sábado, 23 de agosto de 2014

A bondade e a maldade




É muito difícil ganhar uma guerra, principalmente se ela for psicológica e a sua maior estratégia para se sair vitorioso é: faça que ignore, que não liga e não responda. O silêncio destrói qualquer um. Têm pessoas que estão numa situação de desacordo e, só fraqueja aquele que grita, fala, xinga, pois seu silêncio é pior que um palavrão.
Uma pessoa sábia sabe a hora certa de jogar na mesa suas cartas vitoriosas, daí não haverá perdão e consegue adoentar pessoas que lhe fizeram muito mal. A paciência anda de mãos dadas com a verdade e o perdão não são todas as pessoas que conseguem doar e, quem somos nós para julgarmos se não estamos na pele do insultado e pisoteado no que tem de mais precioso: seu brio.
Portanto, cuidado com o que fale, pois uma palavra maldosa dita fora de hora, será seu castigo para o resto dos seus dias. Pense antes de falar...




sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Delicadezas De Deus




Deus teve um sonho maravilhoso: fazer um mundo perfeito com os mares, oceanos, lagoas, florestas, flores, frutos, a lua para termos o dia e a noite, o lindo alvorecer, o sol para aquecer a terra e o espetáculo do pôr do sol. Não esqueceu de nada, nem do minúsculo animal até o maior deles. A chuva que molha a terra, onde o grão germina, dentre tantas coisas, parece que vejo o lírio nascer no brejo, branco como a alma do Senhor. Fez ainda todos os planetas, as galáxias, enfim tudo esplêndido.
Por que tantas maravilhas feitas se só os animais iriam aproveitar? Então, resolveu criar Adão a sua imagem e, vendo que ficaria sozinho fez  Eva, sua mulher para viverem eternamente felizes no paraíso. Deus os testou com o fruto proibido e eles com a promessa da serpente em serem melhores do que Deus, comeram do único fruto que Ele havia proibido. Foram expulsos do Jardim do Éden vindo a viver com seus próprios trabalhos, eles esqueceram de todas as delicadezas de Deus e pagaram com muito trabalho, tristezas, doenças e pela desobediência a Deus e todos os seus descendentes ao invés de só alegria, receberam como herança, a morte do corpo. O mundo está aí para vermos a catástrofe da humanidade.
Daí em diante, o desamor tomou conta da humanidade e já naquela época estava pior que os tempos de hoje e Deus irado com a Sua Criação resolveu acabar com o Mundo em água, num dilúvio, mas antes salvou numa enorme Arca: Noé, sua família e um casal de cada animal. E o dilúvio aconteceu, já não adiantava mais clemência, pois tudo foi feito para o arrependimento dos pecados cometidos e, zombaram de Noé.
Deus se arrependeu de ter acabado com o Mundo com aquela tragédia, agora Ele irá resgatar seus filhos bons para subirem com Ele aos Céus e os outros voltarão a ser o pó da terra.
O Mundo está aí para vermos as terríveis catástrofes advindas da ganância de Adão e Eva e, parece que a humanidade não aprendeu e continua assim com o desamor...
Deus nos proporcionou tantas delicadezas e a maioria das pessoas não acredita Nele e a cada dia que passa o homem, ao invés de agradecer a Deus pela vida, já levanta esbravejando que tem que trabalhar como um burro para sustentar a família, deixa de olhar os seus filhos que Deus o premiou com saúde e inteligência. Ele não quer saber: fala mal da política, do desemprego e muitos empecilhos que não o deixa prosperar e ter uma vida digna. Esquecem tais pessoas que temos que nos melhorar por dentro, pois cada um irá ter sua sabatina no fim do mundo. E aí? Será que seremos aprovados para termos uma vida prometida por Deus ou viraremos pó?
Deus é tão maravilhoso, nos deu tantas delicadezas e muitos esquecem de agradecê-Lo pelas suas vidas.

Minha participação na comemoração dos 5 anos do blog da Rosélia


quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Buscando uma razão para viver




Cá estou numa tristeza inconsolável, pois minha vida deu uma virada de noventa graus. Tinha marido e dois filhos e todos se foram num acidente de carro. Eu estava em casa, enquanto meu marido foi passear com os garotos no Safári e na volta, o acidente, nada sobrou na minha vida só a desolação de me ver só sem vontade de viver.
Sei que sou jovem, mas mal tinha começado minha vida e tudo me foi tirado e, às vezes, me pergunto: por que não os acompanhei no passeio de ida? Lá onde estão é bem melhor do que aqui, eram anjos de bondade e, com certeza estão num bom lugar. E eu? fiquei com esse nó na garganta, uma saudade que não tem fim, quero só dormir e beber água.
Numa noite dessas, muito fraca adormeci durante o dia e sonhei com meu marido e, ele dizia: meu amor, você não pode viver aqui, tem muitas coisas a fazer aí na Terra. Levanta coma alguma coisa e viva, nós estamos bem nesse paraíso e as crianças não lembram de nada. Acordei assustada, quase caí da cama de fraqueza e medo.
Fui até a cozinha com as mãos trêmulas de fome comi uma fruta e, paulatinamente fui melhorando até que minhas pernas se firmaram no chão. Se não fosse o sonho eu iria morrer, ou seja, me suicidar e nunca mais iria encontrar minha família.
O tempo passou, cinco anos. Estava eu numa lanchonete comendo um lanche numa mesa, só, e ouvi alguém dizer: posso me sentar aqui, não tem mais lugar, abanei a cabeça que sim.
Sempre fui uma mulher bonita, mas agora estava sem brilho, com muito desleixo e sempre meus olhos lacrimejavam.
O rapaz sentou na minha mesa e disse-me que gostaria de me ver no outro dia, ele queria tirar essa tristeza que abatia meu rosto ainda belo e jovem; dei-lhe um sorriso amarelo e disse sim.
Chegando à noite, apesar de estar viúva havia cinco anos, não esquecia aquele fatídico dia, cansada do trabalho, banhei-me e fui dormir.
Queria sonhar com meu marido e nada, ele já havia encontrado um lugar maravilhoso para abrigar nossos filhos e eu precisava viver, foi aí que olhando-me meu reflexo no espelho me vi ainda bela e sorri.
No outro dia, depois do trabalho parei na lanchonete e ali já se encontrava o jovem a minha espera, levantou-se e, como um cavalheiro puxou a cadeira para eu sentar e ficou encantado com o brilho do meu olhar.
Nos apresentamos: Lucas e eu Clara. Saímos à noite para assistirmos um concerto musical não muito longe da minha casa,
Chegando em casa, beijou meus lábios e senti que ainda tinha vida para continuar e conquistar um outro amor. Nos casamos em seis meses.
Sou uma mulher agora feliz, tenho uma menina, mas nada me faz esquecer a outra família que foi morar n'outro plano.


quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Desistir dos sonhos


Taciturno a passos lentos
Desisti dos meus lindos sonhos
Hoje amargo, rasgo a vida
N'uma triste tarde sossegada

Onde deixei os meus sonhos?
Que hoje só vejo migalhas 
Apodrecidas nos bueiros fétidos
Infestando a vida sem batalhas?

Esnobei a vida, e o que me resta
É meu ódio, o medo e a raiva
Pois tudo na vida tive, "as pencas"
Hoje, só vidas estraçalhadas

Cansei de andar a esmo tristonho
Sentei meu velho corpo num banco
Ouvi meu eu: siga, não desista
À cada dor d'alma existe uma saída


terça-feira, 19 de agosto de 2014

CRÔNICA: O casamento do Nhonhô ( verídica )




Eu era muito criança, morava em Minas Gerais, numa cidadezinha do interior, num bairro muito pobre. Todo mundo conhecia Nhonhô, que não gostava de pegar no "batente", vivia pelos bares tocando violão. Não bebia e nem fumava, pelo ao menos isso de bom. Morava na casa da sua tia avó num casebre de dar dó e muito descuidado, pois ela tinha que batalhar na roça para dar de comer a Nhonhô, o seu sobrinho vagabundo mais com grandes qualidades artísticas( nunca foi atrás).
Nhonhô começa a receber na sua casa, enquanto a tia estava na roça uma jovem gorda, não era feia e nem bonita e, não demorou muito tempo a jovem engravidou. Foi marcado o casamento, sua tia coitada, pobre fez um bolinho e comprou uns docinhos e fez limonada , era a festa do casamento, que só os vizinhos iriam, a madrinha deu um vestido de noiva e o dia chegou.
Como de costume, a noiva chegou primeiro, ela estava até bonita de noiva, a praça da igreja lotada para o casamento do Nhonhô, ele era muito querido na cidade.
Esperou...Esperou e nada de aparecer. A noiva chorosa e os convidados foram para casa e os poucos quitutes acabaram. Ela muito triste saiu vestida de noiva por uma pista perto da cidade, nisso passou um jipe da cidade, pegou-a e trouxe para casa e lhe disse: não se preocupe, nós encontraremos o seu noivo.
O pai da noiva tinha uma espingarda que lustrava todos os dias. De repente Nhonhô apareceu na cidade com a maior cara de pau; o pai da noiva ficou sabendo, passou a flanela na arma e saiu e foi bater na casa da tia do noivo fujão. Nhonhô quem abriu, não esperava o sogro, encostou o cano da espingarda na sua boca e disse: ou casa com minha filha ou morre e ele levantou a mão. E o casamento saiu só no cartório, nasceu um menino lindo, não poderia ser dele, mas...eles ainda tiveram mais dois filhos.
Ela não era muito certa, deixou os filhos na cama e fugiu com outro que até hoje ninguém sabe do seu paradeiro. Nhonhô deu um filho para cada um, mudou de cidade, arrumou um emprego e se juntou com uma mulher.
Já era mocinha, minha mãe recebeu uma carta dele, pegamos o carro e fomos visitá-lo numa cidade bem longe daquela que ele morava.
Meu Deus! Quando vi a mulher dele quase desmaiei: horrível, suja, pés no chão e quando fechava a boca os dentes ficavam  fora dela.
Logo que ele chegou do serviço lhe disse: seria melhor ter ficado com a outra que era um pouco mais bonita.
Fomos embora, nunca mais vi Nhonhô, às vezes, me bate uma saudade dele...Ô cabeça dura!

A crônica conta um fato comum do dia a dia, relata o cotidiano da vida real das pessoas, enquanto o conto e a fábula contam fatos inusitados ou até fantásticos. Ou seja, distantes da realidade.


segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Meu pensamento voa




Meu pensamento está aprisionado dentro do meu cérebro, mas hoje vou deixá-lo solto para voar onde quiser conhecer: voou embaixo das nuvens brancas e frias ouvindo os murmúrios das ondas do mar, passou por mim e eu o deixei passar na maciez das minhas vestes até ele se cansar.
Não obstante até onde nossas vistas veem, o vento muito audacioso o transportou às nuvens, chegando aos céus. Chegando lá, ficou deslumbrado com toda beleza vista; era noite e as estrelas brilhantes e coloridas ofuscavam suas vistas, mas teimoso como era foi conversar com a lua, esta já sabia que era a musa dos namorados ficou feliz com aquele pensamento voando num vento já cansado, então, desceu do vento para ele descansar e foi conversar com a lua, querendo saber o que ela tinha que embebia os sonhos dos poetas apaixonados, ela apenas respondeu que os vigiava com amor.
Com o vento já descansado, o pensamento agarrou-se nele e foi conhecer o resto do céu brilhante à noite. As estrelas mantiveram distância do pensamento, pois se chegassem perto queimariam todos os seus neurônios.
O pensamento estava cansado e o vento também e, resolveram dormir numa nuvem branca quentinha, mas no meio do sono, a nuvem sacolejou os dois, avisando que vinha chuva forte e, que deveriam ir embora pois deixaram sua dona a mercê d'um mar violento.
Mais que depressa, voaram como um jato até a beira do oceano, onde ela estava, entrou em seu cérebro, ela recobrou os sentidos e, vendo o mar bravio e a chuva começando a cair forte, correu à procura de um abrigo que não demorou a achar. Um casal se apiedou da jovem mandou-a entrar, tomou um banho quentinho e foi deitar-se numa cama fofa e acordou com as ideias fervilhando.
Não demorou muito tempo pegou um lápis e papel e escreveu sua aventura: meu pensamento voa. 



domingo, 17 de agosto de 2014

O tempo não mata o amor



Todos os dias passo diante do meu quadro quando tinha dezenove anos, um nó na garganta faz meus olhos lacrimejarem e, quase não consigo acreditar na besteira que fiz com a minha vida. Tinha alguém que me amava a loucura, me respeitava como mulher, escrevia poesias e me endereçava e ao abrir o envelope meu corpo ardia de amor e paixão. Fazíamos lindos passeios e promessas de um breve casamento.
Um dia, por bobeira minha disse que não o amava mais, ele empalideceu, deu meia volta e foi caminhando, corri até ele, disse que era brincadeira. Olhou para mim chorando e me disse: adeus, nunca mais você vai saber de mim.
E o tempo foi passando e eu inutilmente a procurá-lo sem cessar. Já faz cinquenta anos que nunca mais soube dele. Talvez tenha morrido e não achado o corpo.
Não consegui amar mais ninguém, então, vivia à noite nos meus sonhos, que pareciam reais, minha vida se desenrolou de uma forma autêntica e prazerosa.
Ele chegava do trabalho, me pegava no colo e me beijava e numa grande banheira cheia de pétalas de rosas o amor e a paixão fluíam, passeávamos pelos campos floridos, sentávamos na grama e me fazia lindas poesias de amor e ali, diante da lua e das estrelas nos amávamos com ardor. Foram nossas únicas testemunhas.
Hoje, diante do espelho, passo as mãos nos sulcos que o tempo fez com minha pele e procuro imaginar você em algum lugar pensando em mim.
Esse é meu saudoso jeito de viver a solidão....

sábado, 16 de agosto de 2014

Minha metamorfose



Tal como a borboleta, eu vivo dentro do ventre da minha mãe: está na hora da minha metamorfose, espremi de um lado e do outro, ouvia choros e pequenos barulhos, de repente eu saí, sei que me deram um tapa e eu chorei... devo ter adormecido, quando acordei, me vi apertada em roupas que me incomodavam e uma mulher me beijava e chorava, chamando-me de minha filha.
Começou meu sofrimento, de repente ainda pequena, falando algumas palavras, um homem fraco que dizia ser meu pai me levou para um lugar cheio de crianças tristes, e quando me dei por mim não  mais o vi, nem liguei...não sentia nada por ele e nem por ela( será por que era muito pequena?).
Fui crescendo sobre ordens e surras num pavilhão nojento com baratas e sujeiras que as meninas chamavam de colégio. Nesse colégio, me vestiam com qualquer roupa e tenho os braços roxos de tantos beliscões.
Cresci ali nesse antro nojento e Lúcia uma amiga sempre dizia que eu era muito bela e, escondida no banheiro me deu um pequeno espelho: foi aí que me vi pela primeira vez, já com meus quinze anos. Me amei, saímos sorrateiramente e à noite disse a Lúcia que iria fugir dali. Ela me ajudou, roubou um vestido lindo de uma jovem que tomava conta de nós e jogou do outro lado do muro e com uma força sobre humana caí do outro lado.
Fui caminhando, sendo iluminada pelas estrelas e a lua até chegar num córrego. Ali tirei aqueles trapos e me joguei na água e com as mãos cheias de flores que pegando pelo caminho esfreguei no meu corpo todo, sentindo um cheirinho gostoso de flores do campo. Após secar meu corpo coloquei aquela roupa linda, desalinhei meus cabelos e veio o vento para secá-lo e fiquei a apreciar a beleza da natureza que nunca tinha visto.
De repente ouço um barulho forte e começo a correr. O barulho parou e duas mãos me seguraram: 
Um jovem lindo perguntou-me: onde vai com tanta pressa. Expliquei tudo para ele, então me colocou em cima do cavalo, subiu atrás de mim e, pegou as rédeas e me disse: vou leva´-la para minha casa, tenho mãe, pai e irmãos, não se assuste, não vou lhe fazer mal algum.
Chegando em casa, contei a família tudo da minha vida, a mãe do rapaz me abraçou e disse: aqui você está segura.
Os meses se passaram, Cláudio, o cavaleiro e eu nos apaixonamos. Seus pais foram à procura do orfanato, já tinha na época dezoito anos e pediu meus documentos que prontamente me entregaram.
Hoje é o dia do meu casamento com Cláudio, como estamos eufóricos e muito felizes!




sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Hoje estou muito triste!!!



Meu coração dói, minha vida desmoronou, mas como sou poeta tenho que alegrar quem gosta das minhas poesias. Abro a porta de casa, pego papel e lápis e começo escrevê-la, tenho que terminar o meu livro de poesias.



O amor

É um sentimento que brotou em meu coração
Catarina é seu nome, uma envolvente mulher
O que foi que me fez me apaixonar sem querer
Além de sua beleza... Irradia os dias de verão

Sua pele morena, olhos da cor das esmeraldas
A boca é delineada com o vermelho da paixão
Ah! O seu perfume era o de "Poções mágicas"
O andar sedutor conseguiu flechar meu coração

O nosso primeiro beijo foi numa praia deserta
A onda na volta rolou nossos corpos até a água
Submergimos o mar e nossos lábios se uniram

Ao emergir rolamos a areia molhada e sorrimos
 Aí o cupido flechou nossa alma e nós nutrimos
Com um amor eterno, cheio de grandes paixões

   

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

O ciúmes da lua: miniconto





A lua ao contemplar uma mulher tão singela e bela, enciumada começa a chorar, mas as estrelas coloridas de uma noite de verão vêm consolá-la, pois sem a lua ninguém viria a sua beleza, pois é ela quem reflete a beleza da mulher aos homens que  a vê.




quarta-feira, 13 de agosto de 2014

O sorriso - miniconto


sorrir mais


Não há nada mais contagiante do que o sorriso de uma criança, é natural e irradia outras pessoas, pois quando ela sorri todo o seu corpinho o acompanha, mas só é visto por pessoas que sabem amar.



terça-feira, 12 de agosto de 2014

Nunca esquecerei - miniconto



Vesti-me de negro enfeitado de pérolas, pintei meus lábios de batom, fiquei em casa a sua espera, pois prometera chegar em duas horas. Acordei, aí que fui perceber que arranquei todas as pérolas do vestido, você não veio, havia adormecido.



segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Não adianta - miniconto




Quanto mais eu remendo meu coração, esfrego o chão, enfeito a casa com flores de alfazemas; não adianta, pois teu cheiro ficou impregnado na casa para me fazer sofrer.

domingo, 10 de agosto de 2014

Ao meu pai Martim...



Pai
A dor desapareceu
Mas
A saudade persiste em ficar 
Em forma
De belas lembranças suas
O tempo passou
São quinze anos sem você
Tanto tempo
Parece que foi ontem
Que, com saudades da mamãe
Me disse adeus
Foi morar com ela no paraíso
Pai: muito obrigada
Por me fazer uma pessoa íntegra
Jamais o esquecerei
Sua filha
Dorli



sábado, 9 de agosto de 2014

A lua preguiçosa




Nesse cenário tranquilo, a natureza deixou apenas uma trilha: uma igrejinha abandonada rodeada de árvores nativas, mas algo inusitado aconteceu: já estava na hora do crepúsculo do anoitecer, deu uma pane no céu, as estrelas dormiam uns sonos pesados e a lua ainda deitada sobre uma nuvem, estava com preguiça, apesar de ser quarto crescente não fazia nada.
De repente a nuvem não aguentou o peso da lua e caiu na terra em forma de forte chuva. Aquela escuridão acendeu todas as estrelas coloridas e a lua coçando os olhos foi trabalhar.
O céu clareou e tudo ficou lindo, a igrejinha abandonada começou a badalar seus sinos chamando os fiéis. Ninguém apareceu, sabem o por quê? Com a chuva forte a terra ficou cheia de charcos e os fiéis bem que tentaram, mas não conseguiam, escorregavam e caiam de "bunda" no chão. Foi uma delícia, todos voltaram lambuzados e rindo para casa para banhar-se.
Portanto, meus amigos: a vida é uma engrenagem contínua, se uma peça quebra a vida toda será cheia de percalços. 


sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Caminho para viver bem: miniconto




Pegue a chave do seu coração e da sua vontade, que com certeza, encontrará um lindo caminho florido para viver em harmonia com a natureza e a felicidade consigo mesmo, mas para conseguir trilhar a felicidade com harmonia, você terá que tentar, vamos achá-lo?
O saber viver é ter cautela nas palavras, para não magoar as pessoas que nos rodeiam, sermos simples e atenciosos com nossos amigos e nunca deixar de defendê-los até a morte.
São nas pequeninas coisas que encontramos o prazer de viver só ou em companhia de outros, lhes deem esse direito e não percam oportunidades de serem pessoas sorridentes e muito felizes.
Dinheiro não traz felicidade a ninguém, se a trouxesse, financiaríamos a longo prazo, mas temos que conquistá-la paulatinamente até nos lambuzarmos de tanta ventura.
Vamos ser felizes?
  

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Eu sou João da vida



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Eu nem sei bem quem sou e, perambulando pela vida, desde garoto, quando fugi da fome lá no meu querido sertão, vivo por aí, fazendo um bico cá outro lá e moro num barraco sozinho. Tenho vinte e três anos e um grande sonho: ter a minha rocinha, a enxada eu já tenho e muitas forças para o trabalho pesado.
Um dia sentado numa pequena mesa que eu mesmo fiz, cansado, tirei um cochilo, nisso bateram à porta do meu pobre barraco, a porta abriu e um homem já velho quis contratar-me para cuidar do seu sítio, que prontamente aceitei.
Qual é seu nome? Me chamam de João, mas não tenho documento nenhum, fugi da fome, não para enriquecer e sim para juntar algum dinheiro para buscar minha família, queria aprender a ler e escrever.
O sitiante de nome Geraldo, alojou-o numa casinha já com as mobílias e foi cuidar de arrumar seus documentos. Ele tinha influência com o delegado da cidade e não foi difícil tirar uma cópia da certidão de nascimento e, a partir daí João com seus documentos pode ser registrado e frequentar a escola à noite para aprender a ler e escrever.
Passado um ano, João prosperou, pois, o sitiante oferecia alimentação a ele. Em quatro meses João começou a ler e pode buscar sua família lá no sertão. Foi a sua maior felicidade.
Depois de uma semana eles chegaram e todos ficaram deslumbrado da beleza do sítio e o Sr.Gerado disse ao seu pai: seu filho é um batalhador, não tivemos filhos e ele transformou meu sítio em felicidade, que agora será dobrada com a sua família.
E assim o sítio prosperava, mais mãos de obras, tinha de tudo no sítio: frutas de todas as espécies, porcos, galinhas, uma vaquinha para o leite e assim foram vivendo felizes.
O Sr. Geraldo era devoto de Santo Antônio e aquele ano resolveu fazer uma festa no seu sítio, mãos as obras, todos: uns fazendo quentão, outros rapadura, outros bandeirinhas e João foi convidar todo o pessoal dos sítios vizinhos.
Chegou a hora do terço, o rezador era pai de uma linda cabocla que deu uma olhada para João que ficou todo assanhado e feliz.
O tempo passou, João casou-se na igrejinha do sítio com a cabocla linda de nome Izilda e como era de se esperar tiveram vários lindos filhos: uma benção, como diziam os avós.
Geraldo ficou muito doente e morreu, ficou sua mulher a choramingar de saudades. Todos os dias a mãe de João que trabalhava na casa da patroa chegava cedo, aquele dia fatídico resolveu ir mais cedo encontrando-a agonizando ela entregou um envelope, o qual guardou no armário. A patroa morreu.
Passado uns dias, ficaram à espera de alguns parentes e, nada. Foi aí que a mãe de João lembrou da carta e entregou a ele.João leu a carta chorando, pois nela dizia que o casal gostava dele como filho e tinha deixado toda  a herança para ele.
Aí, João chorou...


quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Amor doentio




Amor tem que ser de mansinho
Fincado no respeito e confiança
Se for doentio perde o respeito
 Morte vem fazer a sua desgraça

Esse amor tem que ser tratado
Antes que o inevitável aconteça
Senão o choro se adianta doído
Antes que a dor da alma apodreça

Amar não é apoderar-se do outro
Mas viver numa linda comunhão
Amar é juntar o seu amor adentro
Corações livres sem haver traição

Amor doentio leva ao crime de morte
Lágrima debulhada não mais ressuscita
 Amor que poderia crescer, mas demente
Que nem a pior  cadeia, a dor vomita



terça-feira, 5 de agosto de 2014

Mulher malvada (miniconto)




Chamei todas as estrelas coloridas do céu, não esquecendo da lua para testemunhar este amor, que ao emergir e submergir o oceano me enlouquece. Acaricio-te, és tão macios os teus cabelos e te sufoco de beijos quentes molhados.
Tu és meiga, teu corpo gelado na água serena tem o brilho das estrelas. Ah! Não vou suportar ver-te com outro amanhã... Me matas com teu olhar, me enganas com a minha solidão. Mas, agora estás aqui nesse mundo de magia proibida. Tu és mulher do pecado, pelo qual me apaixonei.
Não quero que a noite acabe para o nosso delírio não ter fim. Tu és mulher malvada, pois amanhã, ao passar na rua finge não me ver. Sofro a semana inteira ao ver-te abraçada com outro homem.
Não tenho pressa, logo terei nos meus braços outra vez, a delirar. Delirar um sonho com uma mulher louca, que sem pensar me apaixonei.
Mulher malvada, tu não amas ninguém, mas o tempo te farás chorar por um homem, que sempre te amou.


segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Atrocidades humanas( readaptação ).


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As atrocidades humanas sempre houve  e haverá de acontecer em ritmo acelerado mostrados pelos meios de comunicações, e os crimes quase sempre ficam impunes mais na riqueza do que na pobreza. Isso faz com que as pessoas cometam a cada dia mais atrocidades.
Nunca pensei em viver tanto para ver a cor do sangue num massacre de crianças, inocentes, mães desesperadas e quantos talentos perdidos pela maldade humana.
Quando era criança morava numa pequena cidade do interior, televisão só no bar e não podia ir, não via jornal, era alheia ao mundo, achava o mundo maravilhoso. Corria pelos campos floridos à brincar, sem saber que muitas crianças da minha idade eram mortas por tigres carniceiros.
Já mais mocinha, estudo mais avançado estudei Hitler, Stalin, Mussolini e outros e, fiquei enojada com as crueldades praticadas.
O tempo passou e a cada dia mais a situação das crianças, adultos são terríveis, pois muitos são mortos, deixando muitas mães chorando para o resto de suas vidas.
Continuei meus estudos e a cada livro que lia mais me decepcionava com o ser humano que é tão diferente dos animais que só matam para sobrevivência.
Na situação de hoje ficou muito pior, pois a libertinagem dos filhos amparados por uma lei, os pais perderam o controle deles que andam em bandos em "inferninhos," bêbados e nunca se sabe se chegarão em casa para dormir.
O pior de tudo, que já vi, filhos drogados baterem em seus pais quase até a morte. É também a discriminação racial e social, os dois segmentos causadores dos crimes por eles cometidos.
Meu Deus! Quando tudo isso vai acabar?

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