francesco hayez il bacio
Eu amava Marina de lindos cabelos da cor do pôr
do sol, seus beijos, às escondidas, eram quentes, até que um dia ela engravidou.
Chegou pra mim aos pranto e disse que seu pai não iria passar vergonha no
vilarejo onde morávamos e, no outro dia iria para a França e que não o aceitava como marido para sua filha.
Jonas emudeceu, chorou muito e Marina bebia suas lágrimas que se misturavam com as delas.
No outro dia de longe vi a amada pegar o navio,
o sol acordava e seus raios brilhavam mais seus cabelos. De longe só olhava.
Quando ela estava subindo as escadas, virou
para trás e balançou o lenço para mim. Foi a última lágrima que desceu, tinha
que ser forte, pois ela nunca mais iria voltar.
O tempo passou...E como passou e, meu pai
trouxe uma linda jovem morena de cabelos compridos para me conhecer, seu nome
era Julieta. Não demorou muito tempo com ela me casei, sem nunca tê-la beijado
na boca.
Não podia dar meus beijos a nenhuma mulher e
ninguém irá roubá-los e o casamento aconteceu, na igreja levantei o seu véu e
beijei sua testa, ela chorou.
Nossa vida foi sempre assim, filhos nascendo,
beijos nenhum, mas a tratava bem e nunca a traí com ninguém.
Um dia, acordei tarde para o trabalho, Julieta
continuava na cama, peguei-a pelo braço e este estava frio. Julieta morreu e eu
sou o culpado apesar de não amá-la, nunca lhe dei o que todas as mulheres
querem: o beijo apaixonado.
Hoje sofro a solidão, meu pecado: o beijo que não lhe dei, pois em qualquer tempo
a mulher só se sente amada se for acarinhada e beijada.
Hoje só, pois meus filhos se casaram,. um filme
passa sempre à minha frente: a partida de Marina e o descaso com Julieta, a
jovem linda que nunca a beijei na boca e sinto que a matei.
Atenção
Fui arrumar a outra postagem
bati o dedo errado e excluí
Desculpem
Amanhã a recolocarei outra vez
Dorli