sexta-feira, 8 de maio de 2015

Perdão mãe


darkness and light


 Perdão mãe
Por tê-la feita sofrer
A vida toda
Perdão mãe
Pelas mentiras e pelas
Vergonhas
Que a fiz passar
Perdão mãe
Pelo desgosto e
Palavras rudes
Que a fiz engolir
Perdão mãe  
Pelos meus desacatos
Perdão mãe
Por não tê-la amado
Como merecia
Aí...
Alguém invisível diz:
Vá, siga seu caminho
Eu já o perdoei
Mas...
Outro alguém invisível diz:
Aqui se faz, aqui se paga

Aí, chorei...



quinta-feira, 7 de maio de 2015

Era o meu bebê...




Era um bebê lindo
Que a todos encantava
Fazia feia birra caindo
No chão e chorava


Depois cresceu
Já para escola foi
Adorou e aprendeu
E conheceu Elói

Com Elói ia à escola
Brincavam na neve
Sonhavam a vida
E amor breve

O tempo passou rápido
O meu bebê se casando
O quê? é o amor
Com imenso ardor


E nós?
A dançar


quarta-feira, 6 de maio de 2015

Um amor peculiar





Nesse velho caderno a vida escorrega
Minh'alma gêmea há tempos sucumbiu
Ainda na metade de sua vida desagrega
 Bem no meio foi que a rosa avermelhou

Tão linda, meiga e aveludada como a rosa
A sua pele sensual e perfumada, amarelou
Duro instante minha lágrima na flor goteja
Recordo nossos beijos, uma dor, voz calou


É noite e, na solidão da sala ao som do nada
Saio em duros prantos ao frio da pequena brisa
Mãos trêmulas, coração estremecido, já cansou

 Não tivemos nenhum filho, hoje a dar alegria
Ouço barulho, entra uma criança, me consolou
Ninguém tenho, ouvi um lamento, aqui estou
  


terça-feira, 5 de maio de 2015

O ódio- miniconto




O ódio é um veneno que se coloca num vidro sem fundo para disseminar no coração da maioria das pessoas, parecendo um relógio que pinga as horas, uma a uma vagarosamente.
O ódio quando impregna uma pessoa, ele tem pressa de encontrar uma presa para fazê-la engolir mágoas, vergonhas e mentiras bem manipuladas e ainda por cima carrega consigo uma leva com a suavidade de suas palavras para a crença das suas "verdades".
Quem odeia um dia bebe do seu próprio veneno, pois nunca teve pressa para amar e a vergonha nem queima seu rosto, pois seu coração rumina ódio. É uma doença contagiosa.


segunda-feira, 4 de maio de 2015

Poema ao amor!



 romantic kiss anime



Na vida nada é por acaso
O amor mui verdadeiro
Pode demorar anos
Mas ele vem com planos

Planos de amor eterno
Com loucuras e desejos
De paixões em desvarios
De lições sem lamentos

Na saúde é só festa
Na triste dor é aconchego
Amor a gente ganha
Na dor não pede arrego

Já velhos de vida a dois
Quem morrer não sofrerá
Quem ficar pra depois
Chorará e não esquecerá




domingo, 3 de maio de 2015

Mistérios do além - miniconto


 your body is a temple of the holy 

Ó Sol, tão longe está de mim e embebido em clarear o mundo que esquece que aqui estou em loucura de devaneio, querendo saber os mistérios do além.
Sol, me diga: o que acontecerá com as almas quando ficarem vagando no mundo sem nenhuma conhecer a outra? Você me chega tristonho e diz que mistério não se pode contar, então, que eu escreva em folhas ao vento as minha convicções.
Nisso passou um sabiá e sentindo minha indecisão pediu que eu não perdesse tempo em saber como seria o além, que vivesse o hoje, embora desigual e discriminado, pois nas paredes do futuro ninguém saberá de nada. Cada um tem um desfecho e o dele seria o vazio do tudo.
Não é possível sabiá, já soltei algumas folhas ao vento e nelas diziam que em pouco tempo todos sem distinção iriam se encontrar no além e viria alguém com a maciez de uma voz encantada nos receber.
Haverá um outro mundo lindo, onde todos os escolhidos iriam viver as belezas do inusitado.
Na porta, alguém escolheria os bons, a fila seria enorme, pois todos estariam mortos. Os pouquíssimos bons entrariam por essa porta e se deslumbrariam com a beleza do lugar. Todos ganhariam um corpo diferente, mas belo e morariam num lindo lugar que tudo era só pedir. Uma maravilha!
Todos viveriam e se respeitariam como irmãos e se deliciariam d'uma natureza farta e nunca mais haveria dor e nem ringir de dentes. 
E os outros? Virariam pó a sumir com uma triste ventania.


sábado, 2 de maio de 2015

A vida é um sonho-miniconto





Se a vida é apenas um sonho quero me embriagar de amor, não quero acordar, vou conversar com as flores envaidecidas de suas belezas, o Sol que faz nosso suor escorregar pela pele, farei um lindo verso à Lua, meus beijos voarão grudando como ferrugem de amor no céu azul em noites quentes estreladas.
A chuva chegou como brisa e a nuvem me abraçou, mesmo assim ela molhou todo o meu corpo, a brisa estava enciumada porque subi um precipício só para amar as esvoaçantes nuvens escuras. Então pensei: vou clareá-las com meu amor de princesa, tal como num conto de fadas, onde tudo é possível.
A noite está fria e meu corpo frágil começa a tremer, de repente um vento mais forte soprou meu corpo fora do perigo e as estrelas me aqueceram. Sou uma alma itinerante que foi longe para se esconder da fúria humana, mas deixou em casa dormindo o seu amado e no meu devaneio sonhou uma linda viagem.
Acordou seu amor e disse: 
" Mô, eu o amo" e, abraçadinhos voltaram a dormir.

 

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Muito obrigada amigos




running on the beach

Aprendi que se eu correr a favor do vento as minhas realizações serão infindas, nenhum competidor irá me ultrapassar,  pois corro de mãos dadas com Deus.


Obrigada a todos que encheram
Minha caixa de e-mail
Pedindo a minha volta
E em particular
A Carmem
Pelo carinho de
Seus comentários



terça-feira, 28 de abril de 2015

Vou sair de férias




Vou sair de férias
Dos meus amigos virtuais
Do blog, e-mail e facebook
Vou sair de férias dos meus versos
Dos meus contos
Vou cuidar da minha mente
Quero viajar para as montanhas
Beber água das minas
Tomar banhos nas sulfurosas águas
Vou desligar meu telefone
Só um celular para um parente
Quero beber água de coco, sentar no chão
Tomar um gostoso banho
Assistir um lindo concerto
Quero dançar numa linda praça
Comprar muitas bugigangas
Quando voltar pra casa
Talvez só volte pra casa
Meu lar
Inté...


Goodebye


segunda-feira, 27 de abril de 2015

Malvada ironia



Ironia é uma forma elegante de ser mau (Berilo Neves)
A ironia afirma o contrário do que se quer dizer
Do que pensa
Ironia é gozar de alguém, criticar, censurar algo
Ironia é o contrário de tudo que é bom
É desvalorizar.
Pessoas que usam de ironia são estúpidas
Imbecis e ignorantes
Escondem-se como Hitler
Pessoas nesse nível se dão mal com as inteligentes
São malquistas e insuportáveis
Elas vivem no vazio das suas ignorâncias
E na solidão do desamor
Sem amor


domingo, 26 de abril de 2015

Eu preciso





Eu preciso:
Que me respeitem como pessoa humana, que saibam do meu discernimento, que não menosprezem minha inteligência, que um dia, com certeza, nos encontraremos num único lugar, que saibam que ninguém é melhor que ninguém, que deitem suas cabeças leves de pecados no travesseiro, que todos tenham misericórdia alheia, que não haja trevas no seu coração como homem, que o mesmo, um dia, será julgado por Alguém superior.
Pois sem humildade, ninguém terá sua plenitude e, sem ela a  nossa vida na Terra não vale nada.


sábado, 25 de abril de 2015

A caminho da escola - Crônica


Peguei na internet nada a ver com a escola

Meu Deus! Faz tanto tempo que recebi o diploma de normalista, foi suado, pois só levava o canudo para casa quem fosse muito bom, estudei numa escola famosa e gratuita: tinha que levantar muito cedo para pegar o trem para estudar n'outra cidade.O frio quebrava os nossos ossos e nem correr conseguíamos, pois nossas pernas congelavam, enfim, com muito custo chegávamos à Estação de trem.
O tique-taque do trem fazia de nós poetas e poetisas, pois debruçados nas janelas deparávamos com o alvorecer e no frio era lindo, víamos porcos, galinhas,cavalos nos pastos fazendo suas refeições e os pequenos correndo nas fazendas e sítios, retireiros ordenhando as vacas e muitas vezes a chuva chegava de mansinho, as águas dos açudes nos parecia congeladas de tanto frio.
Ah! Mas quando chegava a primavera as flores dos campos por onde o trem passava, o mais lento, chamava Maria-Fumaça e demorava mais para chegar, dando tempo de poetizarmos a primavera que vinha a toda nos encantando com o seu colorido diversificado.
No verão era uma delícia, o calor era ameno e descíamos correndo a rua da estação, parávamos numa pequena ponte onde passava um córrego, tomávamos fôlegos e subíamos até a Estação e já dentro do trem, olhando pela janela via aqueles meninos nadando nos córregos para se refrescar e nós íamos as piscinas das fazendas para nadar.( tempo bom que não olvido jamais).
No outono, os mangueiras ficavam "cheinhas" de mangas, as goiabeiras pareciam cansadas de carregar seus frutos. Tínhamos jabuticabeiras, enfim de tudo: legumes e frutas à vontade.
Éramos jovens bonitos e saudáveis, muitos deles já se foram.
Quantas reminiscências d'um tempo que ficou para trás, onde tudo que comíamos era natural, quase ninguém ficava doente e hoje com os agrotóxicos para aumentar os legumes e frutas estão nos matando vagarosamente e nossa pequena cidade está cercada de tristes e chorosos canaviais.

A nossa Estação daquele tempo
                                                    Foto Ralph M. Giesbrecht


sexta-feira, 24 de abril de 2015

Nossa vidinha



paisagens de roça

Ai, que saudades tenho do meu cantinho lá no pé da serra, um pequeno sítio com apenas duas casinhas, uma era de mamãe e a outra minha que dividia tudo com minha amada Manoela.
Conheci Manoela num baile lá na roça do tio João...Que mulher!
Era festa de São João, lá tinha pipoca, batata doce e muito quentão e, depois do terço o arrasta pé começava e escorregava até de madrugada. Bebi muito e tirei Manoela para dançar uma modinha, ela também cheirava batata doce e quentão. Agarrei-a pela cintura e dançamos muito.
Manoela me intrigava com aquele jeito de mulher fogosa, fiquei delirando de vontade de possui-la, ela chegou perto de mim e disse: Pedro, vamos dar um passeio por aí. Estou meio tonta e preciso de ar puro do contrário vou desmaiar.
Pedro prontamente saiu com Manoela e, abraçadinhos e meio bambos os dois chegaram perto de um córrego para beber da água cristalina e ao beberem escorregaram dentro do córrego. 
A água estava geladinha, Pedro abraçou Manoela a beijou muito e fizeram o que não deviam.
Conseguiram com muito custo sair do córrego e sem voltar para a festa levou sua amada pra a sua casa. Ah! Quando chegaram, o pai da moça disse a João: Amanhã cedo iremos pra cidade tirar os papéis para o casamento e assim o enlace aconteceu logo, mas as outras donzelas cochichavam: ela está prenha. Mas o baile continuou no terreiro da casa do seu pai e de repente, pegou Manoela no colo e rumou para seu ninho de amor. Rapidinho nasceu o primeiro dos oito lindos filhos.
Hoje, com muito dó, pois era o sítio que meu pai adorava, mas já velhos vendemos nosso pedaço de chão para morar na cidade. Minha Manoela sofre de saudades dos seus lindos filhos que sumiram para São Paulo e nós dois aqui sozinhos ficamos sem mais ninguém para conversar.
Sempre quem passa por aqui nos vê  sentadinhos na soleira da porta, da um pedaço de prosa conosco e vão  embora.
Agora, velhos e sozinhos na vida de nada adiantou termos tido oito filhos que muito pouco vêm nos visitar.
Hoje, sós, vivemos sonhando a vida que antes rodeadas de crianças arteiras gritando, hoje vazia.



quinta-feira, 23 de abril de 2015

Tipos de beijos



apaixonados desenho

O beijo é um desejo que sai da alma
É uma sensação que o amor brotou
 Células ardentes dividem-se em vida
Num corpo em que a nevasca grudou

Todos os beijos são belos sentimentos
Mas o beijo de amor unem duas vidas
Outrora estavam no forno dos ventos
Hoje gruda dois lábios cheios de amor

Beijo de paixão é louco e apaixonado
Que ata dois corpos ávidos de desejos
É aquele que move o trabalho penoso
E num gostoso banho acende lampejos

De todos, o beijo mais gostoso é o pueril
Apertar no peito a nossa criança querida
Aos filhos amados darmos um beijo sutil
O calor do  peitinho encontra nossa alma


quarta-feira, 22 de abril de 2015

Encontros e desencontros





*De tantos encontros sutis permeados com beijos, abraços e promessas que foram em vão, hoje me vejo em desencontros e na minha solidão, choro *


terça-feira, 21 de abril de 2015

Amor no picadeiro


clown paintings


Apenas duas crianças que brincavam no picadeiro enquanto o espetáculo não começava. Eles desabrocharam como flores na primavera, lindos que agora no picadeiro faziam crianças e adultos rirem às gargalhadas.
O amor entre eles saboreava como vento, o cheiro das flores dos campos que rodeavam as campinas onde o Grande circo estava armado. Dois amantes inseparáveis como estrelas apaixonadas nos céus que brilhavam em noites enluaradas.
Os dois viviam alheios e imersos em nuvens brancas, abraçadinhos parecendo ouvir um só coração batendo. Saíam a namorar "às escondidas"
De repente como arbustos empobrecidos e paralisados de medo foram pegos aos beijos numa cachoeira de águas cristalinas com cheiro de amor. De repente um grito. Um homem de chapéu de abas largas gritou: esse amor não pode continuar, pois são irmãos. Paralisaram.
À noite, o palhaço mais velho gritava: atenção senhores: o espetáculo vai começar. Entram os dois palhaços: Ao invés de alegria, do coração saía um choro de dor e uma lágrima correu dos olhos dela que ele tentava escondê-la com a mão e num abraço caloroso, uma tempestade de palmas ecoaram por todo o circo.
Nisso, sem falar nada, o palhaço apaixonado pegou sua mala e rumou estrada e a linda palhaça engoliu lágrimas saindo do picadeiro correndo até a pequena cachoeira onde ele a estava esperando, abraçou-a com carinho, beijou sua testa dizendo: cuide-se irmã, um dia essa nuvem escura irá dissipar e a gente poderá até rir e se abraçar como irmãos. Partiu sem olhar para trás...
Naquele dia não houve espetáculo...



segunda-feira, 20 de abril de 2015

Olhos do amor



Eu te vi
Na ilha do amor
O teu olhar
 Me emudeceu

Paralisada fiquei
Sinto "suado"calor 
É inverno
Corpo gemeu

Apaixonei-me
Uma neblina
Pairou no ar
Você me olhou

Aproximou-se
Beijou-me
Ah! acordei
Gelei


domingo, 19 de abril de 2015

O deserto da vida



 walking to the light

O deserto da vida é nulo, dói a alma, mas o caminho é longo, a saudade chora e a solidão é infinda. Procura-se a seiva que havia no coração da humanidade, mas é inútil, pois o brilho do infinito chama cada um de cada vez e muito tempo passará até se encontrar a plenitude.
No chão arenoso poesias lindas estão escritas e cada uma foi alguém que por aqui passou e a deixou cair. Não se dissiparam com o vento, pois os que vêm atrás vão regando com suas lágrimas e deixando ao lado, a sua.
Quando irá terminar essa caminhada? Ninguém sabe...
Só Deus!!