse paraíso cada mulher tinha seu homem para amar e eu procurei viver intensamente por muito tempo, esse paraíso cheio de ilusões, onde não se sentia fome nem sede. Os frutos das árvores eram apenas para embelezar as árvores. O tempo passou... muito tempo, pois cansados fomos dormir na nossa linda casa nesse paraíso.


Enquanto dormíamos nossa varanda florida sorria a nossa espera. Acordei.

Lembranças sutis


Este é meu garoto Cristovam
Tinha 1 ano e 7 meses

No dia das mães cantou para mim:

Jacalé foi a fela
Num tinha u qui compá
Compou uma cadêla
Pa mamãe si sentá
A mamãe si sentô
A cadêla esbulachou
Cutadinha da mamãe
Foi palá no coledô

Cris

Já estava no maternal particular
durante quatro horas diárias
E não parou de estudar até hoje

Eu amo você meu filho
Lua Singular

A ternura do amor






O amor é lindo
Apaixonante e verdadeiro
Pois é a vontade de ficar juntos
Trocar beijos e juras de amor

É aquele amor moleque
Com um olhar melindroso
O olhar que pede um beijo
Que sai sem esperar

Esse amor é uma fortaleza
Nasceu no encanto da pureza
Dos abraços e nos beijos suáveis
Da vontade louca de ficar juntos

O beijo ruboriza o rosto suado
A paixão começa querer aflorar
E tendo a firmeza da ternura do amor
É concretizado com um belo enlace

Dorli Silva Ramos

sábado, 10 de novembro de 2012

Cabelos brancos



Passo minha mão em seus cabelos
E penso:
Minha amada quantos anos...
Sua formosura me deixava louco
Arrebentávamos grandes paixões
Os filhos vieram, cresceram
E se foram
Hoje de mãos dadas passeamos
pela praça perto da Matriz
Seu sorriso de felicidade me conforta
Nosso amor hoje é sereno
Na sala bem pertinhos
Sorrimos das nossas loucuras
Nossos beijos intermináveis
Nossa paixão na lagoa
Hoje, nós dois falamos
Foi uma vida cheia de emoções
Hoje a paixão se aquietou
Sobrou o carinho recíproco
Agora somos duas crianças
A recordar e viver

Dorli Silva Ramos