sábado, 4 de outubro de 2014

Meu amigo vento



Meu suave amigo vento
Não te vejo, mas sinto teu frescor
Às vezes, vem me lembrar um amor
Outras vezes, me oferecer alento

Ora estás cansado vens em brisas
Suavizar meu calor adentro
Ora triste como furacão raivoso
Passas bem longe e me cativas 

Um dia tu não apareceste, chorei
Veio por trás de mim, aí sorri
Então falei, tu me abandonaste
Não, achei o amor que perdeste

Deslumbrei quando o vi ao vento
Abraçou-me e o beijo nos uniu
Ó vento! Tu o trouxeste, ele me floriu
A ti amigo sempre haverás acalento



sexta-feira, 3 de outubro de 2014

E o tempo não para-miniconto




Tudo na vida tem um princípio um meio e um fim, o tempo urge a hora não espera, a vida é curta, tracemos, então, com inteligência um caminho cheio de expectativas com a ajuda de quem mais nos ama: nossos pais.
Quando somos crianças eles fazem tudo por nós e pouco à pouco vamos nos desgarrando deles, pois temos vontade própria para escolher viver bem ou se perder na vida. Se escolhermos viver bem, temos que vencer os muitos obstáculos que encontraremos pelo caminho, sermos fortes, destemidos e não nos deixarmos influenciar pelos falsos amigos que já escorregaram pelo vício das drogas. Não será fácil, mas temos que provar a nós mesmo que somos capazes e tentarmos ser os melhores.
Mas, como ser os melhores? Nos dedicando com afinco aos estudos, aos sonhos e aos grandes ideais, não se vive só de sonhos, temos que fazer com que eles aconteçam e, acontecerão se corrermos atrás do lucro.
E quanto ao amor escolher a pessoa certa, que se unem aos ideais comuns, o amor chegando gritante, pois a vida passa rapidinho e sem percebermos já vivemos muito, restando-nos boas ou más recordações.


quinta-feira, 2 de outubro de 2014

As furiosas ondas-miniconto





As furiosas ondas levou a metade do meu coração onde o oceano engoliu; aqui estou todas as tardes antes do pôr do sol para sentir o seu cheiro, que uma brisa má e delével vem me sufocar de saudades. Choro, choro amiúde a nostalgia que ficou impregnada no meu ser e, a cada dia que passa, destrói pouco a pouco a vontade de viver.
Ouço as ondas chorosas batendo meus pés, se quebrando na praia em partículas e, jogando respingos gelados no meu rosto paralisado. Passo as mãos nele para enxugar as lágrimas misturadas com o choro das ondas do mar.
Sem nada poder fazer jogo minha coroa de flores como prova do meu amor. Seu corpo nunca encontrado, então, deve estar coroado com o meu amor.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

O voto cabresto( reedição)



Desde o começo da nossa história a grande propriedade rural - o latifundiário - dominou a política nordestina. O latifundiário, chamado de "coronel", mandava e desmandava dentro de suas terras e também nas cidades próximas. As câmaras Municipais, onde se reuniam os vereadores da cidade eram formadas por "homens bons", ou seja, os proprietários de terras. Os prefeitos sempre foram os latifundiários ou seus familiares. Os governadores sempre foram escolhidos entre a elite dos "coronéis".
Na zona da Mata, os grandes proprietários são usineiros, ligados à economia canavieira. No sertão, os latifundiários são os donos de fazendas de gado e de algodão. Em muitos estados do Nordeste esses dois grupos revezaram-se por muito tempo no poder. Entre essas elites, a do litoral e a do interior, sempre ocorreram conflitos, brigas e disputas políticas para decidir quem mandaria no estado..
Ainda hoje existe essa disputa. Nos municípios do interior, normalmente, duas ou três famílias de grandes latifundiários concorrem às eleições para a prefeitura. Quando chega a hora das eleições para governador cada uma dessa famílias apoia um candidato ao governo de estado.Nas eleições os "coronéis" garantem votos para os seus candidatos preferido usando o velho sistema do voto de cabresto.
O que é isso?
O voto de cabresto é o controle dos votos da população pobre de uma área pelo "coronel" do lugar. O "coronel" organiza o transporte dos eleitores, em caminhões. Eles recebem comida e sacos de arroz e feijão para levarem para casa; às vezes ganham também roupas e sapatos. Quando entram na fila do voto recebem mais um "presente": uma cédula de voto já preenchida, com a cruzinha no quadradinho correspondente ao candidato do "coronel". Assim só precisam pôr a cédula na urna e assinar a lista de votação. Pronto: foi trocado um voto por um punhado de comida e algumas roupas! Isso é proibido pela legislação, mas ainda ocorre em localidades do interior.
 O voto de cabresto faz uma mágica: transforma o poder econômico em poder político. Com ele, os donos da terra continuam sempre os donos do governo.
FONTE: A nova Geografia, escrita por Demétrio Magnoli e Reinaldo Scalzaretto.
Editora Moderna Ltda. 1996.
Hoje se quiserem saber se da para obter voto cabresto nas urnas eletrônicas entre: