quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Poesia sem nome: ANJO



Num lago gelado piso
Meu pé está disperso
Caminho sempre a esmo
Está anoitecendo...

Meu coração aquece(...)
Ouço barulho sem medo
Não sinto nada, nem frio
Das plantas sinto o perfume

Não tenho moradia, nem luxo
Gosto de sentir meus pés soltos
Uso roupas compridas e leves
Meu sorriso é para as espécies

Às vezes sinto-me leve como pluma
Outras vezes dói a minha coluna
Quem sou eu? Quero voltar ao ninho
É longe e ao mesmo tempo muito perto

# Qual o título da poesia? #

Lua Singular

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Inveja, doença incurável


belles amérindiennes

Considero a inveja uma doença incurável, a qual os cientistas precisam com uma certa urgência criar um antídoto, pois esse veneno voa disseminando para a humanidade, dia após dia matando muitas pessoas, ou seja os invejados.
Outrossim, admirar alguém pelas suas boas qualidades e inteligência prodigiosa, quando levado pelo lado da inveja é como fazer morada no coração uma cobra peçonhenta que atira seu veneno contra essa pessoa e ainda guarda um pouquinho para beber do seu próprio veneno.
Seria melhor que esse veneno após lançado contra outrem a matasse no ato. Mas, não é assim, é pior, pois ele vai matando dia após dia um pouco das células, podendo chegar a óbito se não procurar ajuda urgente: um médico, um amigo de verdade ou alguma entidade do bem.
São mais invejadas as pessoas que conseguem acumular para si mesma várias qualidades: bondade, beleza, inteligência e discernimento.
Os invejosos conseguem carregar consigo uma enorme leva e puxa-sacos incompetentes que, infelizmente foram para o lado do mal. Seu fim será o mesmo que do chefe em comunhão com os seus parasitas. Seria menosprezar a inteligência da maioria dos homens não saber disso.
Existem aqueles que ficam numa corda bamba, uma ora pendem para um lado, ora para o outro e para mim esses são piores, pois tentam agradar a Deus e ao Diabo simultaneamente, o qual é impossível, pois inexiste pessoas tão desprovidas de inteligência que não se apercebe disso.
Enfim, aos invejosos que se esforcem para tentar se igualar aos seus ídolos, invejá-los é se afundar dia após dia num poço sem fim, daí será tarde demais...

Lua Singular

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Minha terra



Minha terra é tão tranquila
Que a tarde todos dormem
A janela fica bem aberta
Que até as moscas somem

Aqui inexiste o semáforo
Pra moça bonita dão lugar
O motorista é bem educado
Para, espera o idoso passar

À tarde passeio na cidade
Eu não preciso usar carro
No calor eu tomo sorvete
Depois banho espumante

À noite vou ver as estrelas
Beijar meu lindo namorado
Enciumar as nuvens belas
Sorrio a lua com leve aceno 

           Lua Singular

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Paixão proibida


                   он и она

Dois corpos com uma só alma
Que a vida veio brindar
Um amor arrebatador
Louco, mas a morte a ronda

O amor do homem levou
O ciúmes, na sua inconstante
Mente insana nela atirou
Vindo sorrir a morte

Loucuras...Não façam
Só Deus pode nos findar
O ciúme faz do diabo sua arma

Quantos sonhos perdidos
Numa paixão de amor
De amores proibidos

Lua Singular

sábado, 7 de fevereiro de 2015

O amor é tal...



O amor é tal gota de orvalho
Que se equilibra para não cair
O orvalho aparece no inverno
O amor permanece sem trair

Adoro beber gotas de orvalho
Assim como beijar teus lábios
As gotas são bem geladinhas
Quentes são os teus beijos

Não vivo feliz longe do amor
A gota que sofre dependurada
Se cair o chão a bebe toda

Amor e gota de orvalho é a fusão
De amor e querência de prazer
Um beijo da gota é só emoção

Lua Singular

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Conto: Ausência



A ausência é a amiga da solidão que nos machuca por dentro, mas que muitas vezes poderia nos alegrar, pois o fardo do desprezo é tão grande que não é admissível uma pessoa matar sua alma antes do seu corpo falecer.Assim aconteceu com Laura, jovem saudável, linda que tinha um lindo namorado que não cansava de dizer-lhe que a amava.
Por ironia do destino estavam voltando de carro d'um baile, onde derrapou numa poça d'água e o carro capotou duas vezes. Os bombeiros chegaram, retiraram primeiro Alberto, o namorado, meio embriagado com algumas escoriações; depois acharam Laura no meio das ferragens: estava horrível e quando Alberto a viu sem o um pé: vomitou; ela estava desacordada.
Laura foi levada ao hospital e Alberto ia sempre visitá-la.Depois de alguns meses ela voltou para casa. Nesse mesmo dia pediu a sua mãe um jantarzinho só para ela e Alberto, mandou avisá-lo, seria às dezenove horas e tudo combinado. Mesmo sem um pé, que posteriormente colocaria uma prótese estava feliz por estar viva junto com a família  e do seu amor.
Olhou o relógio, seu coração acelerou de felicidade, mas ela durou pouco: as horas foram passando e nada de Alberto. Chorou copiosamente abraçada a seus pais.
O tempo passou ela se recuperou, cada dia mais linda, já caminhava só sem nenhuma dificuldade, pegou uma flor e pensativa caminhava tranquilamente num lugar paradisíaco e qual não foi seu susto quando viu Alberto chegar cautelosamente ao seu encontro e cabisbaixo e lhe pediu perdão, beijou seus lábios gelados pelo vento.
Quando Alberto foi abraçá-la ela o afastou dizendo: eu não o amo mais, sábado é meu grande dia: o dia do meu casamento com um homem maravilhoso que o amo e que há tempo me declarou seu amor sem olhar para os meus pés. Se quiser ver uma noiva feliz está convidado para o meu enlace.
Alberto envergonhado nada disse e partiu...
Um amor morre e outro recomeça com muito mais intensidade.

Lua Singular

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Conto: amo nos meus sonhos



Meu nome é Carla, fui casada havia dois anos, um louco amor cheio de anseios e lindos sonhos para o futuro. Mas o destino não quis.
Na saída d'um restaurante perto de casa, dois ladrões nos abordaram e pegaram todos os nossos pertences e, não satisfeitos, um deles disse: hoje você não vai dormir com sua linda mulher. Atirou sem piedade, abracei-o todo ensanguentado até o levarem ao hospital. Não houve jeito, chegou a óbito.
O tempo passou e eu era uma mulher feliz, sorridente e alegre e ouvia os mexericos dos vizinhos: que mulher assanhada, logo terá outro marido. A felicidade era tanto que nem ligava pelo o que os outros falavam.
Por quê? Vocês me perguntam. É que todas as noites meu falecido marido vem me visitar em casa, saíamos à passear, vamos ao cinema e teatro e como gesticulava muito, sozinha, foram conversar com os meus pais.
Antes de me casar fomos ao médico e ele nos disse se eu quisesse ter filho teria que fazer uma inseminação e como não queríamos filhos no começo do casamento, ele foi ao hospital colheu o sêmen que foi congelado.
Meus pais começaram a me visitar sempre de tardezinha, faziam perguntas até que contei a verdade. Claro, pensaram que estava louca, foi quando todos ouvimos passos nas folhas secas do jardim. Era outono. Eu levantei-me toda feliz e fui me encontrar com o marido, só eu falava. O que viram tiraram a conclusão que sua filha estaria louca.
Levaram-me ao médico e nada constataram, pois era uma jovem alegre e saudável...Passado alguns dias eu fui ao médico para fazer a inseminação artificial e foi um sucesso. Estava grávida de gêmeos.
Foi um auê na cidade uma viúva estava grávida de gêmeos e até explicarem como foi levou um tempão.
O dia do parto chegou, foi feita uma cesariana e eu tive um casal, duas lindas crianças que vieram enfeitar minha vida e matar minha solidão.
Quando chegaram em casa, por dias esperei meu marido, nunca mais voltou, pois ele encontrou o seu lugar, mas deixou comigo dois pedacinhos lindos do seu amor.


Lua Singular



quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Eu me permito...


 dreams come true

Eu me permito soprar meu brilho ao sol para que ele aqueça meus bons sentimentos e nessa fusão de amor tomar chuva num campo florido em companhia da natureza, rodopiar de felicidade na relva para que o arco-íris apareça e eu possa me deslumbrar com sua beleza.
Eu me permito tomar banho na cachoeira semi-nua, sentir as borbulhas d'águas brilharem meu corpo e nesse instante sentir as maravilhas da relva, pegar um sapinho na mão, sentir as grossas gotas d'águas baterem meu corpo gelado e, já com frio subir a margem do rio e escorregar várias vezes e, sorrir muito.
Já na relva molhada com o sol e a chuva aquecendo meu corpo e, tamanha era minha felicidade que rolei na relva até parar num arbusto. Olhei para cima vi algo inusitado: uma rosa vermelha e num pequeno galho um lindo beija-flor cantando para mim, não aguentei: chorei. Estendi a mão, o beija flor pousou na minha mão e beijou meus lábios e, nesse instante ele virou um lindo jovem que me abraçou e continuamos de mãos dadas a vislumbrar toda a natureza que hoje não existe mais.
Eu me permito sonhar...

Lua Singular