terça-feira, 16 de setembro de 2014

MORTE: O ressurgir de uma nova vida


Vocês nem imaginam o meu sofrimento nessa cama de hospital, as dores são terríveis, colocam e tiram aparelhos várias vezes, não conseguem pegar minhas veias, estão estouradas, mas eu sinto e vejo tudo mesmo com os olhos fechados.
De repente olhei o soro, o sangue subia, as janelas batiam e eu levantei: olhei-me no espelho, linda como os anjos. Entrei num atalho, meu vestido branco reluzia e caminhei só, por muito tempo numa estrada linda, cheia de árvores e um tapete de folhas.
Fiquei temerosa nessa solidão, mas de repente vi tantas pessoas semelhantes a mim e ao chegar perto delas não consegui falar, mas sorria e recebia sorrisos. Uma paz indescritível nesse lugar.
Não sei quanto tempo ali passei, sem medo, sem chuva, nem raios e trovões. Tudo era muito calmo, até que alguém me pegou pela mão e disse-me: chegou sua hora de renascer. Voltei vagarosamente pelo mesmo caminho e quanto mais andava mais jovem ficava, virei criança e depois um lindo bebê. Senti duas mãos carinhosas pegando-me no colo.
Já cumpri uma etapa de purificação e agora? Tudo vai depender do meu modo de viver.



segunda-feira, 15 de setembro de 2014

A sombra do arco-íris


Participando da 
Semana colorida do blog da Anne
(sombras)




Balançando pra lá e pra cá
Vejo toda sombra do balançar
Mas eu queria ver a bruxinha
Voando alto sem cair do ar

 

Mas como sou pequenininha
Animais não vão me maltratar
Mas quero ver sem apertar
 Sombras dos bichinhos da mata


Mas já rodei o mundo inteiro
Ninguém soube me explicar
Porque não podemos alcançar
A sombra do arco-íris lindo?


Talvez pelos meus braços curtos?
A sua sombra está do outro lado?
Mas eu não consigo alcançá-la
Fico então com o meu cãozinho




domingo, 14 de setembro de 2014

Estou só...



Já é noite, as janelas batem
O vento me convida 
Pra sair
Nessa triste escuridão
Estou só, dentro
Do meu eu
O sol se apieda
De mim
A saudade me ronda
Quero chorar
Não posso fraquejar
Tenho uma vida inteira
Pra viver
Amanhã voltarei aqui
Quero ver estrelas brilhando
Refletindo no mar
A sua imagem
Amor
Quero que me espere no céu.
Quantas saudades
De você
Amor


sábado, 13 de setembro de 2014

Primavera tristonha ( Prosa)




Nessa cadeira de vime você sorria as flores
Hoje, eu só apareço aqui na primavera
Dói sentir a sua ausência na minha vida 
Só  flores vêm aqui encantar essa solidão
Chego, sento no vime, sinto ainda seu perfume
Meu coração acelera de saudades de você; mãe
Tudo é igual, as flores coloridas estão molhadas
Tal lágrimas e juntando com as minhas; esmoreço
 Mãe, por que me abandonaste? Era tão linda!
Papai não aguentou a sua falta e foi com você
 Aqui sozinho, jovem, amargo essa triste solidão
Da uma vontade desesperada de sumir desse lugar
Mas, por onde eu for esse lugar irá comigo
Permeando minha dor que machuca o meu ser
Mas, não vou abandonar o vosso cantinho
Aqui, logo seus netos virão fazer-lhe companhia


sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Caminhoneiro - miniconto


paloma bernardi ensaio 


Caminhando no calor dentro desse caminhão pelas estradas do Brasil, o que me conforta, ao chegar em casa é poder acariciar seus lindos olhos verdes e saciar sua boca num gostoso beijo, pegá-la no colo e sussurrar nos seus ouvidos: eu a amo, quantas saudades senti de você, amor.