domingo, 14 de setembro de 2014

Estou só...



Já é noite, as janelas batem
O vento me convida 
Pra sair
Nessa triste escuridão
Estou só, dentro
Do meu eu
O sol se apieda
De mim
A saudade me ronda
Quero chorar
Não posso fraquejar
Tenho uma vida inteira
Pra viver
Amanhã voltarei aqui
Quero ver estrelas brilhando
Refletindo no mar
A sua imagem
Amor
Quero que me espere no céu.
Quantas saudades
De você
Amor


sábado, 13 de setembro de 2014

Primavera tristonha ( Prosa)




Nessa cadeira de vime você sorria as flores
Hoje, eu só apareço aqui na primavera
Dói sentir a sua ausência na minha vida 
Só  flores vêm aqui encantar essa solidão
Chego, sento no vime, sinto ainda seu perfume
Meu coração acelera de saudades de você; mãe
Tudo é igual, as flores coloridas estão molhadas
Tal lágrimas e juntando com as minhas; esmoreço
 Mãe, por que me abandonaste? Era tão linda!
Papai não aguentou a sua falta e foi com você
 Aqui sozinho, jovem, amargo essa triste solidão
Da uma vontade desesperada de sumir desse lugar
Mas, por onde eu for esse lugar irá comigo
Permeando minha dor que machuca o meu ser
Mas, não vou abandonar o vosso cantinho
Aqui, logo seus netos virão fazer-lhe companhia


sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Caminhoneiro - miniconto


paloma bernardi ensaio 


Caminhando no calor dentro desse caminhão pelas estradas do Brasil, o que me conforta, ao chegar em casa é poder acariciar seus lindos olhos verdes e saciar sua boca num gostoso beijo, pegá-la no colo e sussurrar nos seus ouvidos: eu a amo, quantas saudades senti de você, amor.


quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Mês da primavera! ( Crônica )


صور تتكلم وكلمات ترسم

Depois de um seco inverno que tivemos, está chegando a primavera: onde está a beleza das flores naturais dos campos e as inúmeras árvores coloridas com seus perfumes inebriantes? Pelo ao menos na região onde moro o colorido dos campos é só o verde meio amarelado da cana de açúcar pela falta de chuvas e, nem ela está resistindo; algumas árvores meio secas seguram com dificuldades algumas flores que persistem em nos encantar. Os ipês ainda se veem, menos sorridentes com muita sede. Empobreceram a terra, agora temos que aguentar as mudanças climáticas. O único rio que passa por perto daqui está secando e, com certeza, na estiagem forma  charcos, que irão fomentar doenças, falta de empregos, acarretando gastos extras para as municipalidades.
Por onde se passa as flores são um enorme canavial que não tem fim e, saber que a primavera aqui era tão linda, muitos tinham seu pedaço de chão para plantar alimentos e por onde se passava as flores nos sorriam. Agora emudeceram, é sofrível.
As belas flores temos que comprar num alto custo, pois são as cultivadas e elas abastecem as floriculturas que com sacrifícios têm que buscá-las fora da cidade. Flores que estarão mortas em poucos dias. É lindo rolar na grama sentir os aromas das flores de todos os tipos e cores. Eu rolei, mas hoje isso é impossível, mesmo que arrancasse toda a cana, nessas terras não nasceria nenhuma flor, pois o solo está muito empobrecido e não há como adubar uma imensidão de terra. Deixemos então a cana que não sabemos por quanto tempo irá aguentar.
O que vemos hoje são os canaviais entristecidos, com sede e, não da mais para ouvirmos o gorjeio dos pássaros nas árvores e nem sentirmos os aromas das maravilhosas flores perfumadas. Nossos olhos não veem mais o brilho das antigas primaveras gentis.
Nunca gostei de ganhar flores, pois logo estariam mortas e não quero ser mais uma assassina do que deveria ser natural.




terça-feira, 9 de setembro de 2014

"Saudade"



São tantas as saudades, mas tem aquela que é única. Temos que fazer um retrospecto no nosso passado para poder saber qual foi aquele momento único e especial que marcou nossas vidas.
O primeiro amor regado com carinhos, numa praia deserta à noite, onde as estrelas escondiam suas claridades, para não deixar a lua ficar enciumada ao ver a felicidade de um jovem casal brincando na areia, rolando até as ondas, onde os sorrisos são contagiantes e os beijos molhados de paixão.
Esse momento é único, cada um tem o seu; guardado num cantinho do cérebro, querendo permear a lembrança que não tem fim.
Essa é a saudade gostosa...