segunda-feira, 20 de maio de 2013

A sombra




Não sei o que acontece comigo
Pois sempre sinto uma sombra atrás de mim
Não tenho medo viro-me e ela desaparece
Será que é de alguém que muito amei?

Ou de alguém querendo pedir perdão?
Não diz nada, isso me aborrece
 Faço uma prece, ela desaparece
Mas sempre volta a me atormentar

Foi muito pior há alguns anos
As janelas balançavam, a cama tremia
Levantava pensando ser uma ventania
 Abria a janela e nem as folhas das árvores
balançavam e a sombra aparecia

 Fazia algum tempo que não ela aparecia
Hoje ao lavar as louças, eram duas sombras
Fiquei com medo, me virei elas desapareceram
Até quando vou aguentar esse tormento?

Dorli Siva Ramos
( Não é ficção)


Aviso. Essa postagem fui reeditá-la e baguncei tudo, a perdi tive que fazer outra. Há muitos anos uma pessoa por mim querida  morreu e me traiu muito, não conseguia perdoar. Como o tormento era diário, perdoei e nunca mais tive essas visões. Tá tudo em paz agora, mas tenho premunições quando alguma coisa vai acontecer, isso vem de família...
Dorli

domingo, 19 de maio de 2013

Despedida ao pôr do sol



Com tristeza nos despedimos no pôr do sol
Há longos quarenta anos estou aqui
Esperando sempre um dia a tua volta
Mas, infelizmente tu não mais voltaste

Se um dia sentires saudades de mim
Saibas que estarei sempre no mesmo lugar
Na mesma praia, o mesmo pôr do sol
Conversando com as estrelas e a lua chorosa

Não tenho mais o mesmo vigor de outrora
Mas meu coração não esqueceu o amor
Os dias que passeamos na praia com a brisa
Enxugava meu rosto com teus beijos

Nosso lindo ninho de amor ainda te espera
 Reconhecerás a mesma colcha de areia
Embriagaremos de desejos e amor
Só acordando com os raios do alvorecer

 


Dorli Silva Ramos

sábado, 18 de maio de 2013

Minha linda musa



Oh! Júlia, minha musa poética
Vejo-a entrar no mar semi-nua, linda
Teus cabelos longos descem teu corpo
Uma onda quebra, fico a pensar
  
Meu corpo ferve de desejos insanos
Entro vagarosamente no mar...
Júlia se assusta e cai nas geladas águas
Amparo-a com as mãos quentes

Quando vejo os teus olhos azuis
 Coloridos tal as águas do mar revolto
Não resisto a uma doida paixão
Meus lábios bebem os teus alucinados

Júlia olha meus olhos verdes e sorri
Desliza as mãos no meu corpo com sutileza
Envolve teu corpo nu no meu ansioso
Nos amamos até saciarmos nossos desejos


Dorli Silva Ramos

sexta-feira, 17 de maio de 2013

E a vida passa ( reedição )




Mulher jovem é linda com o rebolado de cigana
Sua roupa vermelha tal qual suas paixões
E nesse vaivém sufoca corações ardentes
A tê-la pelo o menos uma única vez

Seu olhar é penetrante que seduz quem a vê
Joga um sorriso malicioso e recomeça o rebolado
Seu olhar não é único e sim para todos os olhares
Um olhar sedutor de quem vive só de paixões

Ninguém consegue fazer vibrar seu coração
Parece que o tempo para o seu relógio
Sua sensualidade enlouquece mil corações
Maltrata, ri, esnoba e "mata" muitos homens

E a vida passa...ela envelhece, sua pele seca
Não tem mais a maciez das pétalas de rosas
O tempo a faz chorar o tempo de glamour
E também chora o seu tempo de desencanto


Dorli da Silva Ramos