segunda-feira, 30 de março de 2015

A janela





Abro a janela do quarto. Quero conversar com o céu. De repente as nuvens pareciam querer ver o céu  reluzente que invadia meu coração, ele queria falar comigo e um véu de neblina pairou no ar. Um chuvisco preguiçoso caía  e uma brisa gostosa passou pelo meu rosto. O chuvisco engrossou e a chuva caía deixando as folhas do meu pequeno jardim reluzentes.
Olhei da janela o jardim inteiro sorria a chuva e ele a bebia toda formando pequenos charcos. A chuva parou, os charcos a terra os engoliu, as flores sorriam e os girassóis procuravam o sol que logo despontou.
Chegando perto da noite meu pequeno jardim dormiu e com ele alguns sabiás.Voltei à janela, ainda deu tempo de ver o pôr do sol embriagado querendo dormir.
De repente ouvi o sussurro do vento a insultar meus ouvidos. Olhei o céu estava estrelado todo iluminado para a chegada da lua formosa, que ao me ver na janela sorriu.
Num instante senti o cheiro do vento, fechei a janela, mas mesmo assim insistia em me ver, puxei a cortina, ele me viu e feliz foi embora.
O sono veio e após o banho, fui dormir, só,numa enorme cama e chorei a saudade do meu amor.


domingo, 29 de março de 2015

Nos caminhos e trilhas da vida



Palmilhei os caminhos da vida
Por entre atalhos me perdi
Num mundo cheio de orgia.
E já na calçada da vida...
Um anjo veio me resgatar
O belo coração generoso
Do roceiro Severino...
Que no seu pequeno sítio
Pôs-me no trabalho acertado
Hoje tenho uma vida digna
Aqui me casei com a Rosinha
Que me deu airosos filhos
Agradeço ao Severino
Quanta felicidade!
Obrigada meu senhor!

sábado, 28 de março de 2015

Eu queria



                                                                      almas gêmeas

Eu vou entrar na tua alma
Acariciar-te com minhas macias mãos de seda
Atravessar-te por inteiro e beijar
teus lábios que ontem 
ainda eram de carne
E um acidente nos uniu aqui
Até o fim dos tempos

Obrigada pelas visitas:
Nádia- Nal - Cidália - Chica e Lilly

sexta-feira, 27 de março de 2015

O beijo que não lhe dei



francesco hayez il bacio


Eu amava Marina de lindos cabelos da cor do pôr do sol, seus beijos, às escondidas, eram quentes, até que um dia ela engravidou. Chegou pra mim aos pranto e disse que seu pai não iria passar vergonha no vilarejo onde morávamos e, no outro dia iria para a França e que não o aceitava como marido para sua filha.
Jonas emudeceu, chorou muito e Marina bebia suas lágrimas que se misturavam com as delas.
No outro dia de longe vi a amada pegar o navio, o sol acordava e seus raios brilhavam mais seus cabelos. De longe só olhava.
Quando ela estava subindo as escadas, virou para trás e balançou o lenço para mim. Foi a última lágrima que desceu, tinha que ser forte, pois ela nunca mais iria voltar.
O tempo passou...E como passou e, meu pai trouxe uma linda jovem morena de cabelos compridos para me conhecer, seu nome era Julieta. Não demorou muito tempo com ela me casei, sem nunca tê-la beijado na boca.
Não podia dar meus beijos a nenhuma mulher e ninguém irá roubá-los e o casamento aconteceu, na igreja levantei o seu véu e beijei sua testa, ela chorou.
Nossa vida foi sempre assim, filhos nascendo, beijos nenhum, mas a tratava bem e nunca a traí com ninguém.
Um dia, acordei tarde para o trabalho, Julieta continuava na cama, peguei-a pelo braço e este estava frio. Julieta morreu e eu sou o culpado apesar de não amá-la, nunca lhe dei o que todas as mulheres querem: o beijo apaixonado.
Hoje sofro a solidão, meu pecado: o beijo que não lhe dei, pois em qualquer tempo a mulher só se sente amada se for acarinhada e beijada.
Hoje só, pois meus filhos se casaram,. um filme passa sempre à minha frente: a partida de Marina e o descaso com Julieta, a jovem linda que nunca a beijei na boca e sinto que a matei.

 


Atenção
Fui arrumar a outra postagem
bati o dedo errado e excluí
Desculpem
Amanhã a recolocarei outra vez
Dorli